coelhinha

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-Miriam?Tá acordada?-minha cabeça pesava e meus olhos doíam,não fazia ideia de onde estava.

-Hum,Ava?-resmunguei ao sentir me sendo sacudida.

-bom ontem te ligamos a noite toda e você nem sequer respondia as milhares de mensagem que te enviamos-olhei confusa para a garota a minha frente,ela fazia uma bebida verde com aparência estranha e gosmenta,Amélia mexia no fogão preparando panquecas-deduzimos que você não iria mais a festa e então não pensamos em passar aqui,fomos direto para festa.

-toma isso,vai ajudar com as dores na cabeça-levantei a cabeça para ver a loira a minha frente com um comprido e meio copo de água na mão.

-remédio de pílula não...-resmunguei manhosa ao ver o tamanho do comprimido, eu odeio esse tipo de remédio são extremamente horríveis de engolir.

-eu vou colocar ele na água,você só vai precisar tomar o copo e depois pode comer-sorri para a garota e deitei a cabeça novamente na bancada.

Estava ainda pensando se contaria o ocorrido da noite anterior para as garotas, podia ter sido um sonho esquisito.

-como vocês conseguiram entrar em casa afinal?-perguntei dando uma garfada em uma das panquecas com mel.

-era sobre isso que queria te alertar,Miriam você precisa conferir todas as portas antes de dormir-olhei para Ava como se meu rosto estivesse em forma de um ponto de interrogação-a porta não chegava a estar escancarada mais estava aberta.

Ok?talvez não tivesse sido um sonho mesquinho,ou, talvez eu tivesse mesmo esquecido de trancar a porta da frente.

-como você não foi a festa,depois que ela acabou decidimos passar aqui,e então te achamos dormindo no quarto.

As meninas já haviam ido embora e eu tinha acabado de sair do banho,o celular tocou-mamãe ligava-Miriam você tem um único compromisso,um único compromisso!!!-ela gritava em frente ao celular-que é comparecer nos eventos para marcar presença pela nossa familia, você não tem nem a capacidade de fazer isso?-parecia que meus tímpanos iram estourar com aquela voz fina e aguda que até um surdo se encomodaria.

-nossa família?nossa família parou de existir quando você é aquele homem me abandonaram sozinha numa casa gigante- eu nunca iria deixar ela me tratar assim por uma mera festa.

-a "nossa família" inclui você, o homem que ajudou você a me fazer e suas novas filhas!!!-gritava com toda raiva e estresse acumulados nestes últimos anos e inconsequentemente lágrimas começavam a molhar meu rosto.

-PORÉM ESSA FAMÍLIA NÃO ME INCLUÍ!!!-gritei,soltei todos os meus sentimentos guardados.

Eu soluça deitada na cama somente coberta pela toalha,não tinha o mínimo de forças para me vestir e ainda chorava, agora mais baixo.

A mais velha desligara na minha cara após resmungar com seu marido sobre como eu precisa de cuidados psiquiátricos e de ser internada,porém a única coisa que eu realmente precisava era de uma família.

Escutei a porta do andar de baixo ser aberta devagar,como isso era possível?
Sei muito bem que quando as garotas saíram tranquei a porta e conferi milhares de vezes.

Eu podia estar ficando paranoica e talvez até precisasse ouvir minha mãe e me consultar com psiquiátricas.

Corri e tranquei a porta do quarto,deitei o mais rápido que pude e tampei me dos pés a cabeça,virei de costas para porta eu tremia mais ainda assim não consegui conter as pequenas lágrimas e soluçõs da briga de mais cedo.A cada passo que eu ouvia mais meu coração acelerava,como era possível?
Qualquer pessoa que seja já marcava enorme presença no local,como se eu pudesse sentila dentro de mim,isso me assustava e ao mesmo tempo exitava.

Os sons começaram a ser mais presentes e mais altos,como se não só uma pessoa andasse pela casa,dezenas delas.

O barulho da porta se chocando com a parede me fez dar um pulinho que rezava para quem quer seja não tenha percebido,eu iria fingir que estava dormindo e assim a pessoa roubaria o que ela quisesse e iria embora.Porem não foi isso que aconteceu.

Uma mão puxou meu cabelo fazendo me gemer de dor,deitei a cabeça para trás com a força da puxada.A luz estava desligada mas mesmo assim eu sabia que era ele,o mesmo de ontem.

-você tem fetiche em garotinhas sem família?-sorri ao falar em tom de ironia com desconhecido.

-não,só tenho fetiche em ratinhas como você-ele me puxou com mais força e consequentemente cai da cama batendo as costelas no chão frio de mármore.

Choraminguei passando a mão na região que ficaria roxa em alguns minutos-porra-falei ao perceber o inchaço na área.

-oque foi ratinha?não gosta de apanhar?--riu sendo irônico.

Mais alguém havia entrado no quarto, agora não tinha somente o cheiro de menta e cigarro no ar,era uma fragrância de permufe caro,talvez coco e baunilha,não era cigarro porém era tequila misturado.

-não queremos ser maus coelinha,porém para que isso aconteça você precisa nós ajudar-outra voz tomou lugar no cômodo.

-como--perguntei ainda sendo sustentada pelas mãos envolvidas em meu cabelo.

-talvez outro dia-riu,meu corpo se arrepiou.

-cinco minutos,só isso-o despertador tocará.

COMO?o despertador acabava de tocar oque quer dizer que havia sido um sonho idiota.

Nunca estive tão agradecida por existir um despertador.

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FUJA DE MIM,RATINHA-dark romanceOnde histórias criam vida. Descubra agora