Capitulo 20: Uma mancha negra no passado

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Torny tinha aceitado ficar com Sandra apenas pelo fato de ter uma ajuda a mais no café, porém para não cair em tentação ou algo do tipo o rapaz tinha colocado fones de ouvido e deixou a música no último volume.

Enquanto isso Sandra se preparava para iniciar sua "ajuda", a moça retirou sua camiseta revelando um corte grande já cictrizado no abdômen, a moça retirou a calça jeans que cobria sua protese, Sandra passava a mão pela sua perna com um sorriso meio bobo enquanto olhava para sua aliança brilhanto em sua mão.

— Acho que encontrei alguém como você querido Jhonatan— sorriu a ruiva.

A moça ajeitou seus cabelos em um rabo de cavalo, colocou meias muito longas apenas para esconder sua perna e amarrou seu avental em sua saia de garçonete.

Mesmo mais velha Sandra tinha um corpo lindo de parar o trânsito, seu rosto diferente de sua irmã mais nova tinha cor e uma vida que mesmo com o tempo nunca sumia.

Sandra saiu do vestiário com a roupa de sammy em seu corpo perfeito, ela achava que torny estaria a esperando bem ali, mas a surpresa de ver torny no lado de fora a vez fazer uma careta engraçada.

— Você é péssimo com as mulheres rapaz— Disse a menina indo até o lado de fora.

Ela chegou bem a tempo de ver torny subindo as escadas para trocar uma lâmpada queimada, ela ficou impressionada c9m a rapidez que Torny fazia suas atividades solitárias no café.

— Você faz isso todo dia sozinho?— Falou a garota encostada na porta de vidro recém colocada.

— Geralmente sim, mas as vezes a sammy me ajuda com algumas coisas, tipo ajeitar o salão ou limpar as mesas— respondeu o rapaz tentando se equilibrar na escada e colocar a nova lâmpada.

— Então quem faz a comida do menu?— perguntou curiosa.

— Como não temos um cozinheiro profissional, geralmente minha mãe Suzi que faz isso.

Com o término do conserto da lâmpada torny seguiu até o salão onde estava terminando de colocar as coisas no lugar, como mesas e cadeiras. Muitas delas eram pesadas demais e mesmo assim ele as pegava com muita facilidade.

— Voce por acaso faz academia?— brincou a ruiva.

— Não, è que com o tempo acabei me acostumando a fazer essas coisas, sendo só eu e minha mãe — torny falou firme.

— E como a sammy apareceu aqui? — Perguntou a ruiva se sentando.

— Foi numa tempestade, eu tava voltando para casa e a vi na chuva, seu olhar melancólico se misturava quase que simpioticamente ao clima, no início minha mãe nem queria ajudar por medo, isso até ver o sangue que manchava as ataduras em seus braços.

— Eu queria estar lá com ela— disse Sandra meia séria.

— Não è culpa de ninguém Sandra, as coisas acontecem de uma forma única para cada um de nós, alguns podem chamar isso de destino ou sorte.— respondeu o rapaz arrastando outra mesa para o canto da parede.

Vendo isso Sandra o ajudou, após esse evento a garota parou e virou seu olhar para o rapaz, não havia nenhum sorriso ou piada, apenas um olhar cheio de tristeza e uma dor tão grande que fazia seu peito doer.

— Eu também perdi muito naquela época, coisas importantes para mim— respondeu ela se sentando e retirando a meia onde escondia sua perna de ferro.

O olhar de torny não saia nem um minuto daquela peça metálica, Sandra olhava para aquilo não com raiava, mais sim com um olhar de agradecimento.

— Como perdeu a perna?— perguntou o rapaz se sentando sobre o balcão.

— Já faz muito tempo, foi na mesma batalha onde a sammy perdeu seu amigos, eu iria morrer também mas meu marido Jhonatan me salvou no último instante — a ruiva abaixou a cabeça.

— E oque ouve com ele?— perguntou mais uma vez o rapaz.

— O vetra acabou o matando na minha frente, enquanto o veneno dele entrava na minha perna rapidamente, se não fosse o rex eu estaria morta.

— Rex? ele teve que cortar sua perna?— falou o rapaz chocado.

— Era o único jeito para viver, o veneno tava quase entrando na corrente sanguínea do meu corpo, sou  grada aos dois demais.— sorriu a moça.

— Sinto muito por isso, vocês sofreram demais e eu tava aqui seguro o tempo todo— O rapaz abaixou a cabeça em tristeza.

— Torny esse mundo não é do seu conhecimento, existem aqueles que foram escolhidos para isso, e existem aqueles que são protegidos pelos escolhidos sem sabe que tipo de perigo seria.

— Mas as coisas poderiam ser diferentes?— perguntou o rapaz a ruiva.

— Somente o tempo poderá responder isso torny, não deixe que o nosso passado assombre o seu presente — falou a moça acariciando o rosto do rapaz ao seu lado.

Torny segurou em sua mão e fechou os olhos enquanto sorria o máximo possível para expulsar aquela solidão de Sandra.

— Torny, ei...

— Fala?— Interrogou o rapaz sorrindo de olhos fechados.

— Muito obrigado por ouvir a mim e ajudar minha irmã, só queria que as coisas fossem diferentes para você.

— Nada, eu gosto como as coisas estão.

O silêncio e o carinho pelas mãos de Sandra fizeram torny quase dormir em seu colo, não que esse momento tenha deixado a ruiva triste, isso a fez lembrar de seu amado marido que quando estava perdido em pensamentos,  se sentava ao lado de sua esposa e pedia carinho na cabeça,  tal memória retirou uma lágrima da garota.

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