Close your eyes and live in a dream

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!! Todos os personagens mencionados são os do RP, não shippem os streamers !!

Quakity estava tão, tão, tão feliz, finalmente ia se casar com o amor de sua vida, Cellbit. Depois de meses tentando o conquistar, finalmente iria realizar o seu maior desejo!

Claro, Cellbit antes ia se casar com Roier e todo aquele rolo, mas o híbrido de gato acabou comentando um erro, e bem, Roier decidiu se separar definitivamente, deixando todos os que amavam o casal bem triste. De início Cellbit insistiu e insistiu, mas vendo que não daria em nada com Roier, ele apenas desistiu.

Mas felizmente, Quakity estava lá para Cellbit, ele cuidou e amou Cellbit a cada momento que podia, tentando conforta-lo e ao mesmo tempo conquista-lo. Cellbit obviamente sabia das investidas do outro, mas não negou, estava triste e carente, precisava de um pouco de atenção.

Por mais que Quakity fosse a segunda opção, estava tudo bem, pelo menos ele havia sido uma opção para Cellbit, pelo menos havia sido uma escolha a ser pensada.

Com tempo a relação dos dois foi evoluindo, Cellbit não realmente amava Quakity, nem nos momentos em que eles se tocavam e se entrelaçacam debaixo das cobertas como um casal, ou quando eles se beijaram depois de uma ida ao restaurante, em frente a um lago bonito. Cellbit nunca amou Quakity, mas ele queria tentar com alguém novo.

Machucava muito Quakity ser apenas um substituto para Cellbit, mas se ele pudesse viver um pouquinho com o homem que amava, fazer parte de momentos com o homem que amava, ama-lo, nem que fosse pelo menos por uma noite, Quakity faria tudo valer a pena.

Cellbit o pediu em namoro no mesmo lago em que se beijaram pela primeira vez, havia uma emoção, o amor, a paixão em suas palavras, na forma que se movimentavam e falava, em como suas orelhas e seu rabo mexiam, mas não havia paixão em seus olhos, nem amor profundo, aquele amor que Cellbit usava quando olhava para Roier.

Quakity sorriu, chorou, dramatizou, atuou, disse sim, ele o amava com todo o seu ser, com todo o seu coração e a sua alma, mas Cellbit nem o via assim, doía, mas pelo menos estava com o homem que amava.

Roier? Bem, Roier aceitou que não seria aquele ao lado de Cellbit pela eternidade, apenas por causa de seu maldito orgulho. Sendo um telespectador da história de amor entre Cellbit e Quakity, machucava, mas eles tinham química, era um grande contraste e ao mesmo se complementavam. Roier aplaudiu, sorriu, abençoou essa união. Uma única união que machucou três almas já feridas, uma união que mostra o quanto amar dói.

Quakity se esforçou para ser um bom namorado, beijou Cellbit, ajudou ele, cuidou dele, Quakity estava lá para Cellbit à todo momento. Cellbit também, ele foi muito mais do que excelente e perfeito, mas faltava paixão, faltava amor, aquele amor de duas almas completas, aquele amor intenso, aquele amor que abraça e as vezes sufoca, o amor que Cellbit reservou para Roier.

Doeu, dói e doera se Quakity continuar nessa relação. Mas tudo bem, ele estava com o homem que amava.

Aos poucos sua relação foi evoluindo, devagar, de passo em passo, algumas - muitas - brigas, bebidas e sonhos, Quakity pediu Cellbit em casamento, esse que disse sim, nervoso, com a voz trêmula, hesitante, pavorosa com o que poderia acontecer no futuro, era assustador.

Quakity sorriu e riu, colocou o anel de prata em seu dedo, chorando de alegria, que no fundo havia tristeza, sentindo o próprio coração afundar em angústia, medo e hesitação sobre os sentimentos genuínos de Cellbit.

Cellbit colocou o outro anel de prata em seu dedo, segurando as lágrimas em um falso sorriso alegre, sentindo o próprio coração quebrar em 18¹ partes, ele sabia que estava machucando Quakity, que estava mentindo para todos, mas no fundo ele só queria alguém para suprir a sua carência.

O planejamento do casamento foi um desastre, havia muitas brigas entre o casal, muitos desentendimentos, todos se perguntavam como eles poderia se casar assim. Roier se sentia meio feliz com as brigas, talvez assim ele pudesse voltar para Cellbit algum dia, mas antes que esse pensamentos pudessem crescer, ele rapidamente se reprimia.

Hoje finalmente era o dia do casamento.

Quakity estava no altar de branco, sorrindo, algumas lágrimas escorrendo, enquanto apertava as próprias mãos nervosamente, olhando para o lugar por onde Cellbit entraria.

Seu terno branco estava lindo, com uma papoula² vermelha no bolso. Dessa vez ele estava sem a touca, mostrando os seus cabelos pretos como o breu da noite, balançando com o vento suave que soprava.

Cellbit entrou, segurando um buquê de papoulas vermelhas, ele se forçava a sorrir, mesmo que por dentro o seu coração afundava em seu próprio peito, como se quisesse parar de bater e o fazer morrer ali mesmo. O híbrido olhava para o altar meio desapontado, era Quakity que estava lá e não Roier, não a sua alma gêmea, seu guapito.

Cellbit as vezes fechava os olhos e imaginava Roier ao seu lado, não Quakity, apenas Roier. Agora esse era um dos momentos, as pessoas o viam fechar os olhos, pensando que era para evitar chorar, mas Quakity sabia mais, sabia o porquê.

Chegando ao altar, ambos sorriram um para o outro, Cellbit de tristeza e Quakity de dor, os olhos de ambos não mentiam, olhar um para o outro doía mais que uma facada. Olhar um para o outro era como ver os erros que ambos cometeram parados em sua frente como um humano, sussurrando e sorrindo.

Você está lindo nesse terno... — Quakity elogia fracamente, sua voz saindo tão baixa quanto um sussurro. O elogio saindo de sua boa como se estivesse voando com o vento.

Você também está lindo hoje, Qua- querido... — Cellbit sussurra de volta, forçando-se a manter o sorriso, enquanto respira fundo para reprimir as lágrimas.

A cerimônia começa e passa como um borrão para os dois, ambos perdidos em seus mundos de sonhos, onde estavam felizes com quem amavam, onde não se machucavam com essa relação, onde nada doía.

Então vem a temida pergunta: "se há alguém contra esse casamento, fale agora ou cale-se para sempre!"

Todos prendem a respiração, ninguém se move direito, os padrinhos prontos para agir a qualquer momento, os noivos se olham e pedem desculpas um para o outro.

Entre os convidados, ninguém fala absolutamente nada. Até que uma figura pode ser avistada, chegando correndo, ofegante e com o cabelo desgrenhado, gritando a todos pulmões.

Eu! Eu sou contra esse casamento!

Era Roier, com um terno branco, com amaranto³ em seu bolso e uma faixa em sua cabeça, ele parecia lindo naquele terno, como se pertencesse à ele, assim como ele parecia pertencer ao lugar onde Quakity estava nesse momento.

Nesse momento, tudo parece tão errado para Cellbit, ele joga o buquê de papoulas no chão e desce do altar, correndo em direção à Roier.

Agora, duas almas incompletas finalmente se completaram, juntas e unidas de novo.

A terceira alma estava abandonada, de novo, como sempre, completamente sozinha e abandonada, outra vez.

Notas:
18 partes, foi mencionado 18 partes porque R é o décimo oitavo número do alfabeto, remetendo à Roier.

Papoulas vermelhas, papoulas vermelhas foram usadas em referência à quando Quakity e Cellbit "brigaram", e o Cellbit deu uma papoula vermelha como pedido de desculpas para Quakity.

Amaranto, o amaranto foi usado durante todo o casamento de Guapoduo, então não existe muito mistério sobre isso.

Essa foi a one pessoal!! Espero que tenham gostado, pois fiz com muito amor, obrigada por terem lido, deixem uma estrelinha por favor, tchau tchau pessoal!

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