Freefall (Kazuscara)

Its Called: Freefall

As luzes iam e vinham em uma velocidade enlouquecida brilhando nas cores azul, vermelho, roxo e verde, Kazuha estava confuso e perdido enquanto olhava para tudo e todos, procurando Heizou que falou prometendo que não sairia do lado dele para não se sentir deslocado de todos. Era desesperador porque aquela promessa foi quebrada em dois minutos depois que eles pisaram naquela festa e estaria tudo bem se não fosse pelo fato de que Kazuha nunca foi para esse tipo de festa, tipo quando o menino virava para o lado tinha gente dividindo um pó branco na mesa para cheirar e do outro lado tinha um povo quase se comendo no canto aleatório, claro que Kazuha não era nenhum santo para desaprovar tudo aquilo, mas não era do tipo que curtia estar naquela bagunça, ele com certeza nunca chegou nem perto de algo parecido com isso e no final o garoto acabou por desistir de procurar o seu amigo desaparecido no meio daquela terceira guerra mundial juvenil com o pensamento de que uma hora ele aparece e agora procurando um lugar para fugir daquela bagunça toda.

Quando pode finalmente respirar e sentar, parou para repensar toda a sua escolha de ter mentindo para seu pai sobre o lugar que iria, sobre o que ia fazer e com quem ia, Kazuha tinha certeza que se soubesse que seria assim teria negado até o fim a proposta de Heizou.

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- Duvido tu ir comigo para a festa do Childe - Heizou chegando como vento chegando o armário de Kazuha com força fazendo o mesmo olhar para ele assustado pelo susto

- Porra de festa Heizou - Kazuha revirou os olhos ajeitando os livros entre os braços e foi caminhando com Heizou acompanhado ele - tenho trabalho para terminar e o papai nunca na minha vida vai aceitar de ir para uma festa daquelas do Childe

- Diz que vai comigo

- Claro e depois falo que tu virou evangélico e virou ex-gay - Sorriu de maneira cínica para o amigo

- Fala isso aí mesmo, já tem tempo que ele me odeia mesmo vai que funciona se tu mentir.

- Qualquer coisa vinda de ti ou sobre ti ele deixou de acreditar faz tempo, talvez tenha percebido que tu não presta.

- Teu pai é meu hater número 1

- Que mentira - Sorriu para Heizou - Eu que sou o número um

- Te fuder - Empurrou fraco com o cotovelo - É só mentir

- E depois eu me fodo se ele suspeitar de alguma coisa

- Vai nada, se duvidar o velho nem sonha para onde tu vai para uma festa daquelas - O amigo passou o braço pelo ombro de Kazuha e continuou - Por favor diz que você vai tentar ir

Com um suspiro derrotado Kazuha apenas confirma com a cabeça fazendo o amigo sorrir animado, eles ficaram conversando mais um pouco até o sinal tocar e irem cada um para as suas salas. O dia passou normalmente entre intervalo e aula, na volta para casa o menino tentava pensar em algum plano que funcionasse com seu pai, mas todos pareciam que no final ia dar merda e foi assim até chegar a casa, soltou um suspiro aliviado quando viu que o pai ainda não tinha chegado do trabalho assim tinha mais tempo para pensar em uma mentira e por mais que não soubesse se iria para essa festa, ele já estava vendo com qual roupa iria, sendo uma que não fosse tão festa para o pai não suspeitar, mas também nem tão casual para não parecer desleixado, era muita coisa para pensar que Kazuha sentia que sua cabeça iria explodir de tanto pensamento.

Quando ouviu o barulho das chaves e da porta abrindo o seu coração bateu rápido e foi se preparando para como iria falar com pai sobre esse tal "trabalho" que faria na casa da última pessoa que seu pai acharia confiável, respirou fundo, organizou tudo o que iria falar tal qual em uma apresentação de trabalho e foi com a coragem, que ia sumindo gradualmente, enquanto andava até a sala onde estava seu pai sentado com uma expressão cansada e ajeitando a gravata, Kazuha pensou "Merda, péssima hora para pedir coisa", mas não desistiu logo o pai notou a presença do seu filho se aproximando dele.