1- Die Heimat des elends

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CAPÍTULO 1 A casa da miséria


na Alemanha, após a segunda guerra mundial, um novo conflito se iniciou, era um conflito que envolvia a Europa Ocidental e Oriental, que lutavam uma contra a outra em uma guerra silenciosa que a mídia não queria mostrar para o resto dos países do mundo, e o único continente que possivelmente teve uma ciência da guerra foi o asiático, que era divergido entre os países que apoiavam a Europa Ocidental, e os que apoiavam a Oriental.

A guerra era pesada, mesmo que nela nunca teve sequer uma gota de sangue derramada, era uma guerra tecnológica, se baseava em criação de armas, melhor transmissão de propaganda de seus produtos, mas não era apenas isso que eles queriam, não, eles estavam se preparando para algo mais. O plano que os dois lados planejavam, era criar a vida suprema, um ser humano capaz de sobreviver sem comida ou bebida, sem falhas em seu corpo ou pensamentos que desviam de seu objetivo, uma verdadeira criação divina, era verdadeiramente impossível para a época, não existia possibilidade disso ocorrer. ou, era o que pensavam.Frankfurt, Alemanha. 1970 7 de abril.na época de guerra algo muito prezado era a evolução científica, e em Frankfurt, um laboratório histórico que passava de membros de uma família por décadas, fundado pelo cientista Walter Jacobs (1818-1884), que por ter sido um dos maiores cientistas alemães de sua época, seu amado laboratório foi nomeado em sua homenagem. A W.J organization (org.) Passado de geração à geração por seus orgulhosos descendentes até chegar numa fatídica manhã de 1917, ano em que nasceu o atual dono da organização, que mudaria a história daquela organização para sempre.Uma sala escura, com algumas coisas contidas em vidros de laboratório que pareciam brilhar ao contato com o escuro. E uma figura alta com cabelos longos e bagunçados parecia misturar um tipo de substancia dourada brilhante em seu recipiente, derramando uma porção do liquido com uma pipeta em cima de um pequeno inseto. Ao fazer isso, o inseto começa a brilhar dourado feito o líquido, aumenta seu tamanho e com tempo, deixa de brilhar e morre, derramando uma substância viscosa de seu corpo morto, no qual eram seus órgãos derretidos. A figura sorri e é interrompida pelo som da porta batendo —Entre..— a figura fala com um tom sério em sua voz —mas seja breve, tenho que finalizar esse experimento. Espero que me seja util.— e a figura de um homem um pouco menor e mais fraco do que a figura que manuseava a substância dourada entra em sua sala com uma prancheta em sua mão —senhor. A transformação foi um sucesso, mas a garota não acorda desde que a cirurgia terminou— a figura maior sorri maleficamente e se vira, mostrando apenas o brilho de seus óculos e seu sorriso no escuro. —Ótimo, perfeito, mas em caso de inatividade, vou mandar buscarem outra pessoa. Ela vai ser um dos últimos antes que eu coloque o plano em prática, vamos vencer essa guerra, e eu serei o responsável.——Então o que faremos com ela, senhor? — —Monitorem ela. Quando acordar, vamos começar os experimentos, passe isto para os outros——Afirmativo, senhor— figura menor sai


15 de abril de 1970


Uma garota dirigindo uma moto Harley Davidson nas ruas de Frankfurt segurava alguns panfletos, e periodicamente descia e colava alguns nos postes, fez isso algumas vezes até chegar em seu último panfleto, e colar no último poste, após isso, tira seu capacete, mostrando seus longos cabelos ruivos radiantes, olhos vermelhos e uma jaqueta preta, ela olhava para uma imagem de uma garota com quase as mesmas características, só que menor e com seus cabelos em um estilo chanel, com as seguintes escrituras:"Vermisstes Mädchen, wenn Sie sie finden, melden Sie sich. Unter dem Namen Flora " (Garota desaparecida, se a encontrar, entre em contato. Atende pelo nome de Flora)Ao colar este último panfleto, a moça olha para ele e suspira fundo—o quão estupida posso ser? Eu nunca deveria ter tirado meus olhos de você, Flora— colando o ultimo panfleto e olhando para baixo, mas não antes de desferir um forte soco no poste de metal e machucar seu punho, o que a fez soltar um pequeno grunhido de reclamação e logo após fica refletindo os próprios pensamentos enquanto poucas lágrimas caiam de seus olhos, ao mesmo tempo que procurava entre suas coisas uma carteira de couro preto, a abrindo e mexendo em umas moedas de euro e umas poucas notas, olhando ao seu lado uma loja de conveniência e suspirando —acho que consigo comprar alguma coisa pra dividir com o papai. Eu não 'tô' muito longe do hospital, espero que ele 'teja' acordado — ela então se dirige à pequena loja ao seu lado, entrando dentro dela e pegando alguns pacotes biscoitos e uns pães de forma para que pudesse dividir com seu pai.No momento em que a moça paga e ia saindo da loja, acaba por esbarrar em um homem alto e loiro, de olhos verdes, usando vestes ricas e de boa qualidade, um conjunto de um terno e uma calça de lá fria verde-clara, que a olha com um rosto que demonstrava desdém, logo seguida de uma reclamação — Olha por onde anda, garota. Vai acabar esbarrando em alguém importante, pode não terminar bem para seu lado, garotinha — e sai da loja. A garota sussurra em desgosto fazendo um gesto nada discreto com seu dedo do meio em direção ao homem que saía de costas —vai se foder.. hurensohn.— e logo também sai, apenas para se deparar com o mesmo homem olhando para a foto da garota que fora pendurada mais cedo, o que a incomoda um pouco — o que foi, hein? Seu arrombado, perdeu alguma coisa no cartaz da minha irmã?!— o rapaz então olha com um rosto sereno para a garota, com um sorriso leve, quase inexistente.— Interessante, a garota no cartaz é sua irmã? Bem que percebo as semelhanças.—
— beleza, e o quê que tem? 'Tá' olhando 'pra' foto da minha irmã por que? Você quer fazer chacota não só minha mas também da minha irmã desaparecida?!— o Homem se vira totalmente para a garota — não... apenas achei interessante o fato de tê-la visto há um tempo atrás.. mas já que não se importa o bastante para me tratar como uma pessoa civilizada.. acho que não tenho a obrigação de te responder tal informação — ela arregala os olhos e abre sua boca em descrença. — V-Você a viu!? Onde?! Preciso saber imediatamente senhor!!— o homem sorri, era o que ele queria, era como se a garota tivesse acabado de cair em sua armadilha, era onde ele queria chegar — Se você se importa tanto, peça desculpas pelo seu comportamento inadequado, para que a senhorita mal-educada possa ver sua irmã novamente.— a garota bufa em raiva, ele estava mesmo a chantageando para ver sua irmã desaparecida novamente? Mas era a única chance de possivelmente ver sua irmã, ela não poderia desperdiçar essa chance, em um ato de aceitação. Ela olha novamente aos olhos do homem de vestes caras. —Ok, me desculpe se feri seu orgulho, mas eu realmente preciso disso, é a minha irmã, e eu preciso pedir desculpas para ela, por ter tirado os olhos dela. Então por favor senhor, me leve até ela. Eu imploro— o homem sorri mais uma vez — Ok, ok senhorita. Vamos, apenas entre no meu carr- — mas ela o interrompe —Antes de me levar para onde quer que a Flora esteja, eu posso ao menos levar esses lanches para o meu pai?— aos pensamentos do homem bem-vestido ele reflete sobre o pedido inusitado, mas acha que não há problema "ora, no que isso vai me atrasar, vou deixar a garota ver o pai, o Rudolph não vai ficar sabendo de qualquer jeito."—Ok, mas vou te seguir com meu carro, certo?— —Está bem. Não vou demorar muito— então ela sobe em sua moto e a liga —Então. Senhorita, qual é o seu nome?— ela vira seu rosto e responde —Becker! Aura Becker— e dá a partida em sua moto. Alguns minutos depois, Aura chega em um estacionamento e coloca sua moto. Percebendo a presença do carro do homem de vestes caras, ela entra no prédio que se revelava ser um hospital, conversa com a recepcionista e depois de um tempo sobe as escadas para o 4° andar e adentrando em um quarto cujo ao entrar tinha-se uma imagem de um paciente deitado em sua cama olhando para sua janela, o Homem aparentava ter alguns poucos cabelos vermelhos que lhe sobravam, sua aparência era magra e pálida, e quando percebe a presença de Aura, ele abre um sorriso —Aura. Como está minha filha?— o Homem fala com uma voz fraca, Aura o olha e sorri tristemente — Bem, Pa.. aqui, alguns lanches para o senhor. — e ela entrega uma das sacolas para o homem — tem pão, biscoito e manteiga. Pode comer à vontade. Tenho que encontrar uma pessoa importante.— — Obrigado querida. Más me diga, que pessoa seria essa?— ele diz tirando um pacote de biscoitos da sacola — Olha, não posso ter certeza, mas, acho que posso encontrar a Flora!— o homem arregala seus olhos, mas logo depois sorri —Oh, meus deuses! Você pode achar a Flora?— ele tosse em fraqueza alguma vezes —Papai!— —Não se preocupe Aura. Eu estou fraco. Mas não vou morrer, ok?— Aura suspira em tristeza —Ah pai.. melhore logo para que possamos caminhar com a Flora de tarde novamente, sinto saudades de sair com vocês..— sua face feliz agora se torna triste —Me desculpe, minha filha. Eu não controlo minha doença, queria poder, mas o câncer é uma praga que toma conta de meu corpo. Não se preocupe, eu não vou morrer tão fácil com você ao meu lado.—Aura suspira fundo — está bem!— ela põe novamente um sorriso no rosto — eu confio em ti — ela diz abraçando o mais velho — agora tenho que ir pai, juro que venho visitar. Mas agora tenho que ir buscar a Flora — ela deixa a sacola junto com os lanches em cima de uma mesinha, dando um beijo na testa do homem, e se vira para ir embora, mas ao se virar, ela percebe a presença do homem loiro que observava a conversa dos dois, Aura ao ver que ele estava observando-os, ela se enfurece — Hmph.. te vejo algum dia desses, pai. ich liebe dich— e sai do quarto do homem, confrontando o senhor de vestes caras. — O que você acha que 'tá' fazendo?! Acha que pode ficar espionando a conversa dos outros? Seu insensível! — o homem loiro, ignorando as ameaças da garota, pergunta de uma forma calma — Seu pai. Ele está passando por um tratamento de câncer, certo? — Aura com uma expressão confusa, responde — Ah- sim.. mas o que isso tem a ver? — o homem, pensativo, olha para a porta — Qual o nome dele? — —...Walter — ele pensa por um segundo, e volta a falar — Certo. Está pronta? —— Sim senhor, vamos. —Após chegarem ao carro, eles tem uma longa viagem até o destino— Senhorita Aura. Estamos quase chegando — ele abre uma bala de menta e come — Aceita uma? — Ela olha para a bala, e logo depois olha para a janela, desinteressada — Obrigada, mas não gosto muito de menta. — — Certo. —Após um tempo, eles chegam na frente da fachada do lugar. Era era bonito, tinham letras bem grandes e douradas, que denunciavam o nome do lugar "W. J. Organization". Confusa, Aura após sair do carro, vira ao homem de vestes chiques e questiona. — W.J? Senhor posso estar enganada, mas esse lugar é o maior laboratório de toda a Alemanha, o que diabos minha irmã faria aqui?! — ele então, com um olhar frio, a observa, e abre um pequeno sorriso — o proprietário achou sua irmãzinha perdida por ai. Desde então ela tem ficado alojada aqui até que alguém a viesse buscar. —com um mal pressentimento, a garota apenas suspira em aceitação — Ok.. só vamos acabar com isso logo — Eles entram no laboratório, era chique, muito bem estruturado para a época, bem iluminado e limpo, eles subiram até o 7° andar, e se depararam com uma porta chique, com letras moldadas em ouro e uma madeira escura, as letras diziam "Dr. Rudolph Richards". Os dois, ao entrar na sala, são recebidos por uma figura de um homem alto, de cabelos castanhos, longos e bagunçados, presos em uma trança mal feita, usando um tipo de jaleco com um tom verde musgo. Ele estava de costas quando entraram, encostado em sua mesa. Ao ouvir o som da porta, ele se vira, com um rosto nada agradável, mas ao perceber a presença de Aura, ele abre um enorme sorriso. — Chefe, achei a irmã daquela garota que o senhor encontrou. Ela veio buscar ela.— o homem de cabelos castanhos chega perto do loiro, ainda com um sorriso ameaçador — Ora, que boa notícia Kleiton! Eu estava ansioso para essa sua visita agradável. —— Sim sim.. agora me entregue o que me deve. — ele com uma expressão mais séria, recua e pega um envelope branco em sua mesa e entrega para o homem de vestes chiques o pega e vai embora. O senhor com os cabelos bagunçados, aparentava ter por volta de 50 anos. Ele tinha olhos arregalados e irises negras. Usava óculos desgastados. Continuava sorrindo ameaçadoramente até Aura se pronunciar — Quer dizer que eu virei uma mercadoria então.. — o senhor vira para Aura, cessando seu sorriso, mas logo o abrindo novamente — Não! Nunca, senhorita. Aqui nós trabalhamos com atos bondosos. Aliás, que grosseria a minha. Qual séria seu nome, senhorita?— Ela fica notoriamente desconfortável, mas logo abre a boca — Aura, senhor. — Aura o observa cautelosamente — Qual é seu nome? — o homem então, solta uma pequena risada — Rudolph. Meu nome é Rudolph — ele diz apertando a mão de Aura, que percebe o quanto as mãos do cientista eram grossas.Logo após isso, ela se senta em frente a mesa de Rudolph — Olha, senhor... não quero ser rude, mas, onde está minha irmã?! Me disseram que ela estaria aqui! preciso dela urgentemente, meu pai não vai melhorar até não a ver. Então se o senhor realmente sabe do paradeiro dela, por favor me deixa ver ela. — Rudolph abre mais o sorriso — Claro, claro que sim. — ele abre uma pequena geladeira atrás da mesa, puxando o que aparentava ser uma jarra de suco —Por que não bebe algo enquanto espera? — ele diz colocando o suco que aparentava ser de laranja em um copo — irei trazer sua irmã já, vou demorar só um pouquinho..— Ele a entrega o copo de suco e sai da sala. Aura observa atentamente o escritório de Rudolph, a coisa mais normal daquele escritório era a mesa que ela sentava, em suas paredes haviam diversos potes e substâncias desconhecidas dentro de vidros, haviam mesas cheias de papelada e alguns objetos de vidro, que Aura deduziu ser o que o cientista usava para fazer aqueles líquidos estranhos. E volta sua atenção ao copo, mexe algumas vezes e resolve tomar um gole — Hm.. isso é bom.... do que será que... é feit... — e logo após isso, ela cai no chão do escritório, quase desacordada, com a visão turva e borrada, a ultima coisa que ela vê antes de apagar, é a figura de Rudolph segurando um tipo de saco que continha um tipo de substância contida; aparentemente ele estava sorrindo, e a última coisa que ela escuta, é a voz dele — Não se preocupe senhorita Aura. Logo estará com sua irmãzinha.—Fim...?




Hospital Donnatela Schneider 1970


O quarto era habitado apenas por uma pessoa na cama, Walter Becker, doente e fraco, olhando pela janela, em um semblante triste, quase não ouvindo o som da porta se abrindo, e lentamente fechando. Ele olha para trás, a procura de algum médico ou enfermeira que tivesse vindo dar a receita de seu novo remédio, ou até mesmo a notícia de que estava no seu leito de morte, mas surpreendido. Ele apenas vê um homem de cabelos loiros e vestes caras entrando no quarto junto de uma maleta preta — Senhor Walter Becker. Como vai seu dia?—.

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