Criamos nossa própria mentira, moldamos nossa própria realidade, e agora estamos com medo de encarar a verdade.
Por favor, Lana Miller.
Me diga que isso não é um adeus.
Ambos podem e querem se ajudar, tendo um acordo justo entre eles.
Jobe quer con...
•GAROTA DE IPANEMA• (Tom Jobim) Por causa do amor A se ela soubesse que quando ela passa O mundo inteirinho se enche de graça E fica mais lindo Por causa do amor
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•SEMANA QUATRO•
O PARAÍSO PODE SER RESUMIDO EM OLHOS CASTANHOS.
Esse foi o primeiro pensamento de Lana, ao ver os olhos hipnotizantes do Bellingham a admirar atentamente.
A expressão de alívio e tensão no rosto angelical ao mesmo tempo, revelavam o quão nervoso estava, mesmo sem querer revelar isso a Miller. Uma de suas grandes mãos agarrava fortemente a maçaneta da porta, tentando descontar o misto de sentimentos que borbulhavam em seu corpo, enquanto sua boca se mantinha entreaberta ao observar a latina inquieta a sua frente.
ㅡ Deslumbrante ㅡ foi a única palavra que ousou sair dos lábios desenhados de Jobe. ㅡ Esse seria um ótimo adjetivo para te descrever no momento.
De diferentes formas e ângulos, Lana tinha uma beleza divina aos olhos do futebolista, ele sempre a observava como um ser inalcançável, que por ironia do destino estava ao seu lado, mesmo que seja por mentira temporariamente.
Ela usava roupas casuais, onde ficavam responsáveis por destacar seu corpo de modo que não a fazia sair de sua zona de conforto, os cabelos estavam definidos como se estivesse passado horas a frente do espelho os arrumando, assim como sua pele realçada por uma maquiagem leve, também deveria levar em conta a pequena sobremesa que carregava com todo cuidado em suas mãos delicadas.
ㅡ Qual é, Jobe ㅡ falou revirando os olhos acastanhados, em uma tentativa falha de disfarçar a timidez insistente que se instaurava em seu corpo. ㅡ Sou só eu, sem cerimônias, por favor.
Ele sorriu perante o comentário da jovem e da expressão fixa em seu rosto. A garota não tinha uma coragem inestimável de estar ali, e tampouco vontade de lidar com um jantar de família, no qual seria a nora intrusa da noite.
O Bellingham se abaixa levemente, mantendo sua face e o rosto esbelto de Lana a torturantes milímetros de distância. Impaciente, logo seus lábios fizeram questão de tocar delicadamente os da Miller, dessa vez a desculpa do futebolista foi o fato da garota estar muito nervosa, e esse pequeno ato seria o responsável por minimizar tal tensão.
Francamente, Jobe não cansa de tentar enganar a si mesmo, somente para satisfazer seus desejos sem se sentir um completo culpado libertino. Porém, Lana também não reclamaria, a brasileira gostava disso, ela amava os beijos e as desculpas esfarrapadas para tê-los.
Boa parte das pessoas beijam por beijar, sem sentir as reais sensações magníficas que essa simples ação pode gerar. Lana pensava que beijos fora da romantizada ficção, não passavam de contatos grotescos no qual envolviam diferentes lábios famintos.
