18 - mão na massa

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Nunca imaginei que estaria na casa de Pedri, - nunca nem pensei em conhecê-lo, mas aqui estou, sentada no sofá confortável da sua sala de estar. Olho ao redor, observando as fotografias e objetos pessoais que contam a história da vida dele. É uma espiada em sua intimidade, um vislumbre do que o torna quem ele é.

Pedri se senta ao meu lado, nossos corpos quase se tocando. Ele segura minha mão, seus dedos entrelaçados nos meus. Sinto meu coração bater mais rápido, uma sensação de euforia me envolvendo.

— Fiquei feliz que você aceitou meu convite de vir aqui - ele diz, com um sorriso tímido nos lábios.

— Você vai quase toda semana em minha casa, e me leva comida - ressalto — É o mínimo que eu poderia fazer - respondo, retribuindo o sorriso e vejo seu olhar cair para meus lábios.

Faço um som com a garganta fazendo sua atenção se voltar aos meus olhos e ele me da um sorriso ladino e isso foi o incentivo que eu precisava.

Com um movimento rápido, roubo um beijo dele. Nossos lábios se encontram em um movimento rápido, Pedri me puxa para mais perto, nossos corpos agora colados um no outro. O beijo se aprofunda, nossas línguas se encontrando como quem busca o domínio do outro. É como se estivéssemos explorando um novo território, descobrindo sensações e emoções que só podem ser compartilhadas entre duas pessoas que se importam profundamente uma com a outra.

Nossas mãos começam a se mover, acariciando os braços, as costas, explorando os contornos um do outro. Há uma urgência em nossos toques, uma necessidade de nos sentirmos ainda mais próximos. Pedri entrelaça seus dedos nos meus cabelos e os puxa para trás expondo meu pescoço para o mesmo, logo ele começa a distribuir beijos e mordidas suaves entorno me fazendo suspirar a cada contato dos seus lábios.

— Você é incrível, murmuro, enquanto seus lábios exploram meu pescoço.

Ele sorri, seus olhos brilhando com a intensidade do momento. — E você, Bárbara, é a melhor coisa que já aconteceu na minha vida.

Nossas mãos exploram os contornos um do outro, encontrando os pontos sensíveis que nos fazem suspirar e gemer baixinho. Os beijos se tornam mais famintos, nossos corpos se aproximando ainda mais.

Decido interromper antes que as coisas que já estavam tomando um rumo diferente se prolongue mais ainda. Separo nossos lábios ouvindo um resmungo vindo em seguida enquanto ele aperta minha cintura me puxando para mais perto.

— Não! Vamos fazer o que você me disse que faríamos, lá na cozinha - Me desvencilho dele levantando e o observo jogado no sofá com os cabelos meio bagunçados e os lábios vermelhos por conta do que estávamos fazendo a pouco. Coro com o pensamento e ele percebe soltando uma risada nasalada.

— Vamos, ratinha. Mas iremos continuar o que começamos - sussurra no meu ouvido me causando arrepio e me guia pela mão em direção a cozinha, e, uau! Que cozinha linda.

— Por onde começamos chefe?

— Lavando as mãos! - rio pelo nariz indo em direção a torneira e logo começamos nossa aventura na cozinha.

Novamente, nunca imaginei que estaria na casa de Pedri, mas aqui estou, sentada à mesa da sua cozinha. Enquanto esperamos a massa cozinhar, Pedri passa a mão pelo meu cabelo, brincando carinhosamente.

— Então, Bárbara, você acha que nossas habilidades culinárias combinam? - ele pergunta, com um sorriso travesso no rosto.

— Ainda não sei. Acho que estamos prestes a descobrir -, respondo, rindo.

Ele me entrega uma colher de pau e um avental. — Bem, vamos lá! Ainda temos muito o que fazer.

Nossas mãos se encontram enquanto misturamos os ingredientes na tigela. A receita se transforma sob nossos toques, criando algo que é nosso, algo que compartilhamos.

wrong number↝p. gonzález | hiatusOnde histórias criam vida. Descubra agora