Noah

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ADRIANA

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ADRIANA

Por ser da família, eu não estou podendo acompanhar o desenvolvimento do Gabriel profissionalmente, nome que eu descobri que ele não gosta muito. Dentro da casa dos meus pais e entre amigos, chamávamos ele de Biel, ele também não gostava só implicava menos. Eu sempre estava a par da evolução do Biel, a minha amiga quem estava atendendo os meu país e a criança conversava comigo ao término de nossos expedientes.

Desde quando minha mãe teve a ideia de dar um lar temporário para a evolução de Gabriel, achamos não ser uma boa ideia, ficamos com medo dela não conseguir conciliar as introduções da minha irmã que já estava com quatro meses e muito inteligente com a adaptação do Gabriel a essa nova realidade. Tudo para ele era novidade, mesmo com a idade que tinha, não conhecia muita coisa.

Tentamos tirar essa ideia da cabeça da delegada mais, minha mãe... teimosa que só ela, bateu o pé e disse que acolheria o menino. Ela pediu para eu o tratar bem e assim eu fiz com todo o gosto, o Biel é um encanto de menino, mas, estava cheio de problemas internos. Tinha dificuldade para dormir, comia mal e estava sempre assustado com alguma coisa. Ele tinha muitos traumas paternos e ausência materna. Por já conhecer o meu pai, eles conseguiam levar a vida muito bem, mas a relação que ele tinha com a minha mãe, já era bem mais complicada!

Gabriel é um menino inteligente e esforçado. A escola onde ele estava estudando sempre o elogiava e durante um de seus atendimentos psicológicos ele disse que sua mãe o ensinava a ler no cativeiro e era por isso que conseguiram o adiantar para uma série mais adequada a sua idade. Logico que ele não era nenhum leitor profissional, ele se atrapalhava bastante, trocava algumas letras e tinha um pouco de dificuldade com os sons. Sobre a mãe de Gabriel, eles descobriram que ela morreu por conta do cheiro forte de mofo do lugar, ela já estava a anos morta, chutaram uns quatro anos no máximo. Coitado daquele garoto que dormia dia e noite com um cadáver.

Depois e encontrarem a família de Mariana, meu pai concedeu um enterro descente aquela mulher, toda a minha família compareceu, menos a minha mãe que ficou com as crianças e no dia Mina estava com cólica. Fomos para dar um apoio a Gabriel que estava lá sem esboçar qualquer sentimento, ele estava frio e não entendia o porquê de estarem enterrando sua mãe. Ele ficou a todo instante abraçado a mulher da vara infantil e quando acabou o enterro o levaram logo. E sobre a família do Gabriel. Encontramos os seus parentes e nenhum deles quiseram a guarda do garoto, o que eu imagino ter mexido bastante com a minha mãe quando contamos a ela.

Minha mãe vendo o estado do meu pai, cada dia mais deprimido com a decisão da família do garoto, chamou eu, Maitê, tia Érica e Laís para conversar sobre a sua decisão. Ela deixou bem claro que não o adotaria, mais que pediria uma autorização para cuidar dele em sua casa. Aconselhamos a ela para esquecer dessa história ou adotar o Gabriel de vez, e como sabemos ela remou totalmente contra a maré!

Eu estava passando mais tempo na casa dos meus pais do que na minha própria casa, Joaquim e Judy se deram super bem com ele e de vez enquanto os filhos de Haroldo e Laís ia nos visitar por ter a idade mais aproximada, minha mãe sempre inventava alguma coisa para agradar a ele, cinema, festa do pijama, brincadeiras enfim... Ela estava empenhada em ajudar o menino que mesmo assim tinha suas inseguranças com a delegada e o nosso medo dela conciliar o Gabriel e a Mina com idades tão diferentes sumiram cem por cento, ela acordava cedo, acordava os netos e Gabriel, colocava todos para o banho, amamentava minha irmã e sempre que eu pensava em os arrumar, ela já estava na mesa de café da manhã com eles... não dá para duvidar da capacidade de uma mãe, a única coisa que nos deixava preocupadas, era o apego que minha mãe teria com ele. Mais pelo que eu via, Gabriel estava sempre arrumando um jeito de se afastar.

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