Capítulo 1

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~Adrian~

Entro no banheiro e ligo o chuveiro, me sento no tapete perto da porta e atendo a ligação do Felix

"Não pode me ligar assim do nada, meu pai pode acabar descobrindo esse celular.

Você tem que se libertar do seu pai, ele controla sua vida...você não tem amigos Adrian

Você também não

Por opção

Opção dos outros né?

Ah vai se fuder

Não começa loiro de farmácia

(Suspiro irritado do Felix)

Como vai conseguir informações se está sendo vigiado a todo tempo?

Oque devo fazer então?

Não sei, eu vou ir pra Paris semana que vem pro desfile do seu pai. "

(ADRIAN?)

"tenho que ir primo, até o desfile

Até..."

Saio do banheiro e vejo Natalie com uma mochila nas mãos, para me levar a escola, o caminho é silencioso e curto, meu pai escolheu uma escola perto de casa e longe do centro dessa vez, todo ano eu estudo em uma escola nova porque meu pai não acha nenhuma boa o suficiente, por isso k Felix tá certo, eu só tenho ele como amigo, ser rico e famoso atrai interesseiros e trocar de escola todo ano dificulta o contato, ano passado estudei em Londres com Felix, não éramos próximos até então mas quando começamos a estudpar juntos e seu pai morreu percebemos o quanto temos em comum.
Na época eu tentei fazer uma amiga, mas não deu muito certo...

Escola parece legal, pena que não vou ficar aqui, de longe avisto Clhoe Bourgeois filha do prefeito, nos conhecemos desde criança e vi ela quando ainda não usava sua máscara de garota mimada, ela jamais admitiria mas por dentro ainda é frágil e insegura.
Ainda nos falamos nos eventos mas deixei de tentar ser amigo dela quando ela começou a usar aquela máscara comigo, se ela não confia em mim então porque deveria confiar nela? Apesar disso ela insiste que vai ser minha namorada.

Oque é extremamente irritante as vezes, ela me olha de longe e já sorri, então entro no meio da multidão de adolescentes saindo de suas salas para despistar ela, esse vai ser um ano difícil.

Vou chego perto das paredes e entro em uma sala, que vejo ser a sala de artes.
Tem algumas telas não terminadas, paredes com grafite e um monte de alunos entram pela porta do outro lado da sala, junto de um homem mais velho que parecia um turista, a camisa de flores, a calça jeans surrada e o cabelo com gel até a alma.

Eles falam animados sobre algo até que alguém me olha e logo em seguida todos se viram para mim, me deixando constrangido.

- me desculpe, eu não sabia que...sou novo aqui ainda não conheço a escola, já estou de saída.

O homem me olha de cima a baixo e depois sorri

- por favor fique, pode ser nosso modelo - arregalo os olhos - nosso muso, ein, aceita ?

- eu tenho aula agora

- Pode deixar que me resolvo com seu professor depois, sente-se - ele puxou um banquinho para o meio da sala esperando que eu me sente.

Eu não estava afim de participar da aula de álgebra mesmo.
Os alunos rapidamente se juntam em um círculo de cadeiras, quadros e canetas ao meu redor, e faço uma pose relaxada.
Corro meus olhos pela classe, um menino ruivo extremamente concentrado mede meu rosto com um lápis de longe.
Todos fazendo caretas, rabiscando ou pintando.

Meus olhos chegam, sem que eu mova a cabeça, até uma menina com traços asiáticos, seu rosto delicado e sobrancelhas franzidas são extremamente fofos então a encaro, e ela sobe o olhar para mim em seguida, por algum motivo começo a memorizar seus traços,olhos azuis, boca rosada, rosto levemente arredondado porém queixo pontudo, ela abriu a boca de leve e senti como se ela fosse a obra de arte.
Seu rosto ficou vermelho e ela desviou o olhar voltando a desenhar, mas continuei a encarando usando o fato de que tenho que permanecer parado como desculpa.
1 hora e meia depois estava vendo o desenho de todos, todos ótimos e únicos.

Até que vejo ela, seu quadro de mim parecia uma foto de tão realista, na verdade melhor, eu me via mais ali naquele quadro que em qual foto que já tenha tirado, a escuto suspirar, e percebo o quanto me aproximei sem perceber, ela sorri.

- ficou muito bom - só consigo dizer isso.

- obrigada - ela responde.

Acho que nos encaramos por uns minutos mas não é desconfortável, rio desviando o olhar e ela faz o mesmo ficando vermelha.

" Lovers " do jaged Stone começa a tocar, ela pega o celular e saí correndo dando alguma desculpa.

Quando ela saí percebo que deixou cair uma caixa preta então pego e tento ir atrás dela mas ela já está longe e vira a esquina da escola, levo a caixa pra casa comigo para tentar devolver amanhã.

Foi isso -digo a Felix na chamada de vídeo

Então você fez amigos?

É...acho que sim.

Que bom primo, ei mais boas notícias, achei um álbum de família antigo talvez eu ache algo útil lá

Ah...isso é bom, eu acho?

O que foi dessa vez?

Não é normal as coisas darem tão certo, tenho medo de algo ruim estar se aproximando

Felix encara o nada aparentemente e depois sorri

Tô com sono, vou dormir porque não tenho sua vida de príncipe

Ele desliga sem dar tchau.
Então ligo meu PC até ficar com sono.
Depois de perder a paciência jogando paciência, vejo a caixinha daquela menina de mais cedo na minha mesa, o que será que tem dentro?

Não posso abrir, seria invasão de privacidade

Mas e se for de comer e precisar ficar na geladeira? Como saberei se não abrir? Com essa desculpinha fajuta me convenço a abrir, só olhar não mata né?

Abro a caixa, e uma luz forte sai de lá.

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⏰ Última atualização: Jan 14 ⏰

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