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a sensação constante de se estar quebrada
o tempo passa em rodadas de perda
cacos de mim espalhados
pensamentos que gritam pela liberdade de ser
de ser qualquer coisa

o medo constante de me enxergar através de maus olhos
poderia eu ser boa?
ou será que a necessidade algoz da lua do luar me tornou MÁ?

MÁ de um jeito irreversível...
talvez mais MÁ do que jamais mamãe poderia saber que sou
talvez MÁ da forma como ela me disse que eu era

eles não conseguem (ou não querem) me ver
na verdade, eles querem me ver
mas não meu verdadeiro eu...
eles pedem e clamam a versão mais atraente
mais obediente
a minha versão menos minha
por que me pertencer se posso apenas sorrir e acenar?
talvez eu seja mesmo meio MÁ...
e, talvez, POR ISSO, é que eu não devo ser aMÁda.

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