Capítulo 2

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09:00 - Praça San Pietro

– Ei, acorda aí, ô dorminhoco!

– Hum!? O que foi?

– Sai do meu lugar, cê tá me tirando do sério!

– Espera...

– Vai dar uma de espertinho em outro lugar, meu irmão!

O mendigo empurra Luuk com força, fazendo-o cair do banco e se levantar rapidamente.

Luuk se levanta, tonto e confuso, enquanto o mendigo o encara com um olhar de desprezo. A praça está cheia de gente, todos apressados, seguindo seus próprios caminhos.

Desanimado, Luuk se afasta do banco, tentando evitar conflito com o mendigo, e sai andando sem rumo pelas ruas da cidade. Os prédios altos e cinzentos parecem sufocantes, e o barulho dos carros e buzinas enche seus ouvidos. Ele se sente um estranho, um fantasma perdido nesse mundo louco.

Enquanto caminha, Luuk observa as pessoas à sua volta. Elas passam apressadas, seguindo seus rumos, completamente alheias à sua presença. Ele tenta chamar a atenção delas, gritando, fazendo gestos malucos, mas é em vão. Ninguém o nota, Luuk parece invisível, como se fosse um fantasma perambulando despercebido pelas ruas movimentadas.

De repente, trovões ecoam pelo céu, prenunciando a chegada da chuva iminente.

– Ótimo, era só o que me faltava agora, começar a chover – resmunga Luuk, frustrado com a situação.

Ele continua a caminhar e para em frente à faixa de pedestres, aguardando o sinal abrir para atravessar. Nesse momento, ele avista o homem misterioso do outro lado da rua. O homem segura um guarda-chuva e encara Luuk de forma intrigante. Quando Luuk pensa em atravessar a rua, o semáforo abre, e uma multidão de pessoas o arrasta junto com elas. Como ninguém consegue vê-lo, ele se torna ainda mais preso no meio da aglomeração, dificultando sua passagem. No entanto, ele consegue chegar ao outro lado.

No último instante, antes de ser levado pela multidão, Luuk consegue vislumbrar o chapéu do homem misterioso enquanto ele vira a esquina. Determinado, Luuk segue o homem, mas no momento em que está prestes a alcançá-lo, um menino que anda de bicicleta colide com ele, derrubando-o ao chão. Mesmo assim, Luuk não perde de vista o homem misterioso, que adentra um túnel para pedestres.

– Ai, desculpa, moço, eu não te vi – diz o menino, preocupado.

– Sem problemas – responde Luuk, levantando-se rapidamente para não perder o rastro do homem, sem nem ao menos ajudar o menino com a bicicleta.

Luuk adentra o túnel, mas não encontra mais o homem misterioso. Ele se pergunta como o homem conseguiu sair dali tão rápido, considerando o tamanho do túnel. A curiosidade e a sensação de que algo estranho está acontecendo se intensificam dentro dele.

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⏰ Última atualização: Jan 13 ⏰

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