Buenos Aires 28/7/1999
23 anos haviam se passado desde o dia em que Carol havia nascido. Ela era uma mulher feliz, vibrante e muito descolada.
Ir a festas era seu passatempo preferido e sua maior diversão era sair para dançar com seus primos e amigos. E quase sempre estava envolvida em atividades humanitárias, era algo que ela gostava de fazer e ela sabia que estava destinada a isso desde sempre.
Toda ymbryne era destinada a missão do amor e cuidado.
Entretanto, Carolina duvidava que aquilo fosse o seu destino, ela não havia despertado o “instinto maternal” que era natural em todas as ymbrynes. Algumas tinham mais facilidade para lidar com crianças e outras tinham mais facilidade para trabalhar no setor de mídia.
Carol acreditava que seu ponto forte era o setor de mídia. Entretanto ela não poderia estar mais enganada.
Ela estava sentada em seu quarto separando alguns livros enquanto o rádio tocava uma música do Queen, sua banda de rock favorita.
A moça continuava catalogando os livros para entregar na biblioteca do bairro quando sua mãe batia na porta.
Carol abriu a porta e viu que a mulher segurava um aparelho telefônico.
— Filha, há uma ligação do juizado peculiar para você!
— Obrigada, mãe. — Carol recebeu o aparelho de telefone. — Alô, boa tarde.
— Olá, senhorita Correia, você poderia comparecer no juizado porfavor?
— Com certeza, em meia hora chego aí. — a jovem assentiu.
— Obrigada. — disse a funcionária do juizado.
Carol se despediu da mulher e desligou o telefone, em seguida abriu o armário e apanhou uma calça jeans e uma camisa social rosa que tinha bordado no bolso o brasão do conselho das ymbrynes.
A jovem tomou um banho rápido e apanhou as chaves de seu Ford fiesta 97 e os seus documentos.
A jovem então entrou no carro e dirigiu até o juizado peculiar, tendo plena consciência de que sua história mudaria por completo.
Carolina estacionou o Ford Fiesta 97 em frente ao imponente prédio do Juizado Peculiar. A arquitetura do edifício refletia a história e a importância da instituição, com seus arcos elegantes e detalhes minuciosos. Carolina respirou fundo antes de sair do carro, sentindo a familiar excitação misturada com um leve nervosismo.
Enquanto caminhava em direção à entrada, seus pensamentos voltaram aos últimos 23 anos. As memórias da infância cercada de amor, as histórias contadas por Dona Rosa sobre a guerra peculiar, e os ensinamentos da Senhorita Peregrine sobre a importância de proteger os peculiares.
Carolina sempre soube que tinha uma responsabilidade especial como ymbryne, mas ainda não havia encontrado seu verdadeiro propósito. Ela acreditava que seu talento estava no setor de mídia, mas a ligação do juizado peculiar indicava que algo mais profundo estava prestes a ser revelado.
Ao entrar no prédio, Carolina foi recebida por uma recepcionista amigável que a conduziu até uma sala de espera. Ela mal teve tempo de se acomodar antes que a porta se abrisse e uma figura familiar aparecesse.
— Senhorita Correia, que bom vê-la. — disse Dona Ruth, uma ymbryne experiente e respeitada no conselho. — Por favor, entre.
Carolina seguiu Dona Ruth até uma sala de reuniões elegante, onde várias figuras importantes do conselho das ymbrynes estavam reunidas. Ela reconheceu alguns rostos, incluindo o Rei Ian da nação fogo, que sempre foi um grande apoiador de sua família.
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APRENDER A SONHAR
FanfictionCarolina Correia é uma mulher justa, leal e batalhadora, é uma jovem que pode ser considerada como uma pessoa bem sucedida já que tem tudo o que alguém poderia desejar. Porém sua vida da um giro de 360° quando ela é convocada para assumir um orfanat...