friends

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   Jimin acordou algum tempo depois em um berço diferente do habitual. Era mais fofo e confortável e diferente do outro em que passou o ano, esse tinha lençóis amarelos com desenhos de animais divertidos.

    O Park coçou os olhos e resmungou, sentindo sua fralda pesar. Ainda não tinha sido trocado, mas a curiosidade do novo ambiente lhe fez prender o choro momentâneamente.

   Tentou se erguer com os braços e pernas fracos, em vão, quando caiu de cara no colchão macio. Jungkook que observava tudo pela babá eletrônica se levantou, pensando que aquilo desencadearia o choro, mas tudo que ganhou foi uma risada boba de bebê, que lhe tirou um sorriso.

   Seu novo brinquedo não podia ser mais idiota.

    Jimin tentou outra vez e Jeon soube que precisaria aumentar as doses da droga, já que não o queria mais "maduro" ainda. Talvez no próximo mês.

   Sem sucesso, Park desistiu de se mexer e tentou arrastar o rostinho entre os espaços da barra do berço, para ver melhor o local.

   Os olhos grandes gostaram da visão infantil do cômodo. Agora, ele tinha muitos brinquedos e pelúcias espalhadas, muitas cores bonitas (o laboratório era inteiramente branco), tinha um móbile acima de sua cabeça, também de bichinhos, e muitos desenhos fofos nas paredes de zebras, girafas, leão. Tudo. Era bonito.

   Jungkook entrou no quarto silenciosamente, colocando o rosto na frente de Jimin, que pulou de susto e em seguida bateu palmas e tentou pular ao ver seu papai, voltando a se sentir incomodado com a umidade quente em seu bumbum. A bagunça só piorava conforme ele se mexia.

   — Parece que alguém gostou da casa nova. — Sorriu, cutucando a barriguinha coberta. Park chacoalhou as pernas e babou, tossindo quando se engasgou com o excesso de saliva (também efeito de manipulações de vitaminas). — Upa! — Brincou, erguendo o corpinho para ajudá-lo a respirar.

    O médico passou as mãos pela boquinha, limpando o rosto e limpando os dedos no babador, mas Jimin achou atraente a ideia de segurar os dedos do mais velho para chupar seu dedão.

   Jungkook gargalhou e negou.

   — Isso é bem fofo, baby. Mas não pode. — Tentou tirar o polegar dos lábios, mas o Park resmungou e segurou com a força que tinha (nenhuma), esfregando contra sua gengiva.

   Jeon soube do problema. Seus dentinhos estavam "crescendo" (figurativamente).

   Jimin, em fase adulta, já tinha todos os dentes, mas Jungkook tinha desenvolvido algo que fazia sua gengiva coçar desesperadamente, e a consequência disso, era seu bebê esfregando os brinquedinhos de boca em sua gengiva. Aliviava bastante.

    O médico sorriu outra vez. O estoque de acessórios era pequeno no laboratório, mas agora, Jimin teria muitas opções para morder e brincar.

    Jeon esfregou o dedo com uma força moderável por cima dos dentes, vendo a boquinha se abrir e a baba voltar a escorrer pelo queixo. O Park parecia bem satisfeito com o estímulo..

    — P-ppp…pá… si-si…mmmm. — Aquilo foi uma espécie de gemido satisfatório, mas Jungkook acabou com a gracinha tirando sua mão. O Park resmungou chateado.

    — Vamos trocar você, então eu te deixo no cercadinho e você vai poder enfiar o que quiser na boca, Jimin. — Assegurou.

    O mais novo só captou seu nome na fala, mas esteve mais interessado no percurso até o novo banheiro. Não era muito diferente do antigo, com excesso das cores e desenhos que seguiam o padrão do quarto.

FORCED BE A BABYOnde histórias criam vida. Descubra agora