Capítulo 2

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Laura

Eu estava andando pela rua tranquilamente, pensando em como seria bom ter dinheiro pra pegar um ônibus.. mas enfim, o emprego seria justamente pra isso: satisfazer minhas necessidades egoístas como:comer, beber, assistir filmes sozinha e comprar coisas na Internet que nunca vou usar.
Em um piscar de olhos que dou, esbarro em uma criatura que esmagou meu pobre braço (aliás, e que criatura heim), mas, não sou flor que se cheire, então já não fui com a cara desse ser maravilhoso.
-Qual o seu problema? Você é cega? - falou a criatura em que esbarrei.
-Eu bem que poderia ter ficado cega, assim te processava e ganhava dinheiro, mas infelizmente, a vida é injusta! - gritei com raiva.
-Se conseguir achar 1 real quero que me conte o segredo. - ele se levantou do chão e estendeu a mão pra me ajudar - Muito prazer, meu nome é Carlos.
-Não digo o mesmo.
-Me desculpe a grosseria, problemas pessoais.
-Tudo bem - dei um leve sorriso.
-Quer tomar um café? Quem sabe colocar um curativo nesse arranhão.
-Se você pagar o café e o curativo...
-Entendi, entendi, você é tagarela também, vou precisar de paciência! - ri divertida e me apresentei.

Nós andamos até chegar em um pequeno café, no caminho trocamos uma pequena conversa, mas depois ficamos em silêncio.

Carlos

Porque eu convidei essa louca pra tomar um café? Talvez carência? Desisto! Era o mínimo que eu poderia fazer não acha? Eu esbarrei nela, esmaguei o braço dela.. enfim, não queria que isso tivesse acontecido. Por outro lado, ela é bem bonita, mas é muito chata pro meu gosto.

Quando chegamos no café, tomei um susto! Ela teve a coragem de pedir 6 pratos pro café da manhã, eu estava frito, não tinha dinheiro nem pro curativo.
-Você vai comer isso tudo? - ela arqueou uma sobrancelha pra minha pergunta e lançou a seguinte frase:
-Você também tá na sarjeta? Se for assim, vamos correr porque ninguém notou ainda - fiquei sério - Tudo bem, vamos lá fora, assim a gente conversa disfarçadamente e sai desse lugar - assenti o que ela disse.

Saímos correndo e dando risada, o garçom correu atrás da gente por 2 quadras, falando que agora nós íamos pagar, até que ele desistiu.

-Que loucura, eu devia fazer isso mais vezes - falei ainda me recuperando - Bom, você não é tão chata como pensei.
-Você me acha chata? - A expressão no rosto dela mudou pra séria - Você é antipático.
-O que? Como assim? - fiz uma careta.
-Oras, eu não era chata?
-Eu não te acho chata agora - ela sorriu - Viu? Eu te faço rir.
-Não enche - me deu um tapinha camarada.

Depois de um tempo jogando conversa fora, a deixei na casa dela e fui embora, agora com um sorriso idiota no rosto.

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⏰ Última atualização: Jun 06, 2015 ⏰

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