O médico confortou Chu Xun. Sua expressão não precisou mudar muito depois de ouvir que ele nasceu com um problema cardíaco. O estado do bebê não era grave. Talvez pudesse até curar naturalmente sem cirurgia, mas também havia a possibilidade de que não. Agora o bebê é muito novo para operar. Mas ele ainda poderia fazer uma cirurgia quando fosse mais velho, se necessário. A tecnologia para essa operação no país era altamente desenvolvida e o índice de sucesso era muito alto.
Mesmo assim, todos os bebês eram os favoritos de seus pais. Se ele tivesse uma pequena doença, era ainda pior do que adoecer.
Chu Xun estava disposto a suportar essa dor sozinho. O bebê ainda era muito pequeno. O velho camarada Chu Shan - que sempre acreditou no materialismo - comprou secretamente um bodhisattva de madeira (1). Ela orou para que ele abençoasse e protegesse seu netinho para que ele ficasse são e salvo.
Chu Xun pensou que havia se convertido ao budismo. Depois de um tempo, ele também comprou uma estátua de madeira do Deus da Longevidade, colocou-a em outro lugar e começou a rezar para ela também separadamente.
Alguns dias depois, Mestre Chu encontrou algumas contas de rosário que foram abençoadas por algum santo.
Chu Xun não conseguiu continuar assistindo: "Só podemos acreditar no poder da ciência, pai. Se não, apenas ore a um Deus. Se eles descobrirem em quantos barcos você está pisando (2), e se eles em vez disso, eles culpam nosso bebê? Receio que a próxima coisa que você fará seja mexer com alguma bruxaria, não se incomode mais."
Mestre Chu disse: "Feitiçaria não pode ser feita. Isso era apenas superstição no período feudal."
Seus sintomas de icterícia diminuíram e sua saúde melhorou. No entanto, havia peristaltismo (3) em seu sistema gastrointestinal que não era bom. Ele estava crescendo muito lentamente e tinha alguns problemas pulmonares.
Embora fosse uma estrada esburacada, foi crescendo aos poucos.
Como seu bebê não conseguia dormir ao lado dele, Chu Xun comprou um caderno em branco. Ele tirava uma foto de seu bebê e escrevia no diário; anotou quanto peso seu filho havia engordado hoje, quando bocejava, quando conseguia abrir os olhos, quando sorria com a boquinha curvada. O bebê ficou cada vez mais bonito. Quando o bebê havia nascido, Chu Xun realmente pensou que ele era muito feio, mas desde que ele deu à luz, só conseguiu reconhecê-lo. A pele vermelha e ligeiramente preta tornou-se gradualmente branca e macia. Ele também viu crescer muitos cachos finos e macios em sua cabecinha. Seus cílios eram longos, seus olhos eram grandes e redondos, suas pupilas eram naturalmente grandes e suas íris âmbar eram tão claras e bonitas quanto ouro ou âmbar mergulhado em um rio. Quando ele espiava e cheirava para os outros, ele podia conhecer o coração de todos.
Este par de olhos era exatamente igual ao de Lin Yanchen.
Chu Xun realmente os amava e também estava muito triste.
Quem não poderia gostar de um bebê tão pequeno?
O pai Chu se gabou: "O cabelo de Jiu Jiu é cacheado, ele está herdando minhas feições."
Chu Xun pensou sobre isso. Era verdade, ele e Lin Yanchen tinham cabelos lisos. Ele herdou de sua mãe. Inesperadamente, o bebê herdou o cabelo do avô, pulando uma geração.
Mãe Chu brincou e disse: "Antes, você ainda estava preocupado que Jun Jun desse à luz um monstro, agora você está calmo, certo?" Pai Chu corou de espanto: "Eu estava deixando minha imaginação correr solta... nosso Jiu Jiu é muito lindo e adorável."
Jiu Jiu foi o apelido carinhoso que deram ao bebê, não tinha um significado muito profundo. Naquela época, eles pensaram nisso por um longo tempo. Agora parecia bastante popular usar plantas no nome de um animal de estimação. Chu Xun olhou para os bebês de outras pessoas em seu círculo de amigos: havia alguns que se chamavam Xiao Wandou, Xiao Digua e Xiao Pingguo. Conformando-se com a sociedade, ele decidiu escolher um nome de animal de estimação. Mas pensando bem, achou melhor escolher um apelido simples e comum. Se houvesse muitos bebês com apelidos semelhantes, não seria fácil para Lord Yan encontrar seu bebê, então ele não o levaria com ele. (4)
