Paixão Sagrada || Wilmon AU.

9. imprevistos

O peso das palavras de Wilhelm ainda ecoava na mente de Simon quando ele decidiu confrontar Sara sobre o incêndio no galpão. Sentado em um banco próximo ao lago, ele segurava seu celular nas mãos, girando-o nervosamente entre seus dedos.

Sara estava sentada em um banco próximo, olhando para a água calma do lago. Seus pensamentos pareciam distantes e seus olhos cansados. Com o coração acelerado, Simon se aproximou cautelosamente de Sara, sentando-se ao seu lado. Ele engoliu em seco, buscando coragem para iniciar a conversa.

"Sara... a gente pode conversar?" Simon perguntou em um tom suave, tentando esconder a tensão que sentia.

Sara virou-se para ele, seus olhos vazios encontrando os olhos castanhos de Simon. Ela franziu a testa ligeiramente, notando a seriedade em seu rosto.

"O que você quer?" ela respondeu, sua voz revelando uma mistura de curiosidade e grosseria.

"Encontraram um isqueiro rosa perto do galpão incendiado. Tem um adesivo de "S" nele. Você sabe alguma coisa sobre isso?"

Sara ficou momentaneamente em silêncio, seus olhos fixos no chão. Uma sombra de preocupação passou por seu rosto antes de ela finalmente responder.

"Eu... eu não sei, Simon. Eu nunca vi um esqueiro assim antes" ela disse, sua voz carregada de incerteza.

Simon queria acreditar em Sara, ele realmente queria que todo esse pesadelo acabasse, mas a expressão da garota e seus dedos nervosos mexendo em sua saia quase a rasgando diziam algo completamente diferente.

"Você estava perto do galpão antes do incêndio, certo?"

Sara assentiu lentamente. "Sim, eu tava passando por lá, mas eu... eu não entrei no galpão, Simon. Eu juro."

Simon sentiu um misto de alívio e dúvida. Ele sabia que ela tinha algo a ver com isso, que ela estava pelo menos minimamente envolvida.

"Entendo..." ele murmurou, incapaz de esconder totalmente a hesitação em sua voz.

Os dois ficaram em silêncio por um momento, cada um envolto em seus próprios pensamentos. Enquanto observava Sara, Simon percebeu que ela também parecia carregar um fardo. Havia algo em seus olhos que indicava que ela estava escondendo algo, mas Simon não tinha certeza do que era.

"Sara, se souber de qualquer coisa sobre o incêndio, qualquer coisa mesmo, por favor, me conte. Precisamos resolver isso e tem gente suspeitando de você."

Sara assentiu, seus olhos encontrando os dele em um breve momento de conexão. "Eu prometo, Simon. Se eu souber de algo, você será o primeiro a saber."

Simon suspirou fundo. "Mas e a Stella? Vocês não são mais amigas??"

Sara hesitou por um momento, suas sobrancelhas se juntando em uma expressão de desconforto. "Não quero falar sobre isso."

"Tudo bem... tudo bem, você não precisa. Eu só... eu fiquei preocupado." Simon respondeu com uma preocupação evidente em sua voz, tentando se aproximar da garota ao máximo.

Sara suspirou e desviou o olhar. "Desculpa, eu tava passando por muita merda."

"Sara, eu te conheço desde que tínhamos 4 anos de idade. Eu te amo e te quero bem mais que tudo nesse mundo. Eu me importo com você pra caralho e você sabe disso. Quando você tiver um problema, eu tô aqui pra te ajudar."

"Tá, mas acontece que eu não quero sua ajuda", Sara respondeu com frustração como se aquilo não fosse quase como uma facada no peito de Simon.

"Cara, o que tá acontecendo com você?? Você tá estranha, nem parece a mesma Sara de antes."
"Me deixa em paz, Simon." - Sara respondeu abruptamente, deixando Simon completamente confuso e desamparado. Ele esperava qualquer reação vindo dela, menos essa.