One-Shots de Undertale/multímetro

One-Shot[DUSTBERRY]

Pedido de: V3ry_Stup1d_B0y
Música: Two Birds
Shipp: DustBerry
———————————————————

Dust abriu os olhos lentamente ,se sentindo um pouco desorientado pela claridade vinda da luz do local ,ele olhou ao redor do quarto ,o analisando.

Paredes brancas ,aparelhos estranhos ,cheiro de remédios e substâncias ,grandes cortinas brancas, uma grande maca e deitado nela ,blueberry.

Dust soltou um suspiro, se sentindo cansado e melancólico ,quantos dias faziam? Seis? Quinze? Não ,mais tempo havia se passado.

Ele se sentava ali ,passava seu dia assim ,esperando ,implorando, lamentando para que Blue não fosse para longe e o deixasse só.

Isso bastaria? Ele não sabia ,e não sabia dizer se dava a mínima ,faria qualquer coisa para ver Blueberry bem.

Ambos se conheciam a anos, nunca se desgrudavam ,como carne e unha ,sempre juntos como haviam prometido ,uma promessa que ambos levavam a sério ,muito a sério.

"No fim ,o fio deve estar vazio"

Uma promessa um tanto estranha para outros ,mas familiar para eles.

"O fio" significava se prender ao passado ,tudo oque acontecesse com eles ,eles superariam ,sem mágoas ou recebimentos ,nenhum medo ou receio.

Ambos prometeram que deixariam o fio, mas um deles era apenas um mentiroso.

Dust não entendia como Blue conseguiria deixar o fio ,ele tinha mágoas ,ressentimentos ,medo ,receio ,enquanto Blue apenas sorria e tentava o confortar.

Tempos depois Dust entendeu ,Blue não tinha porque estar no fio mais.

Blueberry foi diagnosticado com uma doença severa ,doença no qual não teria uma cura ,e só resultaria em óbito.

Como esperado ,não demorou muito pra doença se manifestar cada vez mais ,levando a alegria e a energia, a pessoa que corria por todo lado sorrindo ,agora precisa de ajuda ate para se sentar.

Dust apertou os dedos em sua calça preta ,até ficarem gelados ,sentindo um aperto em seu peito ao abaixar a cabeça.

Ele se levantou da cadeira ,não havia saído dali fazia horas e decidiu ir até a máquina de vendas do hospital para achar algo para comer ,mesmo não tendo quase nenhuma fome.

O mesmo enxuga as lágrimas e respira fundo ,se dirigindo a porta e colocando a mão na maçaneta ,quando ouve algumas vozes.

- Precisamos liberar algum quarto, estão todos ocupados a esse ponto! -uma voz exclama ,tendo um tom sério.

- Não podemos simplesmente desligar os equipamentos , é contra os princípios do hospital. - outra voz responde de forma quase inaudível, como se contasse um segredo.

- Não temos escolha ,não é como se alguém fosse perceber, um a mais ,um a menos ,ninguém tá preocupado.

-...-a outra voz não responde.