ratinha

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—Miriam querida,voltaremos logo—sorriu a mulher de cabelos grisalhos a minha frente,ela passava o polegar em meu rosto molhado pelas lágrimas.

—Casandra vamos!!!—a voz do marido ecoava para dentro da casa.

—eu vou sentir sua falta—suspirei a ajudando a pegar as bagagens do casal, eles acabaram de sair de férias para uma viagem de casados.

As férias haviam chegado e minha época do ano favorita também, hallowen, é certo por uma parte, nesta época do ano costumo ficar sozinha em casa oque morando numa casa enorme não é uma coisa relativamente boa. Quando chega o hallowen é quando as invasões,pixasoes começam,bebidas,drogas,brigas...Por isso sempre me tranco em casa,adoro a noite de filmes com uma porção grande de pipoca e muito refrigerante.

—até algumas semanas querida!!—gritou o casal de mais velhos seguindo em direção da saída do grande quintal,eles tinham um carro emprestado de um amigo da família, era um carro simples mais mesmo assim eu via a felicidade dos dois.

Normalmente as invasões começam na véspera de hallowen,não me preocupei então abri todas as portas da casa e como era uma tarde de sol deixei que ele iluminasse a casa,joguei me na cama de lençóis brancos e peguei o celular na comoda ao lado.

Abri a tela de bloqueio e mexi em alguns App, não era muito ativa socialmente, tinha meu grupo de amizade, Amélia,Ava e Miriam,eu. Viramos amigas no começo do fundamental desde lá nos tornamos inseparáveis, Ava tinha dois irmãos,os pais da garota são separados e com isso eles tiveram de decidir com quem cada filho ficaria,Ava ficou com a mãe e os seus irmãos ficaram com o pai. Nunca soube muito sobre essa parte da família dela,ela não gosta muito de falar sobre isso e a única que sabe sobre esse tipo de assunto é Amelia que já chegou a conhecer os dois quando mais novos.

Eu nunca quis me aprofundar neste assunto com Ava,cada uma de nós tens de ter problemas familiares e acho que é por isso que nós entendemos,somos nossa própria família e nunca precisamos de mais ninguém.

—você vem,não vem?—Amélia  acabava de mandar mensagem,eu suspirei lembrando me dá festa que acontecia todo ano na casa do Hyllers,eles pertenciam ao grupo da ELITE, eram uma das famílias mais ricas no estado,que, por incrível que pareça minha família também a de pertencer.Com a junção de toda essa fortuna mais a falta de amor dos pais resultou em dois filhos babacas e mesquinhos.

Posso dizer isso pois cresci com crianças assim em minha volta,frequentando as escolas infantis mais caras que pudessem existir era difícil achar alguém que não se importasse somente com status.

Abri a mensagem—infelizmente,estou sendo obrigada a frequentar essas festas desde que mamãe e papai começaram com essas viagens idiotas e decidiram me abandonar em casa como uma pobre garotinha—enviei a mensagem dramática para a garota de cabelos loiros medianos.

Desliguei o celular e o coloquei encima a fronha da cama,me despi e adentrei o banheiro que ficava ao lado do quarto. Como casa era grande,possuía sete quartos sendo dois para visitas, cinco closets e quatro banheiros,dois no andar de cima e dois no de baixo,confesso que no começo não gostava muito do silêncio que fazia nós cômodos vazios,porém,com o tempo me adaptei e agora gosta de manter tudo quieto.

Abri o chuveiro e deixei que a água caísse sobre meu corpo nuo,usei alguns produtos e lavei o cabelo,desliguei o chuveiro e sai do box completamente encharcada—droga,a toalha—resmunguei após perceber que a toalha tinha ficado no cômodo de baixo.

Vesti o roupão de frio e corri pela casa quase semi nua, se não fosse por aquela veste macia eu estaria pelada,minha sorte era só ter por perto a casa de Jeremiah e Maison,sorte digo pois sabia que nenhum dos dois estava por lá essas horas.

Passei o mais rápido que pude pelas grandes janelas de vidro até finalmente achar a toalha.

Eu secava meu cabelo enquanto a música que tinha colocado na TV ecoava pela a casa vazia,já tinha vestido uma camisola e um conjunto de peças íntimas pretas com rendas.Terminei com o secador e peguei o celular,havia duas mensagens,uma de Amélia —Passamos para te pegar as oito e meia,beijinhos caramelo—sorri ao lembrar do apelido que minhas duas amigas haviam me dado no fundamental. Respondi com um emoj de dedão para cima e cliquei nas outra mensagen,era estranho pois vinha de um número desconhecido—corra mais devagar da próxima ratinha,quero ter mais tempo de apreciar a vista—revirei os olhos rindo sabendo que era apenas uma brincadeira boba de Amélia e Ava.

—como se vocês duas não tivessem visto isso milhares de vezes—ri enquanto enviava a mensagem para o "desconhecido".

—talvez ratinha,adoro observar ela cada vez mais—estranhei, minhas amigas nunca foram de dar em cima de mim,ok, talvez flertes algumas vezes,mais nunca passava de pequenas brincadeiras.

Assustei me com o toque do celular,era uma chamada de vídeo de Amélia—olha não é nada legal essas brincadeiras idiotas sabia?—falei em um tom de arrogância.

—oque?Miriam?—pude ouvir a voz da garota falando do outro lado da linha —está tudo bem?—perguntou.

—eu preciso checar uma coisa—desliguei a chamada e desci para o andar de baixo,tropecei em alguns degraus e o mais rápido que pude tranquei todas as janelas.

—só a porta da cozinha e pronto—resmunguei para mim mesma,como costumava fazer sempre.

—cuidado com a chave—um frio percorreu a minha espinha após ouvir uma voz grossa masculina,não podia negar que era até um pouco atraente.Mais não quando se tratava de alguém,um homen, na minha casa.

Corri e passei a mão na trança da porta—merda!!-resmunguei ao não sentir a chave.

Minha única opção era correr até o quarto e me trancar lá,luzes apagadas, estava tudo escuro.

Mãos enormes envolveram meu tronco me carregando como se fosse uma pena, eu gritava a todo custo e a única coisa que ouvirá era a respiração de quem quer que seja que me segurava.Me rebati o máximo que pude até perceber que já estava no banheiro do andar de cima.

—calma ratinha,não vai doer nada—ele suspirou em meu ouvido,se hálito quente cheirava a menta e cigarro.

—me solta!!você quer dinheiro né?Ótimo isso é oque eu mais tenho—repeti rapidamente na brecha que ele me deu—quanto você precisa, só me fale e você terá—choraminguei,não percebi muito porém pela a anatomia ele já aparentava ser alguns anos mais velhos.Meus olhos pesaram e...

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FUJA DE MIM,RATINHA-dark romanceOnde histórias criam vida. Descubra agora