─── Estou te recrutando. ─ a voz do homem se fez presente, ecoando pelo lugar vazio.
A mulher semicerrou os olhos em sua direção, girando o objeto nas mãos.
O silêncio então se instalou entre eles. Uma disputa silenciosa entre seus olhares. O'hara e...
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O QUE ANTES ERA APENAS UM resgate em um incêndio, acabou se tornando um problema ainda maior para Jude.
A morena soube no exato momento em que entrou no prédio que aquele incidente não passava de uma fachada; uma armadilha para atraí-la até aquele lugar.
E, para sua infelicidade, tinha dado certo.
Boseman estava no meio das chamas, retirando os últimos civis do local quando sentiu sua cabeça vibrar. Ela olhou para frente, encontrando o olhar formidável de Gatuno em cima de si.
A mulher cerrou os olhos em sua direção, deixando o último inocente longe do perigo.
— Vamos acabar logo com isso. — ela falou, indo até onde o homem de traje roxo estava.
O Gatuno, conhecido também como Prowler, era um dos vilões mais difíceis que a Aranha já teve que enfrentar. O homem por trás daquela máscara era esperto e calculava todos os seus passos.
Resumidamente; Jude odiava lutar contra ele.
O vilão entendeu sua fala como uma deixa para agir; indo para cima dela com toda a força que tinha. Ele deixou suas garras à mostra, pronto para rasgar qualquer coisa que estivesse em seu caminho. E isso incluía Jude.
Ele estava ali para matar.
A Aranha por sorte conseguiu escapar de suas garras quando essas veio em sua direção. Chutando o homem para longe, ela prendeu suas mãos assim que conseguiu acertar suas teias nelas.
Aproveitando a distração, ela fugiu, já que seria a coisa mais inteligente a se fazer.
Fora da visão de Gatuno, Jude se encontrava dentro de um dos escritórios do prédio, escondida. O estabelecimento em si era um prédio empresarial, muito semelhante com o prédio da Oscorp, porém menor.
A morena respirou fundo, reorganizando seus planos. Ela não esperava que logo o seu maior inimigo estivesse ali.
Jude odiava lutar contra Gatuno por dois motivo:
Primeiro, ela sempre sentia uma péssima sensação na boca do estômago, como se algo dentro de si tentasse a avisar que aquilo não era uma boa ideia – e nunca era.
E segundo, o Prowler não era um vilâozinho da vez.
— Merda. — resmungou baixinho ao ouvir passos se aproximarem.
Ela não estava mais sozinha naquele lugar.
Com passos leves, Boseman caminhou até a porta do escritório, inclinando-se sobre o vão aberto entre ela, onde procurou indícios de onde o homem poderia estar.
