Um viking em minha vida

Seus olhos azuis e sua boca quente

Duas semanas de passaram desde minha última conversa com Jessie.

Aquele assunto ainda pairava sobre minha cabeça, Ragnar tem uma história de vida fascinante ao mesmo tempo que é muito triste, agora consigo entendê-lo melhor, a pessoa cria uma casca depois de passar por tantas tragédias e a casca de Ragnar era bem endurecida.

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Ando pelos arredores da cidade com minha vassoura e meu balde na mão, as vezes eu fingia esquecer algo no casarão só para conseguir passear pela vila

O trabalho era exaustivo e eu precisava andar um pouco para não enlouquecer

Entro na cozinha do casarão para checar o que Jessie estava fazendo, hoje era a sua vez de cozinhar para os servos de nossa vila

-Hmm que cheiro bom... -Digo colocando meu dedo na panela e levando a boca

-Não faça isso Mary! Pegue uma colher, isso é nojento... -ela me repreende

Seus sapatos sujos de lama deixavam suas pegadas pelo chão

-Nojeira é esse chão que você está pisando! -respondo rindo

Um dos meus hobbies era perturbar Jessie, eu fazia isso muito bem

-Então é melhor você usar esse balde e essa vassoura e começar a limpar, se algum brutamonte vir aqui e ver você sem fazer nada irá te advertir.

Dou de ombros e continuo o papo

Depois de algumas risadas o vigia entra e vê a gente conversando

-Eu disse... -Jessie me repreende de novo

Mas dessa vez foi diferente, não fui advertida..

-De volta ao trabalho. -diz ele para Jessie
-E o que você está fazendo aqui? Fui ao pasto e não te encontrei, onde você deveria estar! -diz se direcionando para mim

Mas antes que pudesse responder ele me dá uma ordem

-Está sendo chamada na sala do trono...

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Eu gelo, mais uma vez iria encontrar Ragnar e eu não queria, ele me deixava, sei lá, diferente...

-Vai Mary, não é nada. -Diz Jessie depois de perceber meu descontentamento

...

E então eu vou até sala, chegando lá consigo enxergar ele sentado de costas para mim e de frente para uma mesa cheia de papéis escritos e mapas

-Foi solicitada minha presença aqui? -digo dando alguns passos

-Aah Sim.. Venha.. venha até aqui... -responde

Vou até ele, paro ao seu lado

Ele apontando para um manuscrito diz:

-Consegue traduzir para mim?

Percebo seus olhos penetrarem nos meus
Fico desconcertada, mas tento focar

Olho a língua em que está escrita, e era a minha língua inglês

-Sim consigo.. Mas..

-Mas? -ele pergunta, e arqueia uma sombrancelha