Louis era lindo. Lindo e doce, o que Harry sempre quis.
Harry Styles havia se relacionado com algumas pessoas em seus breves vinte e sete anos. Foram todos ômegas deslumbrantes, mas vazios e revoltados por dentro. Brigavam com Harry o tempo todo, por motivos fúteis e bobos. Harry odiava confrontos.
A maioria tolerava Alissa. Não a amavam realmente, mas era raro quando a maltratavam. Isso não era o suficiente, entretanto. Ele precisava de um relacionamento com alguém que a apreciasse, porque Alissa fazia mais parte de sua vida do que qualquer outra coisa.
Por isso, Harry havia transformado todos os seus relacionamentos em sexos casuais nos últimos meses. E tem sido solitário, mas também nada estressante.
Mas Louis mudou tudo, completamente. Harry tem buscado Alissa todos os dias no horário certo desde segunda-feira, e já tem três semanas. Todos os dias, Louis está lá, lindo e delicado. Quando está frio, ele sempre usa calças legging e suéteres. Quando o sol aparece, ele prefere shorts ou um macacão, talvez vestidos longos.
Harry já decorou seus sorrisos e como seu tom de voz muda quando está falando com pessoas diferentes. Ele é sempre agradável com os responsáveis, mas especialmente carinhoso com as crianças. Elas o adoram, procurando carinho e proteção em seu cheiro.
Ah, seu cheiro...
De qualquer maneira, é sexta feira da terceira semana e Harry está a caminho de buscar sua filha. Ele lembra de quando Alissa chegou em sua vida, uma recém nascida empacotada em montes de lenços. Seus pais cuidaram dela nos primeiros meses de vida, mas assim que houve seu desmame, eles deixaram a responsabilidade para Harry.
O alfa tinha vinte e quatro anos na época, recém formado em educação física. Ele esperava exercer sua função em breve, dando aulas em escolas de ensino médio. Adorava adolescentes. Mas então ele teve que ter um emprego mais estável por Alissa, e dedicar seu tempo a neném.
As coisas se ajustaram, principalmente porque eles tinham dinheiro, e muito, e logo a primeira palavra de Aly foi "papai". E como Harry iria corrigi-la, se estava agindo como um?
Assim ele esperava o portão da creche abrir, aguardando para ver aquele ômega perfeito que havia encontrado. Era dele, afinal. Desde o momento em que Harry o viu, soube. Teria aquele ômega para si.
Alissa o viu, mas continuou no colo do professor. Harry abriu a boca, indignado.
– Minha filha me trocou? – Ele diz quando eles chegam perto. Aly está sempre no colo de Louis, e Harry deseja muito que isso indique favoritismo.
– Não papai. Mas Lou tá cheiroso. – Ela responde enquanto Louis cora. E realmente, ele está muito cheiroso.
– Eu sei, baby. – Ele beija sua testa, olhando para Louis. – Oi, Louis. Ocupado hoje?
Louis solta um risinho baixo, e Harry quase consegue sentir o calor de seu rosto vermelho.
– Você sabe que não, Harry.
– Então vamos para um encontro, apenas eu e você. – Louis arregala os olhos. Não achava que Harry teria essa coragem e, honestamente, essa cara de pau.
Eles haviam conversado nessas últimas semanas. Em alguns dias, repetiam o mesmo jantar naquela lanchonete, e sempre pediam a mesma coisa. Harry sempre o deixava em casa, e eles sempre tinham aquele abraço que poderia ser mais apertado e aquele beijo na bochecha que poderia escorregar para os lábios. Ele sempre fungava quando Harry estava perto, para conseguir sentir melhor aquele cheirinho quentinho. Além disso, havia visto os olhares de Harry em seu corpo, assim como tinha consciência dos seus próprios no corpo do outro.
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a home we could build {l.s} (abo)
FanfictionLouis é apaixonado pela creche em que trabalha. Harry se interessa pelo professor de sua filha. Eles se apaixonam e criam um lar.