Oie! Pra quem já leu algo meu e estava com saudade das minhas maluquices literárias, TAMO AÍ OUTRA VEZ KKKKK! Pra quem tá chegando agora, seja bem vinde e boa leitura!
Ah, não deixem de comentar muito e me seguir lá no tico e teco, blz? É @Kel.sy
Valeeeu 💚*
— Ai, merda! - exclamei baixinho, ao bater o cotovelo na porta do ônibus enquanto descia, mas eu não estava realmente com raiva. Nada poderia estragar aquele dia.
O ônibus lotado; a moça fazendo uma pregação aos gritos, às 7 da manhã; o cara escroto tentando chegar perto demais toda vez que o motorista fazia uma curva. Aquele inferno no trajeto pra faculdade era o mesmo dos últimos dez meses, mas a decisão que eu tinha levado uma vida inteira para tomar, e que só agora tinha reunido coragem suficiente para tal, aquecia meu coração e colocava um sorriso bobo permanentemente em meus lábios. Nada poderia estragar aquele dia.
Com essa energia linda me animando, agradeci pela beleza do céu azul daquela manhã fresca e atravessei a rua para entrar nos domínios do Complexo Estudantil.
— Wow! O que rolou? Sua vibe de gostosa tá quase me afetando! - Bruno sussurrou, me abraçando carinhosamente ao me encontrar nas escadarias da entrada, já me arrancando uma gargalhada.
Ok, rir com Bruno era tipo o que eu fazia 90% do tempo, mas a coisa boa de se ter um amigo de verdade é que você pode confiar totalmente nos elogios, porque é justamente ele quem vai te alertar quando sua cara estiver péssima demais para ser exibida em público.
— Tá, eu decidi. Vou falar pra ele. - contei de sopetão.
Demorou só um segundo pros olhos castanhos se arregalaram e a boca carnuda se escancarar num sorriso animado.
— Hoje?!
Abri um sorrisinho tenso e confirmei com a cabeça.
— Certo, eu não aguento mais te ouvir choramingando por causa dele, melhor assim. Se não rolar, é bom que você desapega de uma vez. - comentou ele, enrolando o fone de ouvido e enfiando no bolso da calça preta — Você quer passar na cantina?
— Não, eu comi em casa. E como assim, “se não rolar?” É claro que vai rolar!!
Eu estava prestes a apresentar uma lista de razões que embasavam minha certeza, mas perdi a fala porque nesse momento entramos no pátio e eu o vi. Puta merda, mesmo se não tivesse sido obrigada a fazer o catecismo, a mera existência do Pedro Henrique era a prova de que Deus existe…! Quero dizer, eu só podia ver o topo do boné vermelho, a mochila que eu tinha ajudado a encher de bottons e, às vezes, um pedaço do sorriso perfeito, enquanto ele conversava animado com os outros caras da Atlética, porque aquele INSUPORTÁVEL do Matheus (ou seja lá qual fosse o nome dele!) estava na frente, tapando a visão do MEU PÊ!
— Vem, dá um passo aqui pro lado - chamei meu amigo, puxando-o pelo braço — Aquele babaca tá tapando minha visão. Nossa, eu odeio tanto esse moleque!
— Quem? - Bruno levantou os olhos da tela do celular para observar o talzinho — Mentira que você ainda não superou aquele dia do suco? - o filho da puta teve que colocar a mão na boca pra impedir que a crise de riso aumentasse enquanto me assistia apenas rolar os olhos.
— Ai, claro que não. O fato de um desastrado dos infernos ter derrubado suco de uva em mim, no primeiro dia de aula, não tem nada a ver com isso. Sério.
— Amika, ele pediu desculpas. E ofereceu pagar uma blusa nova.
Controlando minha cara de puro ódio, voltei a observá-lo. Que tipo de pessoa fica parada no meio do pátio, falando ao telefone e impedindo os outros de ver o que realmente importa?! GRR!
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Pirulito de Coração
RomanceMikaelle esteve esperando por isso há muito tempo, o precioso momento de abrir o coração e declarar seu amor para Pedro Henrique. Porém, as coisas não saem como o esperado e, quando parecia que nada mais restaria além da humilhação completa, Matheu...