Capítulo 1 - A Oferta

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Prólogo

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A tortura era a parte fácil. Um corpo poderia se adaptar a qualquer coisa. A queimaduras, ao esfaqueamento, aos cortes. Quando acabava, ela sempre tinha permissão para curar a si própria. A tortura era a parte suportável. Era dolorosa, porém, suportável. E sempre chegava ao fim.

A traição foi o que doeu mais.

Como ele ficava parado na porta às vezes, assistindo enquanto um interrogador esculpia figuras na pele dela. Como ele segurava o seu braço e eles quebravam os seus dedos e os curavam e os quebravam e os curavam. Como eles colocavam a cabeça dela na água até ela desmaiar, então ele tinha que revivê-la para que eles pudessem fazer tudo novamente. Como ele a levava sem forças para a sala de tortura e a carregava de volta para o quarto dele quando tudo acabava. Como ele a segurava de noite quando seu corpo tremia por causa do choque. Como ele colocava a mão ao redor de seu pescoço e deslizava para dentro dela ao mesmo tempo em que a beijava até que ela se esquecesse que era uma prisioneira de guerra - e que todos estavam mortos. Como ele a encurralou com sua devoção.

Como ele a entregou para Madara.

Não havia como curar o trauma disso.

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1. A Oferta

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QUATRO ANOS de guerra deixaram o mundo dizimado.

Não havia mais aldeias escondidas ou alianças divididas.

Existiam apenas dois exércitos: o de Madara e as Forças Shinobi Aliadas. Qualquer shinobi que não lutasse por Madara estava contra ele - o Uchiha não acreditava em neutralidade. Não restava nenhum porto seguro para quem se apegava à ideia ingênua de ficar fora de conflito.

O exército aliado foi organizado por antigas aldeias apenas por eficiência, com as cinco divisões posicionando-se estrategicamente pelo mapa de seus respectivos países.

A primeira batalha convenceu os Kages que o combate de todo o exército era uma destruição era uma destruição mutuamente assegurada. Agora que Madara acumulou poder, era improvável que os Aliados pudessem lutar por um empate pela segunda vez em confronto total.

Em retrospectiva, o desmaio de Madara ocasionado pela sua quebra no jutsu de reanimação à beira da vitória foi um pequeno milagre para os Aliados. O caos dentro do exército inimigo na ausência dele e de Tobi deu-lhes tempo para se retirarem, agruparem e se prepararem para o longo prazo.

Agora era uma guerra de atritos.

Os Aliados tinham os números, sem considerar os Zetsus; mas o poder de Madara era inigualável e inimaginável. Seus generais mais próximos podiam acabar com companhias inteiras em seus melhores dias — os números eram de pouca importância contra suas habilidades. Embora os Aliados possuíssem poder de fogo para se igualar com a maioria dos generais, era perigoso para os mais fortes se apresentarem em campo de batalha.

Qualquer presença dos Kages normalmente chamava Madara e não havia nada para combater o Uchiha. Vê-lo no campo de batalha era como enfrentar o Deus da Guerra.

Madara raramente se incomodava em juntar-se à luta se ninguém de interesse estivesse envolvido, então os Aliados se aproveitavam desse fato. Shikamaru propôs que era seu ego, porém Gaara suspeitava que algo a mais impedia o patriarca Uchiha de lutar com frequência.

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