O sol nascia tímido no horizonte sob meu olhar. Minhas costas nuas captavam o soprar gélido da manhã, até que o toque suave foi substituído por algo molhado, um beijo. Virei em supetão e encarei o garoto rindo sardônico. "O que está fazendo?". Não ouvi a resposta, acordei na mesma hora, feverdo e com a mão de Hao sob minha testa. Foi só um sonho estranho, estou doente, é normal.
Estou deitado, melhor dizendo, semi-deitado, com as costas sobre montes de travesseiros de penas que só encontraria na casa de praia dos Zhang. O mais velho pergunta se estou me sentindo bem e nego, me sinto incorpóreo, como se apenas meu espírito pairasse pela cama. Ele me deu chá com mel.
Era nosso primeiro dia ali e eu adoeci. Ótimo! Assim posso ficar trancado a viagem inteira e não ver ninguém, particularmente acho isso não tão ruim.
Olhei pela pela vidraça da porta balcão e admirei o céu baço. Em um ambiente como Jeju, tudo era digno de admiração, até o céu sem estrelas. E como estava acamado, poderia admirá-lo pela semana inteira.
Me senti mal por Hao, que tinha planejado me levar em um restaurante à beira da praia, e se não fosse por minha febre, já estaríamos lá. Mas esqueci minhas vitaminas, infelizmente não podia fugir da culpa.
Ainda era cedo mas a infermidade me deixa sonolento, então durmo novamente em menos de meia-hora acordado, sem Hao ao meu lado.
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– Bom dia! Acorda! – exclama Yujin, risonho, abrindo as portas duplas.
Encaro sua figura com os olhos semicerrados, com o corpo escondido no pano. Peço que saia e me cubro. Ele não sai. Prefere vir até mim e assoprar meu ouvido direito, causando cócegas.
– Yujin! – ele ri sem mostrar os dentes, apenas aceito – Já vou, me espere para o café, tá bom? – ele acena.
Me sinto melhor, a temperatura abaixou. Tomo banho e lavo meus fios ressecados, massageando levemente a cabeça. Quando termino, seco meu corpo nu e hidrato com creme de frutas vermelhas, finalmente, me sinto limpo. Com uma camiseta off-white de botões com listras verticais e um short de veludo coletê, ponho meus chinelos cáqui e desço as escadas com cuidado, desde pequeno tenho um medo irracional de cair.
Hao administra as coisas na cozinha, e Yujin come arroz com ovos. Me sento ao lado do coreano e apoio os braços sobre a mesa, ainda pensativo sobre o que vou comer essa manhã. Opto pelo estilo italiano e busco pelas xícaras, quando encontro, preparo um cappuccino. Procuro o pão de forma na bancada e geleia de morango na geladeira. Hao vira para mim e sorri.
– Melhorou? – aceno – Que bom, Ricky – expõe uma doce torção dos lábios, me exibindo os dentes – Quer sair hoje? Yujin e eu queremos ir ao luau dos vizinhos.
Não vejo outra opção senão aceitar, já que nossa primeira noite foi em casa por minha causa. Ele volta para seu foco, a preparação do lanche que levaremos à praia, e eu coloco meu café da manhã sobre a ilha de mármore, me deliciando apenas com olhares.
Após algum tempo, saímos em trio em direção à areia, descendo o morro onde se encontra a casa de praia. Hao corria junto de Yujin, como duas crianças que nunca visitaram a praia, e eu ia atrás, levando a bolsa de palha com nossa comida, toalhas e protetor solar, era grande mas tudo bem.
Foram 4 minutos de caminhada, sabe-se lá quantos de corrida, para chegarmos. Estiquei o pano sob os granulados e coloquei a bolsa. Hao jogou a camisa nas minhas mãos e foi para a água. "Você não passou o protetor!" gritei, mas não fui ouvido. Yujin veio até mim, tirou a roupa e ficou apenas de samba-canção, e pediu para que eu espalhasse protetor pelo seu rosto e corpo pálidos. Ele era tão branco quanto um fantasma. Vou chamá-lo de Gasparzinho a partir de agora. Sorrio com o pensamento e ele não percebe por estar de costas.
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cruel summer with you
Fanficromances de verão são pouco confiáveis e Gyuvin sabia disso quando pediu um beijo de Ricky