Eu estava sentada no meio do corredor, igual a uma tonta, viajando em meus pensamentos.
Até que vejo Finn e Gwen correndo em minha direção.
- S/n, o que te aconteceu? - Pergunta Gwen enquanto fazia carinho em meu rosto.
- É uma longa história...
- Certo, depois você explica. - Diz Finn preocupado. - Vamos achar um lugar pra sentar para eu poder colocar gaze no seu braço.
Eu apenas concordo com a cabeça e Gwen me ajuda a levantar.
*quebra de tempo*
Enquanto o Finn colocava gaze no meu braço, noto que Gwen estava estranha. Decido perguntar o que era.
- Gwen, você está bem? – Digo com a testa franzida
- Estou sim... Na verdade, - Ela diz e me olha. – eu estava pensando sobre o que te aconteceu, só que não sei se você se sente confortável em contar.
- Ai, Gwen! – Diz Finn com vergonha – Para de se intrometer.
- Capaz, gente. – Digo e dou uma risada. – Que isso. A gente se conhece a tanto tempo, eu confio em vocês.
Dou um leve suspiro e explico a situação.
- Meu Deus! – Diz Gwen com os olhos arregalados.
- Que bom que Robin chegou na hora certa. – Finn diz e dá um leve tapa sob meu ombro esquerdo.
- Tem razão... Falando no Robin, ele não tinha contado para vocês? – Pergunto com angústia.
Os dois apenas negam com a cabeça
- Não – Gwen parecia pensar em algo. – Ele só parecia desesperado e disse onde você estava, e que era para te fazermos companhia.
- Mas sabe como o Robin é – Finn me olha. – Nunca se sabe o que ele está pensando, ele é difícil de entender.
Ele era difícil mesmo...
Eu tinha muitas dúvidas que remoíam a minha cabeça, onde Robin estava nesse momento? Essa era a que mais me atormentava.
*Robin on*
Nesse exato momento eu estava dando chutes em um garoto que tinha mexido com a pessoa errada, na hora errada.
Eu não conseguia tirar a raiva e a frustação que tinha dentro de mim. Eu precisava por um fim naquilo.
- Escuta aqui – Digo enquanto seguro o rosto do garoto. – Se você encostar um dedo naquela garota, ou em alguém que seja próximo de mim, vai ser pior para você. Entendido?
- Si... Sim. – O mesmo diz com dificuldade.
- Eu não escutei direito, fala mais alto.
- Sim... – O garoto termina de falar e olha com os olhos arregalados a minha frente.
- ROBIN ARELLANO, O QUE PENSA QUE ESTÁ FAZENDO?!- Uma voz masculina mais grossa grita.
Me ferrei.
Eu olho pra trás e levanto as duas mãos, em forma de rendimento.
Era o diretor...
- Para minha sala, agora! – Ele diz e parecia irritado.
*quebra de tempo*
Agora eu estou sentado em sua frente, na sua sala.
Não me arrependo do que fiz, aquele estupido mereceu. Não mandei ele mexer con mi chica (garota).
- Hoje é o seu segundo dia de aula e você já arrumou briga, Robin? – Dá um suspiro. – Quero que me explique o que aconteceu.
Explico toda a situação a ele e o mesmo só me olha com os olhos arregalados.
Ele parecia pensativo.
- Bom, Robin. Não vou te dar uma suspensão. – Eu arregalo os olhos, não esperava isso de sua parte. – Mas vou te dar uma advertência, e farei o mesmo com aquele garoto. – Ele diz e me olha seriamente.
- Espero não te ver novamente aqui. Pode ir para sua sala.
Eu apenas concordo com a cabeça e saio devagar.
Antes de voltar eu passo no banheiro e coloco gaze na minha mão, que estava suja de sangue.
Não me senti bem quando vi a S/a chorando. Não vou permitir que nenhuma lagrima caia de seu rosto novamente, nunca.
*Robin off*
Eu estava desenhando em meu caderno quando o barulho de uma batida na porta me distrai.
- Pode entrar. – A professora diz seriamente.
A porta se abre e vejo o Robin.
Ele caminha até a professora e sussurra algo em seu ouvido, a mesma apenas concorda com a cabeça e manda ele ir pro seu lugar.
Enquanto ele caminha, vejo que me procura.
Assim que seu olhar se encontra com o meu, ele abre um sorriso e acelera seus passos.
- Mudinha! – O mesmo diz enquanto se senta ao meu lado. – Como você está?
- Muito melhor. – Dou um sorriso. – Obrigada por ter me... – Penso na palavra certa. – Defendido.
- Não precisa agradecer. – Ele diz e me dá um abraço. – Me desculpe por não ter voltado aquela hora... Tive uns problemas a resolver.
- Tudo bem. – Digo e volto a prestar atenção na aula.
Eu me sinto bem quando estou ao lado de Robin, mesmo que ele me odeie.
O tempo passa e aula de matemática acaba.
Vejo Robin olhando para a folha de atividades com a testa franzida.
- Tudo bem? – Digo e olho para o mesmo.
- Sim... é que não entendi nada.
- Não era você que era tão inteligente? – Digo rindo.
Ele revira os olhos.
- Não é culpa minha! A professora que explica muito rápido, sabe? – Ele diz com um tom irônico na voz.
Eu apenas solto uma risada.
- Mudinha... – Ele diz e coloca sua mão sobre meu ombro. – Faz um favorzinho pra mim?
- Depende. – Finjo estar séria.
- Vai lá em casa hoje pra me ajudar a entender a matéria? – Ele diz fazendo beicinho.
- Hum... – Finjo estar pensando. – Irei pensar no seu caso.
- Ai, você ta me devendo uma, lembra?
- Eu estava brincando, te ajudo sim. Pode ser lá pelas 17:00?
- Obrigada mudinha. – Ele me dá um beijo na bochecha – Te vejo lá esse horário então.
Eu apenas concordo com a cabeça.
Eu acho que Robin estava conseguindo parar de me odiar, fico feliz que estamos nos tornando amigos.
Notas da autora:
Não seja um leitor fantasma, plis! Espero que tenha gostado do capitulo e não se esqueça de votar! Obrigada.
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Os opostos se atraem | Robin Arellano
FanfictionCONCLUÍDA! ✅ Sn Kopper é uma garota orfão que vive em Denver, nos Estados Unidos. Era só mais um ano normal na escola, até que um garoto novo chega e muda seu destino.