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#ContractOver

Sim, essa hashtag sobreviveu por DOIS FUCKING MESES!

Se você leu o título desse blog e resolveu abri-lo com todas as oitocentas tags do assunto, então você sabe que eu fui ao show dos meninos e sabe do que vou falar aqui. E, bem, se você ainda não sabe, me dê a mãozinha que a tia vai te explicar. Talvez eu precise dividir essa história em várias partes, mas é a vida.

Meu nome é Tessie, vivo na cidade de Oxford e sou fã da One Direction desde 2011. Ok, isso não é tão relevante, mas quero dar a vocês a ideia de como me senti na última semana. Vamos à lista:

             — OT5;

             — Fã da banda há onze anos;

             — Stan dos cinco meninos no tempo de hiato;

             — Shipper assídua e descontrolada.

Essa é minha situação.

Não publico blogs como uma alucinada — apesar de ser —, mas eu precisei ressurgir das cinzas. Deixei a poeira baixar para desinibir meus pensamentos.

Aconteceu no início de agosto. Deixo o Twitter me notificar se o perfil oficial da 1D tweetar alguma coisa, algo que não pensamos que aconteceria na época. Quem imaginaria? Deixo as notificações ligadas pela simples paz de espírito, afinal!

Eu estava saindo do trabalho quando meu celular vibrou e, estampado na tela, estava uma notificação sutil entre muitas outras. Era um tweet da 1D:

"Setembro de 2022, Wembley Stadium. Nos veremos lá."

E UMA MALDITA FOTO ANEXADA! DOS CINCO! UMA FOTO DOS CINCO, ATUALIZADA!

(Ok, calma)

Cocei os olhos, olhei para a tela fixamente como se alguém tivesse xingado minha mãe. Era impressão minha ou... reunião?

A notícia se alastrou em minutos por toda a Internet. Era verdade.

Como uma legítima directioner, me pus a fazer fiasco em cada rede social que encontrei pela frente. O primeiro a postar algo sobre nos stories do Instagram foi o Louis; eu sempre suspeitei. Como sabem, ele repostou a foto nos curtas da rede social, e logo os outros se pronunciaram. Até mesmo o Zayn, a pessoa mais turista da Internet INTEIRA, apareceu para confirmar.

No dia seguinte, foi divulgada a data exata do show, o que nos deixou com mais incredulidade. Aconteceria no dia 28 de setembro.

É óbvio que uma boa parte do fandom caiu duro ao ver isso. Para alguns era "ah, tudo bem, setembro", mas para nós era mais do tipo "ai-meu-Deus... o aniversário".

Claro que vocês sabem o que isso quer dizer.

ENFIM (suspiro), podia ser só uma coincidência ou até mesmo uma estratégia para aumentar o público no dia do show, mas isso não importava tanto para mim naquela hora. Não moro tão longe de Londres, então me aprontei assim que os ingressos começaram a ser vendidos. Foi um dilema gastar uma parcela gigantesca do meu salário suado para um único evento, mas sejamos sinceros: uma banda em "pausa" por seis anos não ressurge todo dia. É claro que comprei o ingresso (somente um, ainda sou pobre).

Esse é o... ato dois, talvez? Pouco importa! Preciso de uma ramificação única para o que aconteceu nos dias após o anúncio.

Cerca de três dias depois, acordei e fui checar o Twitter antes de me levantar. Fiquei pasma ao ver que a hashtag "#ContractOver" estava nos trending topics, pois quando cliquei, tive certeza de que era sobre uma antiga e assustadora obsessão que eu possuía no passado: OTPs.

Desde 2011, não tenho medo de falar que sou uma Larry shipper — e cheguei a ser uma daquelas "dark larries" extremamente detetives na época. Em 2014, me determinei a investigar o caso Ziam, pois percebi que, do mesmo jeito que Larry Stylinson era escancarado e suspeito em fatos que não se encaixavam, Ziam Mayne também se demonstrou ser, principalmente em 2013.

No final, terminei com dois ships incríveis.

Por isso, no momento em que cliquei na hashtag, senti meu coração travar dentro do peito. Aquele maldito contrato da 1D com a Syco e companhia limitada, tinha, na nossa opinião, ferrado com a vida e relacionamento dos meninos, e o contrato expirar era, tipo, o nosso maior sonho!

Infelizmente, a hashtag era só uma teoria de que o acordo entre a gestão e a banda havia terminado, mas nada tinha uma real confirmação. Não querendo me iludir pra valer, apenas me juntei às parceiras da rede social e imaginamos como seria se a reunião viesse junto com a revelação de que ao menos Larry fosse real.

Não. Seria bom demais para ser verdade. Vamos impor limites.

"#ContractOver" tomou ainda mais força depois que os stories foram sendo postados. Harry deve ter visto o circo pegar fogo quando, em um de seus stories, postou:

"I'd still catch a grenade 4 u"

E o Louis, atrevido como é, postou uma selfie nos stories com um sorriso bobo e a mão sobre o peito. Apresento a vocês, senhoras e senhores, um sinal tão claro quanto o dia. Foi o mais significativo.

Finalmente o dia do show chegou. Compreensível os fãs chegarem tão cedo que uma fila imensa se formou para que os melhores lugares fossem pegos — do or die — e consegui ficar num lugar bom. O estádio é imenso; além do palco principal com as telonas nas laterais, havia uma passarela comprida que ia do palco ao meio da multidão, como uma passarela de desfile. Claro que nenhum aconteceria, a não ser que dessem essa liberdade ao Harry.

Depois de horas e diversos goles na minha garrafa d'água, o Wembley já estava praticamente lotado. Barulho lá não faltava. "É um show grande, mas será que não é um surto coletivo?", ouvi uma garota argumentar ao lado. As directioners se tornaram tão paranoicas ao longo dos anos que acreditamos em todas as piores possibilidades em uma reunião. Foi do nada, não foram dadas muitas explicações. Eu só sabia que éramos todos fãs e apoiadores de verdade por estarmos esperando os meninos que deram um tempo de seis anos (não dezoito meses).

Assim, a noite chegou e eu já falava com as pessoas ao meu redor, criava teorias com elas. À medida que fantasiamos os acontecimentos, meu coração acelerou ainda mais. Queria comer alguma coisa, mas o show estava quase começando. Por volta das sete da noite, as luzes do estádio se apagaram. O silêncio perdurou por muitos metros. Nem a passarela próxima de mim se iluminava mais. Após alguns segundos, batidas frequentes nos auto falantes chamaram nossa atenção, e luzes vermelhas piscavam em sincronia no palco. Nos telões, apareciam flashes momentâneos dos cinco garotos na época do X Factor, nervosos, bem novinhos. Depois que isso terminou, o estádio ficou escuro de novo e o silêncio voltou.

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