daddy's boyfriend

836 50 3
                                    

  Quando Jimin viu a nova presença atravessar a sala, ele franziu o cenho, confuso. Sua mente era uma bagunça, e ele não entendia nada recentemente, mas era capaz de ver a animação do papai com a visita.

   Jungkook estava radiante desde que acordou, lhe deixou brincar com os patinhos da banheira na hora do banho e lhe encheu de beijos na hora de secar. Nada fora do comum, mas o bebê podia sentir algo diferente.

   O médico arrumou seu bebê bobo e idiota com a roupa mais fofa que encontrou: um macacão confortável de panda, com uma touca do rostinho do animal.

   Jimin gargalhou feliz com a roupa e achou o tecido felpudo gostoso o suficiente para que ficasse com as mãozinhas cobertas dentro da boca.

   Sua franja comprida, porém, estava lhe deixando irritado e quando puxou ela com toda a força que tinha, sua cabeça doeu e ele começou a chorar.

   Jungkook, que respondia uma mensagem alheio à cena, acabou arregalando os olhos e correndo até o tapete onde o neném brincava, rindo soprado quando entendeu. Procurou por uma presilha e tirou o cabelo dos olhos do mais novo, apertando e mordendo fracamente as bochechas fartas e lindas.

    Uma mamadeira foi o suficiente para acalmar o adulto manipulado, e foi com um Jimin manhoso, que segurava seu leite e deitava a cabeça no ombro de seu paipai, que Jungkook abriu a porta ao som da campainha.

    Jin, o namorado do pediatra, sorriu grande.

   O homem era alto, com seus 1,83. Tinha o cabelo tingido de rosa bebê e uma estatura magra, com pequenos músculos à vista. Ele era universitário, cursava gastronomia e agora estava nervoso por saber que conheceria o primo “doente” que Jungkook cuidava como se fosse seu filho.

   Já tinha ouvido muito sobre ele. Jungkook parecia apaixonado e obcecado por ele, mas já tinha esclarecido que não era nada romântico. Apenas fratenal.

   E Jin apreciava muito aquilo. Achava o homem ainda mais atraente por se dedicar tanto a alguém assim. Jeon era carinhoso, amoroso, inteligente, rico e foda muito bem.

    Era dominador na medida certa e levava Seokjin até o paraíso quando transavam.

   Eles se conheceram em um clube BDSM, e apesar de não ser tão radical, o casal gostava de algumas práticas na cama.

   A familiaridade com o ageplay, também acabou ajudando quando soube sobre Jimin. Além de que os amigos em comum do casal, também tinham dois littles.

    Seokjin apertou a sacola grande que escondia mimos para Jimin com força, sem saber o que fazer a seguir.

    — Olá, príncipe. — Jeon saudou, equilibrando seu bebê com apenas uma das mãos e puxando seu homem pela cintura, para deixar um selo casto em seus lábios. O Kim suspirou.

    — Oi, Jungkook. — Respondeu, tímido e olhou para o ser extremamente fofo em seus braços. — Oi, Jimin.

    O neném bobo e irracional abriu os olhos, impressionado ao ver a cor linda na cabeça daquele homem. Se agitou tanto, que largou a mamadeira na mesma hora e se remexeu no colo de seu papai, tentando agarrar o rosa que estava vendo.

    Jungkook riu e ajeitou o bebê em seu colo, ouvindo seus resmungos. Seokjin se abaixou para pegar o objeto e entrou na casa, fechando a porta atrás de si.

   — Oooosa! — Exclamou, encantado. — P-paaapa… ósá! — Gritou, eufórica.

  Seokjin sorriu abertamente e se aproximou do bebê.

    — É, rosa. — Concordou, levando a mãozinha gordinha para os fios bem cuidado. — Você gostou?

     Jimin olhou para seu papai, envergonhado com o homem desconhecido. Jungkook beijou sua bochecha.

  Então, o neném se lembrou de uma palavra que seu papai sempre dizia quando terminava de vestir sua roupa.

   — Nindo! — Bateu palmas.

   Seokjin olhou para o namorado, em busca de uma tradução. Jeon riu, feliz com o primeiro contato de ambos.

   — Ele te chamou de lindo.

   Jin quis esmagar a coisa fofa no colo do médico, mas de contentou, e quando estendeu a sacola e Jungkook descobriu os brinquedos e ursos de pelúcia que tinha ganhado, foi o suficiente para que os dois se tornassem melhores amigos.

   E Jungkook suspeitasse em alívio, já que seus dois amores tinham se dado bem e em breve seriam uma linda família.

FORCED BE A BABYOnde histórias criam vida. Descubra agora