Uma Realidade De Constelações

Capítulo 3

ATUALMENTE

Depois de toda confusão sentimental que tive no dia anterior, decidi voltar na casa dos meus pais e trazer todas aquelas coisas estranhas, sinto que preciso desvendar tudo que tem dentro daquela caixa começando por ela mesma.

Após uma busca na internet não achei nada que realmente pudesse realmente me ajudar, não consegui achar nenhum símbolo parecido com os da caixa e do livro estranho. A única coisa que consegui descobrir foi que o livro com símbolos é uma espécie de grimório, um livro de feitiços e encantamentos, todo livro é escrito em latim, uma língua já morta porém graças a minha mãe, eu aprendi latim durante a minha infância, acho que agora eu sei o por que.

O colar azul não brilhou mais, na verdade, não sei se ele realmente chegou a brilhar ou foi coisa da minha cabeça. Enquanto o livro que parece um diário, bom, ele realmente é um diário, foi um presente do meu pai para minha mãe assim que eles se conheceram, ainda não cheguei a ler, confesso que a caixa e a espécie de grimório me chamou mais atenção, desde então meu foco passou a ser nesses dois itens.

Depois de uma baita dor nas costas e uma bunda agora quadrada, decido que é hora de dar uma pausa nas pesquisas sobre os símbolos, agora minha atenção será toda é completamente do diário, que talvez possa ter mais resposta pro que eu procuro do que a internet.

Sabe o lance em que o diário ia ter mais respostas do que perguntas, bom meu palpite foi completamente errado, essa coisa me deixou com mais dúvidas do que antes. Quando você tem um diário, suponha-se que você vá passar a contar coisas secretas e importantes nele, só que minha mãe pareceu ter uma ideia totalmente controversa contando cada mísera respiração que ela dava ao lado do meu pai, esse diário conta toda história de amor deles, é fofo ela ter si importado com cada pequeno detalhe, mais eu já sei de toda essa história de amor, não li o diário completamente, só frisei as coisas importantes depois de perceber que se tratava da história dos meus pais, as únicas coisas de que são de fato importantes começaram a ser escritas bem lá no comecinho.

O primeiro registro conta uma fase dolorosa que minha mãe estava passando, só que a forma que ela se expressou foi muito estranho, primeiro ela disse que chegou a um mundo estranho, com pessoas estranhas que faziam coisas estranhas, no mesmo momento que ela se lamentava sobre perder a mãe e a irmã, disse que estava totalmente sozinha e desamparada quando um homem a ajudou. Ela também falou sobre tentar voltar pro mundo onde ela vivia, que ela não podia ficar aqui, sobre a magia dela ser perigosa demais e ela não podia manifestá-la e precisava urgentemente buscar ajuda.

Somente as três primeiras páginas são estranhas, o que me faz pensar, ou ela estava muito doida e conturbada por perder sua mãe e irmã como ela relatou, ou que todas as coisas estranhas que ela escreveu são realmente verdade levando em consideração a minha atual situação.
Se realmente for verdade tudo isso, alguma coisa aconteceu lá no início de tudo, pela situação do diário e sua última página, ela parou de escrever a um bom tempo, e o que deveria ser a quarta página do diário está rasgada, alguma coisa aconteceu e alguma está acontecendo.

Bom a caixa continua sem nenhum progresso, porém consegui desvendar o grimório e o diário, consegui tirar algumas conclusões, agora só falta o colar, preciso fazer ele brilhar de novo, se a minha teoria estiver certa, o colar não vai só brilhar como também me dar muitas respostas.

Quando eu era pequena minha mãe contava uma história que eu amava, era minha favorita, era simples e curta porém eu adorava aquela história, um fato interessante é que além de ser uma história que aparentemente só eu e meus pais sabemos, nessa história também possuía um lindo colar azul brilhante. A menina perdida num bosque ganha um presente de uma esfera brilhante pra caso precisar de ajuda novamente, bom, não sou uma menina perdida num bosque, mas sou uma menina perdida e mergulhando em todos esses segredos que precisa de ajuda.

Pondo o colar em meu pescoço, penso na minha mãe, penso em tudo que preciso descobrir, tudo que está me deixando aflita, toda dor que estou sentido, sou absorvida por diversos pensamentos e sentimentos, me deixo levar por tudo que estou sentindo até que mesmo de olhos fechados, sinto um clarão invadir o quarto. Me sinto feliz em ver que deu certo o colar brilhou, a fonte de luz só pode ter sido ele, só que quando abro meu olhos, vejo que o colar está se apagando, nada aconteceu, parece que mais uma vez consegui estar errada sobre algo.
Desapontada decido guardar tudo de volta e tomar um ar fresco, quando estou deixando o quarto eu escuto um zumbido.

— Olá, você me chama e simplesmente vai embora em? — Desconhecido