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NITA E SELINA CHEGARAM AO HOSPITAL onde estava sua mãe. O mesmo hospital que Selina a levou quando descobriu que estava grávida. Depois de alguns minutos perguntando, ela finalmente conseguiu o número do quarto de sua mãe.

Esperando do lado de fora de seu quarto, na sala de espera estavam muitos membros de sua família - alguns com quem ela nunca havia falado ou se importado muito com ela.

"Nita, mija, eu estava esperando por você. Sua mãe quer te ver." Seu pai disse suavemente. Nita sabia que seu pai iria quebrar a qualquer momento - mas ele permaneceu forte, só para ela.

Nita assentiu. "Eu volto já." Ela disse a Selina. Selina se sentou em uma das cadeiras da sala de espera e assentiu.

"Boa sorte, Ni." Selina sorriu.

Nita respirou fundo e seguiu seu pai que segurava a porta do quarto, onde viu sua avó sentada ao lado de sua mãe. O pai e a avó de Nita saíram da sala para dar a Nita e Regina um tempo a sós para conversar.

Ela rapidamente caminhou até sua mãe, onde ela segurou sua mão com força. Nita deixou escapar algumas lágrimas - que rapidamente enxugou. Ela odiava chorar, sempre tentava ser forte por si mesma - mas naquele momento, ela não conseguia mais ser forte.

"Amore mio, não chore, por favor." A mãe de Nita, Regina disse enquanto acariciava a cabeça de Nita. Regina colocou as mãos no rosto da filha, e deu um beijo suave em sua testa.

"Madre, você está doente, como posso não chorar?" Nita engasgou, as lágrimas não paravam de rolar pelo rosto.

A mãe de Nita sorriu fracamente. "Tudo o que importa é que eu vou melhorar. E eu prometo a você, que vou superar isso, se eu for forte. Então eu preciso que você seja forte para mim, baby."

Nita assentiu. "Claro, Madre, farei qualquer coisa por você." Ela sussurrou enquanto olhava para os lindos olhos de sua mãe.

"Como isso aconteceu? Por que aconteceu? Madre, você sabia que tinha câncer?" Ela perguntou freneticamente, havia muitas perguntas.

"Eu estava na casa do seu pai - o que explicarei mais tarde - e simplesmente não me senti bem e desmaiei. Seu pai me levou ao hospital, fizeram alguns exames e me disseram que eu tinha câncer. Câncer de mama." Ela disse suavemente. "Mas o médico disse que eu vim antes que qualquer coisa ficasse muito séria, então com o tratamento certo e com algum tempo, eu vou melhorar Ni. Então não chore, baby."

Nita assentiu, enquanto tentava conter as lágrimas mordendo o lábio inferior.

"E eu e seu pai estamos conversando de novo." Regina sorriu. "Tivemos uma longa conversa e estamos em melhores condições agora."

"Então, como vão você e o Paulo, amore?" Regina perguntou, notando que quando ela disse o nome dele, o sorriso da filha sumiu rapidamente. "O que houve, baby?"

"Eu e o Paulo terminamos. Madre. Não estamos mais juntos."

A notícia foi um choque para a mãe de Nita, ela não conseguia acreditar que eles haviam terminado - ela achava que eles eram perfeitos um para o outro. "Por que?" Regina perguntou.

Os olhos de Nita lacrimejaram e ela respirou fundo. "Ele me traiu." Ela sussurrou. Regina balançou a cabeça, ela se sentia mal por sua filha e tudo que ela estava passando. Ela abraçou Nita e esfregou suas costas em círculos suaves, esperando acalmá-la um pouco.

"Vai ficar tudo bem, não se preocupe." Regina contou para a filha enquanto ela tentava enxugar as lágrimas.

"Eu não posso acreditar que você é quem está me fazendo sentir melhor quando deveria ser o contrário." Nita murmurou, deixando escapar uma pequena risada.

"Eu sempre estarei aqui para você, não importa o que aconteça." Sua mãe disse com um sorriso caloroso. "Além disso, você não deveria ter que chorar por um homem. As meninas nunca deveriam ter que passar por algo assim, e parte meu coração ver você triste e com o coração partido. Amore, se você o ama, um dia você vai encontrar em seu coração algo para perdoar Paulo. Às vezes os homens nem sabem o que fazem, e às vezes eles não querem te machucar. Mas você tem que entender que se ele te machucar repetidamente, ele não mereve você. Um homem que te machuca repetidamente, não é um homem. Você vai saber com o tempo, se pode ficar com Paulo de novo, e se isso é demais para você. Então o mínimo que você pode fazer é perdoá-lo, mas leva tempo. Pode levar meses e até anos para você finalmente perdoar ele Nita, um homem que te machuca de novo e de novo, não é alguém que te merece."

Ela saiu do quartos da mãe apenas para se deparar com o pai e Paulo conversando. Ela fez contato visual com Paulo imediatamente, mas desviou o olhar, evitando rapidamente os olhos que ela tanto amava.

"Como foi?" O pai de Nita perguntou a ela.

"Foi bom, conversamos sobre algumas coisas." Ela sorriu. "Foi ótimo. Mas como é que você não me disse que vocês estavam conversando de novo?" Ela perguntou, sentando-se ao lado de seu pai - longe de Paulo.

"Eu só não queria que você pensasse que estávamos voltando, sem consertar as coisas, certificando-se de que tudo estava melhor agora."

"Então vocês estão voltando?" Nita sorriu, a notícia genuinamente trouxe alegria para ela - mesmo que ela estivesse passando por muita coisa no momento.

"Esperamos que sim. Mas apenas se decidirmos se é o certo." Seu pai sorriu. "Então, como está tudo entre vocês dois?"

Nenhum deles respondeu, e foi um silêncio constrangedor por alguns segundos até que Nita falou. "Tudo está bem." Ela murmurou. Paulo olhou para Nita, e eles olharam de volta para o pai de Nita, e assentiram com um sorriso.

"Isso é ótimo. Bem, já volto, vou dar uma olhada em sua mãe." Ele sorriu, deixando Paulo e Nita sozinhos.

"O que você está fazendo aqui, Paulo?" Ela perguntou a ele, sua voz não estava cheia de doçura ou qualquer coisa desse tipo.

"Seu pai me ligou." Ele respondeu. Nita simplesmente acenou com a cabeça levemente e olhou para ele de cima a baixo, não querendo estar perto dele, mas agora não era hora de ser dramática.

"Por que você não contou a ele?" Paulo resmungou tristemente, depois de alguns minutos - que pareceram uma eternidade - de um silêncio apenas constrangedor e incômodo.

"Porque eu não preciso causar mais problemas ao meu pai, além disso, ele gritar com você no hospital é a última coisa que eu quero." Ela murmurou enquanto olhava para seus dedos bem cuidados.

"Olha Nita, este pode não ser o momento certo, mas me desculpe-"

"Paulo eu não preciso de desculpas, eu te perdôo." Ela afirmou. "Não acho que um relacionamento seja o que eu preciso no momento, especialmente depois do que aconteceu. Só preciso me concentrar em minha mãe e em nossos bebês, só isso."

"Eu-"

"Nita, oh meu Deus, você está bem?" Ibañez interrompeu, correndo até a jovem de 29 anos e a abraçando. Paulo olhou para eles com os olhos arregalados, sentindo que iria se arrepender do que faria a seguir.

"O que Paulo está fazendo aqui?" perguntou Ibañez.

"O que eu estou fazendo aqui? O que você está fazendo aqui?" Paulo perguntou. Ibañez disse ao argentino para se acalmar e que ele tinha o direito de estar aqui e que Nita o chamou.

"Oh, pelo amor de Deus." Paulo disse antes de dar um soco direto no queixo de Ibañez, não se importando com nada mais.

"A vida de Nita é tão legal." Selina disse antes de perceber que não era o momento certo.

VIRGIN / Paulo Dybala Onde histórias criam vida. Descubra agora