Sem vida é aquele que apenas aprecia o desejo carnal
Sem propósito e sem amor
Mas, são grandes os traumas daqueles que não querem se envolver
Infinitos são os que buscam se esconder.Sem amor sinto-me vazia e sem rumo
Então como pode, alguém não permitir-se amar?
__________________________________Helloo, como estão??
Nem demorei, perceberam? Preparados para conhecerem um pouco mais a respeito de uma das nossas personagens principais?
Vamos ao capítulo então!!!
_____________________________Cidade Medieval de Monteriggioni, Agosto de 1325 - 20 anos depois
Laura Ferrari
Acordei com uma breve, porém incomoda dor de cabeça. Sentei e olhei pela janela, a lua ainda brilhava majestosamente no céu azul escuro decorado pelas inúmeras estrelas. O vento soprava forte lá fora, balançando as árvores com uma certa rudeza, lembrando-me de que o inverno estava a caminho. Suspirei. Me lembrava perfeitamente das vidas inocentes que ele havia castigado com o passar dos anos. Me estiquei cuidadosamente sobre a cama, pegando minhas botas e tentando calça-las, sem sucesso. Sem um aviso prévio, as lembranças da noite passada vieram à tona. Vinho, muito vinho, carne de cordeiro e uma bela mulher, que ainda dormia profundamente ao meu lado. A lua iluminava parcialmente o quarto em que estávamos, me dando o incrível vislumbre de suas costas desnudas. Um fino lençol cobria apenas suas nádegas, deixando o resto do seu corpo despido.
Sorri serenamente, talvez aquela bela visão pudesse me fazer querer permanecer mais tempo com ela, mas eu não queria de forma alguma que minha atenção ficasse focada em apenas uma mulher. Eu já havia me deitado com muitas outras, porém me recusava a prender-me a um único corpo, a uma única mulher. Me recusava ter o coração quebrado ou sequer me prender a alguém. Diante disso o meu tempo com aquela belíssima mulher tinha prazo de validade, e esse já havia terminado. Me levantei sorrateiramente, buscando fazer o mínimo de barulho possível, pegando minha blusa que estava jogada em algum canto do quarto, vestindo-a rapidamente.
— Já está de saída, Lau? — Alícia indagou preguiçosamente, bocejando logo em seguida. Sorri para a mulher a minha frente.
— Sim, sabe muito bem que nunca amanheço na cama com alguém. — Sentei novamente na cama, buscando calçar pela milésima vez minhas botas. Bufei frustrada quando minha cabeça girou fortemente, fazendo-me desistir de calça-las. Me contentei em arrumar minha camisa.
— Eu sei, mas se quiser ficar mais tempo por aqui fiquei a vontade Lau. — Suspirei.
— Alícia, sabe que o que temos jamais irá passar de uma bela amizade, não é? — Busquei minha calça pelo quarto, avistando-a ao lado da mulher que piscava os olhos incansavelmente, tentando afastar o sono. A peguei e vesti rapidamente. Alícia riu da minha afobação.
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Lágrimas de Amor e Ódio
FantasyLaura era apenas uma criança quando sentiu a dor da perda, um luto que a acompanha desde então. Seu pai havia sumido após uma de suas viagens, sendo rapidamente dado como morto, atiçando sentimentos que a pequena garotinha pensou ser impossível de s...