A BABÁ

Capítulo 1

*Giselle*

Começa mais um dia como qualquer outro em minha vida. Acordo por volta das 06h, tomo banho, faço minhas higienes matinais, visto minha farda e ja vou acordar Olívia.

- Bom dia, Oli! Acorda!

- Hum... - ela resmunga

- Oli, vamos. - falo dando leves sacudidas nela.

- Ta bom, estou levantando - ela fala levantando com os olhos fechados.

- o bicho preguiça perde pra você - falo rindo para tentar acordar ela.

Depois de alguns minutos tentando acordar a Bela Adormecida, ela finalmente acorda e vai tomar banho. Faço um simples café da manhã pra gente com misto quente, café para Oli e achocolatado para mim, pois não gosto de café.

Ela vem, tomamos nosso café rápido, pegamos tudo e fomos para o ponto de ônibus. O meu ônibus passa primeiro, me despeço da Oli

- Tchau, tchau bichinho preguiça - falo rindo.

- Engraçadinha - ela fala fazendo um careta e rindo.

Depois de um 30 minutos chego no restaurante, Giovanni e Graziela tinham acabado de chegar.

- Bom dia! - falo animada.

- Bom dia, Principessa (Princesa em Italiano) - fala Giovanni sorrindo.

- Bom dia, meu amor - diz Graziela com sua voz doce.

Entramos, arrumamos tudo, os outros funcionários terminam de chegar e abrimos o restaurante para os clientes.
Pela manhã, o restaurante serve café da manhã, e como sempre, nunca está vazio.

Temos várias opções no cardápio: croaissants, brioches, bruchettas, geleias, mel, capuccinos e muitas outras delícias.

Depois de muito atender clientes, escuto uma voz que não escutava a muito tempo.

- Bom dia, Gi! Como está? Estava com saudades de você menina.

- Bom dia, Dona Mariana! Eu estou bem! Nunca mais a senhora apareceu, estava preocupada. - falo chamando outra menina para ficar no meu lugar, enquanto vou atender ela.

- Ja disse que pode me chamar de Mariana e nada de senhora.

- É o costume rsrs

Dona Mariana é uma cliente antiga do restaurante, ela tem muitooo dinheiro, porém sempre me tratou super bem (diferente de muitos clientes que tratam eu e as meninas com indiferença, só pelo fato de terem alguns ou muitos zeros a mais na conta).

Vejo que Dona Mariana, ops a Mariana esta acompanhada com dois meninos super fofos e a sua cara.

- Gi, esses são meus netos: Benjamim Louis e Nicholas Valentin.

- Uau, amei os nomes de vocês. Nomes de príncipes.

- Obrigada! - eles falam juntos e morrendo de vergonha.

Dona Mariana senta na mesa e acaba me convecendo a sentar também (apesar de estar em trabalho, Giovanni e Graziela sabem como Mariana é, então eles liberam sem problemas. Na verdade, eles nem se importam, eles sabem que não fico papeando com todos os clientes. Mas Mariana é especial.

Depois de alguns minutos de conversa, de dizer que estava viajando e que passou na casa do filho para pegar os netos e vir para cá. Que por sinal, são lindos!! Umas graças, super educados.
Acabo conversando com eles também, são um pouco tímidos, mas acabam se entregando.

- Menina, não liga não. Eles são quietos assim mesmo, igual ao pai.

Nunca vi o filho de Mariana, ele nunca veio com a mãe no restaurante.

Depois de conversarmos mais um pouco, me despeço de Mariana, pois preciso voltar ao trabalho.

- Preciso voltar ao caixa, Dona Mariana, opss Mariana. - falo rindo.

-  Tudo bem, Gi. - fala me dando um grande abraço - Que bom ver você.

-  Tchau meninos, foi um prazer conhecer vocês - digo sorrindo.

-  O prazer foi meu! - os meninos dizem juntos me fazendo sorrir mais ainda, que fofura.

-  Gi, ja sabe né: se precisar de mim, não pense duas vezes antes de me ligar. Estou aqui se precisar de qualquer coisa - fala carinhosamente.

- Sei Dona Mariana, muita obrigada por sua preocupação e pelo carinho. A senhora sabe que junto com Giovanni e Graziela, vocês são muito importantes para mim. - falo sinceramente.

Me despeço dela e dos meninos novamente e vou para o caixa. Depois de algum tempo, entra um rapaz muito bonito e senta na mesa de Mariana. Olho bem para o rosto dele (e que por sinal, que rosto ein, é raro ver um homem tão bonito assim) e logo deduzo ser o filho de Mariana, pois os meninos são a cara do rapaz.

Rapidamente vejo Mariana me chamar.

- Oi, Mariana! Quer alguma coisa?

- Gi, esse é meu primogênito, Henrique.

- Ah, muito prazer, Giselle. - falo um pouco envergonhada.

- O prazer é meu - fala me estendendo a mão para nos cumprimentarmos.

Ficamos nos olhando uns segundos, até que saio do meu transe. Me despeço novamente e volto para o caixa.