I. A man from another world

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O fim de semana havia chegado, e Remus precisava relaxar e se divertir ou iria surtar.

Para alguém que trabalhava várias horas controlando uma sala cheia de adolescentes, corrigindo atividades e fazendo provas, ir para uma balada curtir a noite parecia uma ótima forma de se distrair e fugir um pouco da realidade, com possíveis encontros casuais, sem compromissos.

Se por um acaso encontrasse algum aluno por lá — algo que já ocorreu —, ele iria apenas fingir não ter visto ninguém e começar a flertar com o barman.

Parecia um ótimo plano para uma sexta-feira à noite, e ele estava pronto para colocá-lo em prática.

Depois de mais um dia exaustivo lecionando, claro.

Lupin amava ser professor, de fato. Adorava lecionar. Contudo, precisava admitir que não era fácil trabalhar com uma sala lotada de jovens ricos e mimados com os hormônios à flor da pele.

Ao menos, o salário compensava bastante.

— Depois de ouvir as coisas mais absurdas possíveis durante um debate em aula, eu preciso encher a cara essa noite — comentou Dorcas, sua amiga professora de História, sentada ao lado numa das mesas na sala dos professores. — Por que aceitei lecionar num colégio de elite, mesmo?

— Porque o salário paga nossas contas e ainda sobra — Remus respondeu com um copo de café em mãos. — Essa noite estou decidido a gastar o meu com bons drinks e depois sair com alguém.

— Enfim vai desencalhar?

— Duvido que irei encontrar meu futuro marido numa balada, mas não custa nada me divertir um pouco. — Bebeu um longo gole seu café. — E você está tão encalhada quanto eu. A única pessoa com uma vida amorosa resolvida entre nós é a Alice… E a Mary está quase.

— Eu sei — ela suspirou. — Mas pretendo mudar isso. Não vou sair daquela balada sem beijar pelo menos uma mulher. Levar para minha casa será lucro.

Remus riu, bebendo mais um gole de café.

— Vamos chamar mais alguém?

— Frank e eu vamos jantar hoje — Alice falou. — Neville vai sair dormir na casa de um amigo e faz muito tempo que não temos uma noite só nossa.

— Já tenho um encontro marcado — Mary disse em seguida.

— Snape com certeza não é uma opção — Dorcas comentou para Remus.

— Nunca sequer cogitaria ele como opção. — Remus fez uma careta de desgosto. — E Crouch também, nem pensar. Rosier?

— Acabei de ouvir ele na secretaria recebendo uma chamada para resolver algo sobre a filha na sede do Ensino Primário, então provavelmente não.

— Seremos apenas nós, então. Sairemos da minha casa ou da sua?

— Minha. Se essa noite vamos realmente curtir, eu vou te emprestar um belo cropped e fazer uma maquiagem maravilhosa para você deixar todos os homens daquele lugar babando aos seus pés.

— Dorcas!

— Essa noite será toda nossa, querido. — Ela sorriu travessa.

Remus não pôde deixar de sorrir para a amiga também e rir junto às outras. Os sorrisos de todos sumiram no exato momento que o professor de química, Severus Snape, adentrou a sala e seguiu diretamente até a máquina de café sem dizer uma única palavra.

— Foi só falar no diabo… — Mary sussurrou.

Não demorou para outros dois entrarem, todos citados por eles há pouco como se convocados pela menção de seus nomes. Remus apenas observou enquanto bebia seu café tranquilamente Rosier indo até o armário dos professores pegar suas coisas deixadas ali enquanto Crouch permanecia parado à porta de braços cruzados e saiu logo atrás do outro quando ele foi embora.

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⏰ Última atualização: Jul 14, 2023 ⏰

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