NO COMEÇO PARTE 1

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Eudamón 14/7/1976.

O dia já havia amanhecido quando Graciela despertou ansiosa. A barriga grande carregava um tesouro de valor incalculável. Uma linda menina estava a caminho e poderia nascer a qualquer momento, seria a terceira filha de Graciela e Aldo que estavam experimentando uma grande felicidade pois já tinham um casal de gêmeos de 5 anos. Aldo havia deixado os meninos na escola e havia voltado para casa onde encontrou a Graciela sentada na cama.  O homem se sentou ao seu lado e acariciou seu ventre com um sorriso alegre.

— Eu te amo muito meu amor, não vejo a hora de te conhecer! 

— Voce é tão fofo bebê.  — Graciela sorriu.  — Acho que a Carolina vai nascer com a sua cara. 

— Eu acho que ela vai nascer parecida com você.  — comentou Aldo enquanto passava a mão sobre os cabelos cacheados e olhava a mulher que tinha uma expressão chorosa.  —  O que foi amor?

— Acho que foi uma contração mas a bolsa ainda não estourou. — a mulher comentou. — Me ajuda a ir no banheiro porfavor?

— Vem, eu te levo. — o homem tomou a mão de sua amada e percebeu que ela  estava com dificuldade de se levantar. — Senta aí.

Ele pediu e a moça voltou a colocar os pés sobre a cama.

O jovem levantou o vestido de sua mulher e percebeu que o trabalho de parto já se encontrava bastante adiantado. Ele então desceu as escadas da casa e encontrou a dona Rosa, a mãe de Graciela fazendo o café da manhã e fervendo água em uma panela. 

— Doma Rosa, é urgente, a Grace tá em trabalho de parto e não vai dar tempo de chegar no centro médico.

Dona Rosa arregalou os olhos e largou o que estava fazendo imediatamente.

— Meu Deus, Aldo! Vamos fazer o possível para ajudar. Fica lá com ela, vou preparar tudo o que precisamos.

Aldo seguiu as instruções da mãe de Graciela de volta para o quarto, enquanto Graciela tentava se manter calma na cama, respirando fundo durante as contrações.

Dona Rosa pegou toalhas limpas, luvas de borracha, uma tesoura esterilizada e começou a explicar para Aldo o que ele deveria fazer, logo chegou Maria Cristina e começou a ajudar no procedimento. 

Dona Rosa e Maria Cristina, irmã mais nova de Graciela, uniram esforços para ajudar no parto improvisado em casa. Maria Cristina era ymbryne e tinha experiência em partos e trabalhava no centro médico da nação Fogo, o que trouxe um pouco mais de tranquilidade para Aldo e Graciela.

Enquanto Dona Rosa e Maria Cristina preparavam o ambiente, enchendo uma bacia com água quente e dispondo as toalhas limpas ao redor da cama, Aldo permanecia ao lado de Graciela, segurando sua mão e oferecendo palavras de encorajamento.

Graciela, mesmo sentindo as dores das contrações, confiava na força da sua família e sentia-se segura com Aldo ao seu lado.

Maria Cristina se aproximou da cama e começou a monitorar as contrações de Graciela. Ela explicou a Aldo como ajudar a esposa durante o trabalho de parto.

— Aldo, quando a próxima contração vier, peça para a Graciela fazer força. Você vai apoiar a cabeça do bebê e ajudar a guiá-la enquanto ela nasce.

Aldo assentiu, sentindo um misto de nervosismo e determinação. Ele estava pronto para fazer tudo o que fosse necessário para trazer sua filha ao mundo.

Enquanto as contrações se intensificavam, Aldo segurou com firmeza a mão de Graciela e encorajou-a a se concentrar na respiração. Dona Rosa e Maria Cristina estavam ao lado deles, prontas para ajudar no que fosse preciso.

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