Presas no inferno

Chapter ten - matar lo que me mató

•Pov: Park Roseanne

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Como um corpo tão pequeno e frágil conseguiu derrubar um grandão? O quanto de ódio ela está a sentir no peito pra nem ao menos demonstrar algum arrependimento? Onde caralhos ela estava guardando ele esse tempo todo? Por que ela não fez isso antes?

Ela tava com tanto ódio no olhar, um veneno nele que derrubaria qualquer um que a olhasse naquele momento, ela fez isso, ela nos tirou de trás das grades.

Pra falar a verdade, fiquei impressionada e realmente não esperava isso vindo dela... Não dela.

Mas sinto um alívio por ela ter o atacado.

Foi ela que nos tirou daqui, não foi a polícia, não foi a nossa família, foi ela.

Todo esse tempo só tivemos uma a outra e mais ninguém, apenas nós nos ajudando e impulsionando a sobreviver ao inferno, e sobrevivemos.

Estamos vivas e finalmente fora das grades.

Assim que Jisoo jogou a chave para mim eu já abri minha cela e joguei a chave para jennie.

Jisoo estava com o corpo morto do garoto em seus braços, ela parecia meio fora de si, como quando o mascarado a tocava sem sua permissão e ela parava de reagir as coisas ao seu redor por um tempo indeterminado, mas dessa vez além do vazio ela também aparentava sentir ódio, ódio puro em seu peito.

Um ódio que eu bem entendo...

Fui até minha cama e rasguei o lençol fino que estava nela, o molhei bem para ficar duro o suficiente e impedir que ele fuja.

Sai da minha cela e fui até o mascarado que continuava desacordado no chão, o arrastei até as grades e o sentei lá já começando a fazer vários nós para impedi-lo de fugir, respirei fundo, pra ser sincera tenho medo de ver quem realmente é atrás dessa maldita máscara.

- Vamos Rosé? - Ouvi a voz de Jennie um tanto que alta.

- Eu vou depois - a respondi e me agachei em frente ao filho da puta que estragou a minha vida.

- É melhor irmos, e se ele conseguir fugir? - a olhei assim que ela parou de dizer.

Ela estava pálida, seus olhos estavam lacrimejando e lábios secos, seu rosto bem machucado por causa de ontem quando ele a levou lá pra cima. Ela não tá muito bem desde então.

- Não vai ver quem é? - voltou a perguntar, suspirei.

- Tô com medo - ri sem humor - pra falar a verdade tô com muito medo - ela assentiu enquanto dava passos para meu lado, se agachou e colocou suas mãos na máscara.

- O quê vai fazer com ele? - me olhou novamente, dei de ombros.

- O quê eu jurei fazer desde o primeiro dia - deitei minha cabeça em seu ombro - eu só preciso de coisas que não tem por aqui - ela assentiu.

- Podemos pegar lá em cima?

- Quero que ele acorde primeiro, eu aguentei tudo em todas as vezes acordada então ele também vai aguentar - peguei na mandíbula do mascarado e comecei a movimentar - acorda - dei algumas batidas em sua bochecha - vamos seu merdinha, acorda - bufei ao não obter respostas vindo dele, Jennie o olhou e depois me olhou, se levantou levemente e pegou nos fios de cabelo do mascarado sem dó nem piedade, jogou seu rosto para trás o que resultou nele batendo a cabeça na grade.

- Acorda seu filho da puta - pisou em seu joelhos, ele fechou os olhos com força enquanto gemeu em reprovação - já tá reclamando? - riu - queria que passasse dois miseráveis minutos naquele maldito quarto pra ver se você aguentaria - o fez a olhar - capaz de morrer no primeiro minuto.