"NÃO ACREDITO QUE VOCÊ VAI ME LEVAR PARA MADRID!" Nita disse a Paulo ao ver o destino deles em seu assento. Os dois estavam em um avião - primeira classe - com destino à capital da Espanha, Madri. A Roma estava indo para Madri para disputar contra o Real Madrid pela segunda rodada da Liga dos Campeões das quartas de final. O Paulo decidiu levar a namorada consigo para a casa de sonho dela, Madrid - ele espera que eles não percam, o que neste caso - era altamente provável, tendo em conta que o Agregado estava 0-3 e o Paulo não estava a jogar, devido ao Cartão Vermelho isso parecia injusto.
Nita estava ficando muito grande. Sua barriga era bem visível - considerando que ela carregava mais de um filho no estômago. Agora era abril, ela tinha acabado de completar seis meses de gravidez. O que significava mais dor no abdômen e dor ao sentar - mas tudo foi reduzido com a ajuda de sua faixa de bebê. Isso também significava que seus níveis de estrogênio eram altos, dando a Nita um cabelo mais grosso.
Os próximos meses seriam agitados para Paulo e Nita. Sem falar que a Liga dos Campeões da UEFA também era algo que Paulo tinha que acompanhar se quisesse chegar às semifinais - o que parecia quase impossível. A série A também estava quase acabando, mais a acrescentar para a Roma.
Maio estava chegando e maio seria o mês mais difícil para Paulo, e Nita estaria grávida de sete meses - tudo poderia acontecer, e Paulo não estaria por perto a maior parte do tempo, por isso Paulo sugeriu que Nita se mudasse com a mãe e a avó no mês de maio, só até as coisas acalmarem. Claro, Nita sendo a garota forte que ela acreditava ser, não queria. Ela sabia que era capaz de ficar sozinha por 4 semanas. Aos olhos dela, tudo ficaria bem.
Mas Paulo ficaria preocupado. E ele tinha o direito de estar preocupado. Sua namorada grávida de sete meses - de gêmeos - estaria sozinha enquanto ele estava fora jogando partidas por toda a Europa e ele não estaria lá para cuidar dela, se necessário. Nita estava convencida de que ela ficaria perfeitamente bem, no entanto. Durante 7 meses, ela estaria principalmente se preparando para o parto e montando o berçário - pelo menos foi o que a mãe e a avó lhe disseram por telefone, tentando aliviar Paulo.
Com a gravidez, veio o estresse. Para ambos os pais. É por isso que Paulo decidiu que seria uma ideia incrível levar Nita a Madri com ele por alguns dias; mesmo que Paulo não estivesse jogando.
Mas Paulo sabia o quanto Nita era torcedora do Real Madrid, desde pequena. Nita contava a Paulo histórias de ela ser pequena e querer vê-los, o que fazia com o pai. Paulo sabia que não podia mudar a opinião dela, ela também gostava de Roma, mas nada superaria o Real. Ele faria qualquer coisa por ela; afinal, isso era um efeito colateral de estar apaixonado; talvez fosse muito cedo para mencionar isso, o casal só se conhece há 8 meses, ele passou quase todos os dias desses 8 meses com Nita. Paulo podia realmente sentir algo ali.
"Bem, é o seu lugar favorito, não é? E eu sei que você ama o Real Madrid. Sei como você ficou animada quando eu falei que iriamos jogar contra eles." Ele disse a Nita que estava se divertindo com tudo ao seu redor - com certeza ela esteve em viagens de avião de primeira classe com o pai dela quando ela era mais jovem, mas certamente nada como isso.
Os olhos de Nita brilharam e ela assentiu várias vezes. "Muito obrigado por me levar para Madrid. Eu sei que você não quer que eu veja vocês perderem ao vivo. Mas nunca se sabe, Paulo. A mágica existe por uma razão." Ela piscou para ele.
"Já perdemos a Liga dos Campeões, Nita. Não é surpresa que vamos perder hoje, sou um idiota por ter recebido um cartão vermelho. O que foi injusto, e você sabe disso. Eu mal estava jogando!" Paulo disse a ela.
Nita viu a cara de Paulo que mostrava o quanto ele estava chateado, deixando Nita chateada. Ela se lembrou do olhar em seu rosto quando ele recebeu o cartão, mais irritado do que qualquer um jamais poderia estar. Ela o beijou nos lábios. "Não se preocupe, vai ficar tudo bem, a Roma é um time forte, baby."
