Notas inicias: quando fui escrever esse capítulo o tiktok ou a luisa tiraram o vídeo da parte2 do ar antes de eu terminar de ver, logo vou inventar muita coisa e se o vídeo voltar eu reescrevo. ESSE CAPÍTULO TERÁ DESCRIÇÕES DE ABUSO!
Seis meses depois
Rhaenyra havia acabado de se casar com Daemon Targaryen em uma cerimônia particular em Pedra do Dragão, onde a primogênita do Rei e sua família viviam, porém naquele dia em particular o Rei havia insistido que deveria acorrer pelo menos um jantar para a celebração do casamento.
Jaceara ainda estava aprendendo a lidar com a falta de Sir Harwim Strong e de seu pai, tudo estava sendo mais difícil para Luke, que era treinado diariamente por Sir Harwin e adorava ouvir as histórias do pai, ela pensava em seu irmão caçula que nunca se lembraria de ambos. Mas Jaceara tentava levar tudo do melhor jeito possível, sempre dando seu exemplo de irmã mais velha.
O caminho até a Fortaleza Vermelha pelo mar sempre a deixava enjoada então tentava se distrair com sua, agora meia-irmã/prima Rhaena, as duas costumavam roubar as espadas de madeira usadas nos treinos para que pudessem brincar de princesas e soldados, sempre trocavam quem era quem. Diferente dela, Rhaena não tinha um dragão para montar, ela teria se Aemond Targaryen não tivesse roubado o dragão de sua falecida mãe.
— Não sei se vou conseguir olhar para Aemond. — Rhaena afirmou enquanto as duas ficavam na cabine do navio.
— Não sei se isso ajuda mas ele não conseguirá te olhar direito. — Aquilo despertou uma risada sincera da parte de Rhaena.
— Como Luke está?
— Bem ansioso para vê-lo com seus bons dois olhos.
— Estou ansiosa para ver sua mãe e a Rainha Alicent juntas, ela nunca gostou de meu pai. Filha da puta.
— Rhaena? Com que ouviu essas coisas? — Como princesas ambas não poderiam ser vistas falando tais coisas embora falassem quando estavam sozinhas.
— Meu pai. Mas não conte pra ninguém.
— Não vou contar. Quer saber de uma coisa? — Jaceara perguntou sussurrando para a prima que confirmou em reposta. — Eu sempre xingo a Septa Mariette quando ela se vira.
— Deuses Jaceara! Se ela ouvir nem sei o que sua mãe irá dizer.
— Ela não vai descobrir.
Após mais algumas poucas horas de viagem o navio atracou e todos desceram no porto de Kingslanding em direção à longínqua Fortaleza Vermelha que um dia havia sido lar de Jaceara, mas que agora era lar apenas da família da Rainha Alicent. Ao contrário de Pedra do Dragão que sempre havia uma brisa suave e salgada, Kingslanding era abafado e possuía um ar pesado que definitivamente não cheirava bem. O caminho até o castelo pareceu mais longo do que o caminho pelo mar, seu irmão mais novo chorava e sua mãe tentava acalma-lo sem muito resultado, com isso todos passaram a viagem com um bebê de um pouco mais de um ano chorando o caminho todo.
Tudo estava exatamente do jeito como ela se lembrava, o pátio onde ela gostava de brincar com o irmão enquanto ele treinava com Sir Harwin, as paredes de pedra antiga, as estátuas dos reis de sua família que já haviam governado aquele lugar que sempre a impressionavam. Além do grandioso Trono de Ferro do qual Jaceara sempre teve medo, medo de se machucar, medo de cair de ser decapitada por chegar perto dele, mesmo sendo neta do rei e ainda uma criança, medo de fazer algo errado e ser reprimida, medo da imponência.
Sua família fora recepcionada pelo avô, que estava pior do que ela se lembrava, o Rei proferiu palavras de felicidade pelo casamento de Daemon e Rhaenyra, que um dia já havia sido contra, e então falou com os netos, Jaceara cumprimentou o Rei com um beijo na bochecha e ficou sem graça quando ouviu que logo estaria maior que sua mãe, Luke estava com vergonha mas falou com o avô e respondeu orgulhoso quando perguntado se já estava treinando com espadas, mas quando chegou a hora de sua mãe chegar chegar com o bebê Joffrey no colo ele virou o rosto e fez uma expressão de choro levando sua mãe a balaço-lo com carinho dizendo que aquele era seu avô.
Em seguida as crianças foram dispensadas deixando que Daemon e Rhaenyra ficassem sozinhos com o Rei, Jaceara então fora para seu quarto, que ainda era o mesmo, e lá ficou por algum tempo até que ouviu uma batida na porta. Era sua mãe.
— Irei para uma reunião com a Rainha e seu avô agora, você sabe o que irei dizer, não sabe? — É claro que ela sabia, Rhaenyra iria propor o casamento entre Jaceara e Aegon, primeiro filho com primeira filha.
— Eu sei. — Ela sabia mesmo não estando conformada com aquilo.
— Sei que não é exatamente o que você queria, mas lembre-se que não irá se casar agora, esses são planos para um futuro próximo. — Jaceara estava com uma expressão de assustada pensando no que aconteceria após o casamento, se imaginando grávida aos 11 anos, pois pela sua mente ainda infantil era apenas isso que acontecia, Jaceara pensava que a cerimônia do casamento servia para a mulher ficar grávida, que era assim que o bebê ia parar na barriga. — Sei que não está feliz agora, mas este é o seu dever, nosso dever. Eu passei por isso, sei como se sente.
— Eu vou ficar grávida?
— Em algum momento vai, mas não agora.
— Quando eu ficar grávida e for ter meu filho, eu sentirei a dor que você sentiu quando teve Joffrey?
— Sim meu amor, mas a dor cessa assim que o bebê sai.
— Ele sai por onde? — Rhaenyra então sorriu com a inocência da filha.
— Depois conversamos sobre isso. Agora me deixe ir. — A princesa então depositou um beijo na cabeça da filha. — Eu te amo.
— Eu também te amo.
Com a saída de Rhaenyra, Jaceara acabou dormindo devido ao cansaço da viagem, ela teria dormido até a mãe o dia seguinte, em que aconteceria o jantar para Daemon e sua mãe, ela teria dormido se não tivesse sido acordada.
— Me disseram que agora estamos noivos. — Era Aegon, agora com seus quase quinze anos fedendo a álcool e chegando perto da cama da princesa.
— Aegon? Como você está? — 11 anos, ainda não era a hora dela saber o perigo de um homem bêbado em seu quarto sozinho.
— Minha noiva. Você é bonita, estou feliz com isso, você não? — Aegon chegava cada vez mais perto dela.
— Estou. Estou feliz.
— E você sabe o que acontece depois do casamento não é? — Aegon agora estava sentado na beirada na cama passando a mão pelo rosto da sobrinha.
— Aegon? — O tio agora pegava mais forte no rosto dela deixando seu pescoço a mostra. — Está me machucando.
— Eu te fiz uma pergunta. Você sabe o que acontece?
— Sei. A mulher fica grávida. — Jaceara agora estava com medo e sentia lágrimas começarem a surgir em seus olhos, Aegon estava agressivo e passando a mão por suas coxas.
— E como a mulher fica grávida, sobrinha?
— Eu não sei.
— Ótimo.
Aegon começava então a passar as mãos por todo o corpo da princesa que estava em choque, Aegon examinava cada centímetro dela, que agora chorava. Aegon só parou quando ouviu passos de guardas se aproximando.
— Se contar a alguém sobre isso o Rei ficará bravo, muito bravo com você e Daemon ficará mais bravo ainda. Então, não conte a ninguém, ninguém entendeu? — Jaceara concordou e foi deixada no quarto chorando até adormecer.
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Parentes Colaterais de Terceiro Grau (tio e sobrinha)
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