Die Slowly

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Clarke ficou um longo tempo sobre o baú, perdeu suas anotações pessoais de anos de pesquisas, e seus itens mágicos, sentia-se quebrada no meio, fechou seus olhos e pediu perdão para Lexa algumas vezes, odiando a ideia de se atrasar para o reencontro, se culpava constantemente por sua morte e essa sensação piorou gradativamente conforme o tempo passava

Roan bateu na porta três vezes antes de abrir, ela apenas teve tempo de fechar o baú e se levantar, secando rapidamente as lágrimas.

Com licença — o irmão entrou devagar, alguns passos cuidadosos enquanto buscava algo em seu bolso, puxando um pequeno papel e franzindo as sobrancelhas ao se aproximar da mesa — Você estava chorando?

Não — ela negou piscando os olhos para afastar novas lágrimas

Eu ainda sou seu irmão sabe.. se você precisar, eu estou aqui e pode contar comigo — tentou ser gentil

Trouxe o que eu pedi? — abriu a mão e aguardou, ignorando a oferta dele. A verdade era mais fria que isso: Clarke não conseguia se abrir com ninguém, seu coração fechou-se ao pouco quando Roan se foi, e petrificou totalmente quando Lexa se foi, ela guardava sua dor todos os dias para chorar e descarregar no colo da garota que mais amava quando ela retornasse da morte

Ele entregou o papel com uma localização, a observando ainda preocupado

Não é uma informação concreta.. talvez não esteja lá, eu posso ir procurar mas antes precisava lhe avisar

Clarke leu o nome do local, Azkaban, suspirou e sentiu sua faisca de esperança brilhar um pouco, observou a parede enquanto pensava se ia ou mandava ele, o local não era fácil e se a varinha estivesse em mãos erradas, era perigoso demais

Vamos juntos.

Dito e feito, com a autorização do Lorde das Trevas, os irmãos Griffin aparataram até a prisão de Azkaban.

Voldemort tinha um acordo com Clarke, ele ficaria com tudo que ela encontrou depois que ela os usasse, ele sabia que isso não iria funcionar, o seu acordo foi uma trapaça e seu voto perpétuo não garantia a volta de ninguém, apenas a tentativa, apesar de tudo ele não acreditava nela, nem por um segundo, não a respeito desse objetivo, mas confiava que ela seguiria seu caminho de dor e destruição, Voldemort ia além, ele treinava Clarke para diversos objetivos secretos, e o principal dele nunca foi imaginado por ninguém. A garota possuía facilidade com magia, aprendeu tudo muito rápido, claramente era uma das raras bruxas com poderes ancestrais, isso tornou-a sua escolha pessoal

Preciso fazer uma busca — Roan conversou com o guarda chefe da prisão, Clarke permaneceu um passo atrás dele, vestindo seu capuz, ansiando por sua última relíquia, sua prioridade no momento.

O guarda permitiu, era só mais um subordinado de Voldemort. Roan andou na frente, sendo seguido, passaram por celas e prisioneiros, a maioria deles eram silenciosos, alguns falavam sozinhos

Hey garotinha — um homem sorriu para Clarke, a encarando de cima a baixo

Avada Kedavra — seu irmão lançou o feitiço no prisioneiro, o raio verde saltou de sua varinha, atingindo o alvo e causando sua morte instantânea. Avada Kedavra: a maldição da morte.

Clarke tomou um leve susto com o feitiço poderoso repentino, o encarando confusa — Por que fez isso?

Diversão — sorriu de canto e suspirou. Eles usavam suas próprias varinhas para localizar a relíquia

Voto Perpétuo - ClexaOnde histórias criam vida. Descubra agora