1. Somos de Ouro

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O noticiário anunciava mais um roubo grande dessa vez na empresa de sucesso que tinha sua matriz na interestadual havia sido saqueada, os eletrônicos e boa parte do cofre foram levados, total de perdas avaliado em meio milhão de reais.

Na sala de reuniões do prédio mais alto daquela cidade, os que assistiam sorriam vitoriosos, por pouco não haviam sidos pegos, mais uma vez os pilotos arrasaram na fuga. A mente que arquitetou tudo, do início ao fim, estava séria e inquieta. Quase tinham ido para o espaço, por um mero deslize ou poderia chamar de audácia? Iria saber depois.

Na sala os homens começaram um burburinho, a outra mulher que estava ao seu lado, olhava para a TV e tragava seu cigarro prazerosamente.

― Calem a boca, todos vocês. - Ela disse em um rompente se pondo de pé e batendo a palma na mesa, causando um som agudo, todos as olharam.

Fizeram silêncio e ajeitaram a postura. O maxilar dela estava travado, séria ela olhava para cada um se demorando por dois segundos avaliando as expressões, tinha o olhar de todos. Era uma mulher que empunhava respeito e lealdade para quem trabalhava consigo, tinha 32 anos. Só se sabia da idade quando avaliavam seu intelectual tendo uma boa conversa, por fora era uma morena linda e mais jovem do que aparentava, cabelos puxados para o castanho, liso com cachos nas pontas, passando um pouco da altura do ombro. Rosto de pele alva, quase angelical. Vestia um terninho de corte fino delineando bem suas curvas, a blusa de seda na cor branca que vinha por debaixo tinha um decote comportado, alguns acessórios totalmente em prata e por último um salto agulha.

Estava ali Paula Fernandes uma das criminosas mais procuradas.

― Parem de se vangloriar, quase foram pegos e eu não admito isso. - Ela disse imponente.

― Chefe não tivemos culpa que outro pessoal apareceu, disseram ser reforços... - Um moreno se manifestou, era o líder que comandou o assalto.

― Eu pedi para se calarem, por acaso você viu outro pessoal nos papéis do plano? Pois então. - Ela o rebateu e de imediato ele baixou a cabeça. Era um homem leal a ela, musculoso e de grande estatura, mas não ousava aumentar o tom de voz com sua chefe.

A morena abriu a boca para continuar seu sermão, mas sua secretária entrou na sala avisando que ela tinha uma visita importante.

― Não posso agora. Mande esperar, por favor. - pediu.

― É a Srta. Henrique. - A secretária disse sabendo que a chefe cederia.

Concordou apertando os punhos, dispensou o pessoal, mas antes deu novas ordens. Eles só receberiam sua parte quando a mídia desse folga e parasse de sondar. Ela também saiu da sala e seguiu para a suíte presidencial. Quando entrou foi recebida por um sorriso arrastado, a figura feminina que lhe esperava estava sentada relaxadamente na poltrona em tom carmim, segurando uma taça de champanhe. Um vestido preto brilhoso que ia até as coxas, nós pés uma bota que cobria até os tornozelos, mas com uma salto generoso, para cobrir toda a peça um sobretudo vinho em couro. Os cabelos pretos devidamente escovados caiam até o meio das costas. Batom vermelho e maquiagem escura, brincos de esmeraldas e então depois de olhar a mulher a sua frente por completo ela respirou fundo inflando o peito. O olhar se fechou um pouco, passando assim a desafiar a outra.

― Filha da puta! - Paula cuspiu as palavras de forma rude para a outra. Tirou o blazer o jogando na outra poltrona.

A mulher que estava sentada, tomou mais champanhe e sorriu com o xingamento. Levantou-se andando até ela, sorriu mais uma vez tentando tirar a seriedade da outra, totalmente em vão.

― É assim que me recebe, amor? Não vai me dar nenhum beijo? - Perguntou debochada, selou os lábios de Paula que por sua vez não retribuiu e a afastou com as mãos sentindo náuseas com o cheiro da outra.

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⏰ Última atualização: Jul 15, 2023 ⏰

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