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  Estava eu e senhorita Mitsashi em frente ao um edifício bastante desgastado/destruído, pelo fato de ter pegado fogo recentemente por causa da festa, os suspeitos já estavam formados: os 4 sobreviventes. Senhorita Mitsashi utilizava um casaco com uma capa longa, coisas de detetives clássicos, sabe? Mitsashi é uma jovem japonesa que se mudou a pouco tempo. Descobri isso recentemente quando caminhávamos a caminho do edifício.

  Para preocupar pistas, minha parceira começou a examinar o local, eu a observava quieto, esperando que ela me desse alguma ordem. Seus cabelos pretos e longos voavam sobre o vento que havia no local, ajoelhou-se perto da porta, tudo que aparentava ser uma pista era coletado e guardado em saquinhos separados que eram mantido no bolso do casaco de Mitsashi. Levantou-se e andou para uma planta, embora seja esquisito.

  –Robert, me dê as minhas luvas, por favor.– Sem eu dizer nenhuma palavra, peguei em meu bolso suas luvas e a entreguei.

  Ajoelhou-se e enfiou sua mão na terra que havia naquele vaso, mas que ideia foi aquela? Foi o que eu pensei, mas isso foi o nosso primeiro sinal. O culpado estava brincando.

  Mitsashi tirou sua mão do vaso com um papel, ela leu.

  –Que palhaçada é essa?– ela murmurava, irritada– estão querendo brincar com a morte das pessoas? Isso se parece brincadeira? Que infantilidade!– virou-se para mim, ainda ajoelhada. Seu rosto estava ainda mais obscuro que o normal, seus olhos nem haviam mais nenhum brilho, uma energia escura a cercava– bando de desgraçado desocupado!

  Mitsashi se levantou e começou a murmurar um monte de xingamentos, estava muito zangada. Ela pegou o papel e me entregou, para que pudesse ler.

  Na carta dizia, que tudo aquilo é uma diversão, e que para achar o culpado, teríamos que seguir o enigma. Resumindo.

  –Só para que você não me chame de estranha logo após eu ter colocado minha mão na terra. Quero deixar claro, através dos sinais, sempre tinha um pouco de terra perto, a planta mais próxima era esta. O culpado como deve estar brincando escondeu isso daqui para que a gente perdesse tempo, já que agora sabendo que ele(s) querem um enigma.– ela suspirou.

  –Fique calma, tudo bem? Nos vamos descobrir. Nós sempre descobrimos.

  Ela se aproximou de mim e pegou o papel, ela queria ir ao laboratório, para ver se tinha alguma digital ainda, já que a terra poderia ter removido alguma coisa. A gente se encaminhou para o carro, eu iria dirigir, entramos no carro e eu insisti em puxar assunto.

  –Ahm.. sei que devemos focar apenas no caso agora, mas porque não me fala sobre você?

  Suspirou– Eu até falaria, mas não acho que seja uma boa ideia. Quando eu me sentir mais a vontade, eu falarei, saiba disso.– Virou sua cabeça para a direção do vidro.

  –E eu queria que você soubesse que pode confiar em mim. Já vai fazer 2 anos que trabalhamos juntos! E eu não sei absolutamente nada sobre você!– meu tom de voz aumentou.

  Mitsashi ficou em silêncio até chegarmos no laboratório. Descemos do carro e nos encaminhamos para dentro do lugar.

  –Me desculpe.– disse abalado.– Eu nem sei o seu primeiro nome. Isso me deixa tão decepcionado comigo mesmo...

  Mitsashi acenou sua cabeça e entrou na recepção comigo. Ela ainda não tinha me dito seu nome.

  –Olá, eu queria saber se o cientista Petrucci está disponível, temos uma emergência.– Mitsashi disse enquanto apoiava suas mãos no balcão que a recepcionista se encontrava.

  –Ele provavelmente está criando algo novo, como sempre, senhorita Mitsashi. Vou conferir, com licença.– A moça se levantou e caminhou para uma sala, bateu na porta e logo em seguida entrou. Mitsashi se sentou num sofá na sala de espera e eu me sentei ao seu lado.
 
  Teve alguns minutos de silêncio. Aquela sensação de puxar assunto me corroia, os brilhantes olhos castanhos claro me encaravam de forma sincera.

  –Por favor, me diga seu nome!– implorei.

  –Em nenhum momento eu disse que não iria dizer. Pare de ficar no meu pé! Se não eu desistirei.– bufou.
 
  Nunca fiquei quieto tão rápido. A recepcionista chegou e nós chamou em seguida.

  –Podem ir.– ela sinalizou com sua mão.

  Levantamos lentamente e andamos ao escritório de Senhor Petrucci, ele é o único cientista que Mitsashi confia.

  –Boa tarde Mitsashi.– Ele olhou para nós enquanto estava sentado em sua cadeira, ele se levantou.– Precisa do que?

  –Veja esse papel, tente identificar alguma digital, não sei.– ela revirou os olhos.

  Nesse momento, não prestei muita atenção, eu estava olhando para Mitsashi, que aparentava estar bastante concentrada no que Senhor Petrucci fazia, de alguma maneira, ele estava tendo trabalho para identificar algo, sinto que ele está quase achando, porém não podemos confirmar nada. Eu e Mitsashi iríamos seguir os enigmas para não perder tempo enquanto as digitais eram descobertas, isso se houvesse.

  Nos despedimos do cientista e nos encaminhamos para fora do local, nós deparamos com o vidro de meu carro quebrado, a janela de motorista. Corremos para o lugar e colocamos luvas, para evitar machucados e, a remoção de digitais, isso seria uma ótima pista também. Havia um papel dentro, o mesmo formato que o antigo e tudo mais.

  Senhorita Mitsashi pegou, a letra era a mesma, tudo era igual, menos o recado, obviamente, ela leu calmamente, sabendo que se o culpado colocou o papel ali, era porque ele estava perto ou pediu para que alguém colocasse lá. Mas de qualquer maneira, ele sabia onde estávamos e, provavelmente está nos observando a cada passo.

Continua...

Mais um capítulo lançado!!!

Senhorita Mitsashi  - EnigmaOnde histórias criam vida. Descubra agora