Me apaixonei por um famoso

Sobreviventes?

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Duda Narrando ✨

Eu estou desesperada não é possível que não vão encontrar nenhum dos meninos, o piloto e o copiloto foram encontrados mas nada de nenhum dos meninos, eu e Sueli estávamos abraçadas chorando. E só esperando por noticias boas, eu sei que a probabilidade de alguem sair vivo de um acidente de avião é muito pequena, mas ela não é impossivel.

Começaram a achar mais coisas dos meninos, malas, roupas e acharam o primeiro corpo era o Bento, quase irreconhecível eu senti como se um pedaço de mim fosse tirado, eu só rezava para o pior não ter se concretizado, eu havia prometido pra ele que ia ficar tudo bem. Os "fãs" estavam pegando muitas coisas, não dando nem a oportunidade da polícia pegar e entregar para nós familiares.

Segundo corpo dos meninos encontrado, era o Samuca, quando eu vi ele era como se tivessem enfiado uma faca em mim, vê o corpo dele ali na minha frente, todo estático, de acordo com os médicos haviam sinais vitais, mas eles estavam muito fracos. Cheguei perto do corpo dele e peguei na sua mão, gelada e seus olhos fechados fiquei me perguntando se ele estava sofrendo, quando eu olhei para tras vi a Letícia vindo correndo e sem acreditar que ele estava ali e com chances de sair dessa, ele é uma pessoa tão cheia de luz. Logo depois seu corpo foi levado e a Letícia foi junto até a ambulância e segundos depois que liberaram o Samuel para ir pro hospital, conseguiram achar o Sérgio, mesmo com a Isabela não estando aqui tenho certeza que ela vai ficar muito feliz de saber que ele está bem, só me entristece um pouco saber que ela está viajando a trabalho e quando chegar saber do acidente e dos meninos. Sueli foi acompanhando ele na ambulância, ele e Samuel estavam do mesmo jeito, mas a nossa oração de que eles iriam sair dessa era o que trazia conforto para nós.

A cada minuto que se passava era um tormento pra mim, não sabia se o Dinho tava vivo ou não ou se o Júlio tinha sobrevivido.

Já era tarde e mais um corpo foi encontrado dessa vez era o Júlio, completamente irreconhecível e depois de um tempo falaram que encontraram outro corpo, era o do Dinho só faltava ele, mas não estavam sabendo reconhece se era realmente dele, só de ver o helicóptero saindo com um corpo pendurado autorizado para ir pros barracos que haviam sinto construídos, e juntando o corpo dos três que haviam nos deixado. Eu me senti perdida.

Depois de um tempo foi confirmado a morte dos 3 membros dos Mamonas Assassinas e da equipe que estava lá... fomos sair da Serra muito tarde e os pertences que haviam sido encontrados do Dinho foram entregues a mim, assim que eu vi as coisas dele, todas sujas de barro e não poder ter tido a chance de conseguir ver ele, eu tive que assimilar tudo e ser forte nesse momento. 

Mas era algo tão horrivel de se ver, três meninos haviam falecido, dois estavam no hospital lutando para sobreviver e só se passava pela minha cabeça, como eu vou falar para os nossos filhos que o pai deles faleceu? O Lucas é muito pequeno, a Aurora nem fez um ano ainda, e o bebêzinho, que ainda tava sendo gerado dentro de mim... como eu ia fazer para que a cabecinha pequenina e pura deles entender que o pai deles não ia mais estar lá para fazer eles dormirem, jogar futebol, ficar cantando para distrair, cozinhando, levando para escola, abraçando quando tivessem tristes?

Quebra de tempo

O funeral dos meninos aconteceu no Tomeuzão, vários fãs vinheram até aqui para se despedir deles.

Foi a pior sensação da minha vida, Lucas estava no colo da Dona Célia e o rostinho dele enfiado no pescoço dela, mesmo tentando ser forte eu e Grace chorávamos inconsolavelmente perto do caixão do Dinho e a Aurora mesmo sendo pequena percebeu o ambiente e a atmosfera estranha e não parava de chorar no meu colo.

Fomos com os caixões dos meninos até o cemitério em cima do caminhão dos bombeiros e lá no cemitério terminamos as homenagens por hora pros meninos e eu me despedi lá do Dinho, do Bento e do Júlio, não dando um adeus e sim um até logo pois sabia do fundo do meu coração que eu ia reencontrar eles.