𝐍ão é 𝐄le

Acender (#1)

Aviso legal:

Nada que está escrito aqui é canônico. Há inúmeras alterações na história real do anime, como os nomes inventados.

Aproveite sua leitura! ;)

JAPÃO - TOKYO
1912

Era de manhã quando Douma já estava de pé.
Ele e seu melhor amigo, Soyama Hakuji, assistiam a neve cair enquanto ouviam o doce cantar dos pássaros, uma sensação única.

Eles comiam e bebiam os pratos típicos de épocas de inverno enquanto se aconchegavam em grossos cachecóis feitos pelo Soyama.

Dois amigos que juravam amizade eterna, um juramento de dedinho.

Douma assistia toda aquela neve cair como se fosse a última vez de sua vida. Mas, foi tirado de seus pensamentos após ser acertado por uma bola de neve.

Virou-se confuso e logo avistou Hakuji segurando outra bola enquanto ameaçava de jogar novamente.

- Duvido que sejas forte o suficiente para acertar! - O moreno riu e logo viu seu companheiro fazer uma bola de neve para acertar o mesmo. O que resultou em falha, o ataque de Douma foi esquivado com facilidade.

- Então vás ter lata para duvidar de mim?! - Novamente o arremesso foi realizado sem sucesso.

- Não consegue, não consegue! - Ria enquanto mostrava a língua em sinal de deboche.

- Tu não vás fugir de mim! - Douma preparava outra bola de neve ao ver Hakuji distanciar-se e então esconder-se entre as árvores.
Risos, gargalhadas, felicidade.

Os garotos divertem durante a nevada, tudo era mágico e único. Ficaram por lá até o entardecer, quando Douma, então, pronunciou-se.

- Nós deveríamos voltar, meu pai diz que é perigoso ficar aqui até anoitecer. - Ele diz em um aviso, mas Hakuji não liga para isso.

- Seu pai é muito conservador, que mau nos fará se ficarmos aqui até tarde? Doenças? Qual é! Estamos protegidos do frio. - Ele zombou enquanto escalava uma árvore pequena e se sentava em um galho.

- Não é isso... São os demônios! - Douma diz.

- Demônios? E eles existem por acaso? Qual é Douma! Já tenho 7 anos, acha mesmo que irei acreditar nestas histórias para dormir? - Hakuji retruca. Ele era 1 ano mais velho que Douma, e, mesmo assim, sentia-se um adulto perto dele.

- É sério! E outra, você pode cair daí e ter grandes arranhões! Então desça já!!! - O albino, quase loiro, responde.

- Tá! Tanto faz... - Ele foi interrompido enquanto descia. A árvore tremeu com um forte soco e com isso Hakuji caiu na neve. - Aai... - Ele geme de dor.

- H-Hakuji-Kun... - Douma ficou-se assustado e com olhos fortemente arregalados. Suas mãos estavam trêmulas quando deparou-se com aquela criatura medonha.

- O que foi? - Hakuji questiona e logo olha para a árvore, dando um grito alto. - DEMÓNIO!!! - ele levanta-se com pressa e logo tenta puxar Douma para longe daquele ser medonho.