Após esses contra tempos, o sentimento nunca mudou, mas tentei seguir em frente, já que ele não me dava esperanças. Então, fui para o Ensino Médio, eu e meus amigos logicamente nos separamos, menos a Helena, ela foi para o mesmo que eu, só que de turnos diferentes, mas ficamos em contato e nos atualizando de tudo que ocorria no novo colegio de cada um. Depois de uns meses estudando, entrou um garoto em minha sala, claro que achei ele "bonitinho", mas não era como o Gustavo. Então começamos a conversar, e com o tempo ele se aproximou bastante de mim, até que um dia..
-Victória! - Disse Pedro
-Oi- virei pra ele
-Já tem um tempo que venho pensando nisso e não quero guardar só pra mim- Afirmou
-Pode dizer- eu disse isso já sabendo a resposta dele.
- Então...já tem um tempo que somos amigos, e nisso, sinto que tô meio que..sei lá.- disse envergonhado
- Meio que...- fingir demência
- Meio que tô apaixonado por você, é queria saber se é recíproco.
Fiquei um tempo sem dizer nada, porque eu sabia da minha resposta, mas não queria magoar ele.
-Então Pedro..meio que eu já tinha percebido algumas coisas, ou no caso a sua mudança se referindo a mim. Mas sabe...eu gosto de você, gosto bastante, mas como amigo, e eu tô gostando de outra pessoa, sei que é um pouco complicado, mas não quero lhe magoar.
- O problema é que eu já tinha essa certeza de que não era recíproco, mas eu não posso te ter como uma simples amiga. Victória perto de você eu me sinto em carne e osso.
- Me desculpa Pedro.
- Não precisa se desculpar, você não fez nada, eu te peguei de surpresa, e tipo..eu já sabia que essa seria sua resposta.
- Mas a gente continua amigos? Perguntei.
- Eu não posso ficar reprimindo um sentimento que só cresce, enquanto o seu cresce por outra pessoa, mas não vou mudar com você.
- Tá bom. Terminei.
Fomos embora e em seguida coloquei meu fone e fiquei escutando música, mas me sentido horrível por aquilo que aconteceu. Não queria magoar ele, mas não podia ficar com ele, sendo que eu não sentia absolutamente nada por ele.
Ficou um clima estranho entre a gente, mas a gente se falava, pois estudávamos juntos, então tentei fazer ele se achegar comigo novamente. Puxava assuntos etc, mas ele nunca correspondia como antes, até que um dia ele me chamou para ir andar depois que acabasse a aula.
O clima estranho continua.
- Então Victória, eu andei pensando.. lembra que você já me falou de alguns amigos seus, mas tinha dois que você mais falava? Só que um era seu melhor amigo e outro vc nunca deu muita características de o que ele realmente era pra você. Perguntou
-Sim eu me lembro.
- Era o Luan e o Gustavo.
-Sei. Afirmei para ele.
- O Gustavo era de quem você nunca falava muito, e como o Luan namora a Adriane, então não tem como você gostar dele, a conclusão que eu cheguei é de que você possa estar gostando desse Gustavo aí.
Fiquei sem falar nada, pois ele não estava errado, era ele mesmo, mas eu não podia falar de uma vez, que era o Gustavo.
- Fala alguma coisa !! É ele, não é?
Tentei falar que sim e que não ao mesmo tempo.
-Unhum.- Prosseguir a isso.
Até que ele não escutou direito a resposta.
- Era isso a sua pergunta?
-Sim, mas você não me deu uma resposta concreta..
- É ele, o Gustavo.
- Sabia que era, mas não vou insistir a isso, eu tinha até falando de você pro meu tio.
Eita como é iludido - pensei
-Desculpa de novo por não corresponder a você em questão disso.
Fui embora pra casa novamente. Mandei mensagem no meu grupo de amigos e contei todo o ocorrido. No dia seguinte íamos nos encontrar, nós quatro.
-Então gente? O que vocês acham que eu faço a respeito do Pedro? Direcionei a eles
-Basicamente você não gosta dele e pronto, fala logo de uma vez, ao invés de ficar enrolando o menino Vick.- Disse Laura
-Não tô enrolando ele, mas é que é difícil falar a verdade pra ele, ele meio que já sabe, porém é ruim não ser correspondido.- Terminei
-Faz o que você achar melhor Vick.- Helena termina.
Mudamos de assunto logo em seguida.
No outro dia, fui para o colégio e mandei a real para o Pedro
-Então, odeio ter que fazer isso, mas é preciso. Já que você não quer mais ser meu amigo, então o mínimo que podemos fazer é parar de nos falar, e fingir que nunca existimos na vida do outro. Isso é muito ruim pra mim, porque você é meu amigo, mas não quero que você se reprima a um sentimento que não é recíproco. Falei
-Eu aceito isso. Ele terminou.
-Então beleza!. Afirmei.
Então assim foi feito, literalmente esquecemos um do outro, ou tentamos. Dias depois ele me bloqueou em todas as plataformas que nos comunicavamos, e nunca mais nos falamos. Até que não foi tão ruim, sinto que saiu um peso de cima de mim, mas também serviu de lição para nunca mais me envolver com nenhum garoto- isso foi o que eu pensei e o que eu queria, mas o que aconteceu, foi diferente.
Mesmo o sentimento permanecendo para o Gustavo, teve um certo dia em que eu pensei em nunca mais sentir nada por ele. Mas eu não mando nas coisas que acontecem, então, em um certo dia, estava voltando do meu ensaio do ministério e ele pegou o ônibus em que justamente eu estava.
Ele entrou e logo me viu.
-Oii Vick!! Gustavo se dirige a mim.
-Oii. Retorno para ele.
-Eai porque tá voltando esse horário pra casa hein?
-Eu tava nos ensaios do ministério
-Ah sim, e como vai a vida? Pergunta ele.
-Vai bem, eu acho, e as novidades? (Sério Victória?você perguntou de um garoto as novidades????)
Ele sorriu- Nenhuma.
Assim foi indo a conversa sem rumo, logo eu que quando via ele ficava toda nervosa.
Até que por um momento paramos de conversar e fiquei olhando para fora da janela, aquela mata com a lua e as estrelas iluminando a noite..quando derrepente fica tocando Coldplay no rádio e com chuva..
-Ei Vick! Ele toca em mim
Eu olho para ele e não digo nada, só dou um sorriso de canto.
-Tá apaixonada né? tá chovendo, tocando Coldplay no rádio e tá olhando pro céu cara, não vai chorar aí.
-Claro que não né, só tá passando uma vibe legalzinha. Ele rir, dar uns minutos e em seguida..
-Vick?
-Sim. Olho para ele e percebo o quão lindo ele é, e fico olhando sem parar, para os belos olhos castanhos dele. E juro, isso foi recíproco naquele momento.
Não havia assunto por uns dez segundos em que ele me chamou, pois sentir-me como que a lua estivesse virado a sua luz apenas para nós dois e todo o resto tinha sumido ao redor, mas caímos na real em que não estava só nos dois naquele lugar.
-É--é--vc quer ouvir música? Ele pergunta para mim.
MEU DEUS!!! É ISSO QUE EU OUVI??? ELE VAI DIVIDIR O FONE DELE COMIGO???- Pensei.
-Aah sim--sim, quero sim.
-Pega.- ele diz entregando o outro lado do fone para mim.
E no momento toca "Quando bate aquela saudade" do Rubel, e quando chegava no refrão eu ficava tipo "SERÁ QUE ELE USOU MÚSICA COMO INDIRETA? HEHE" pode ser que sim e que não, eu jamais saberei, mas a química que ocorreu naquele momento, nossa, foi coisa de outro mundo.Até que acaba a música.
-Você gosta de música clássica?. Ele me pergunta.
-Gosto!. Afirmo sem lembrar o que é música clássica.
-Eu separei uma playlist aqui, ver se você gosta de alguma. Ele me entrega o celular dele, e eu só gritava por dentro.(como é iludida)
Pego o celular e vou subindo o dedo, até que não encontro nenhuma que gosto. Obs: não gosto de música clássica.
-Acho q você vai gostar dessa aqui. Ele coloca uma cujo a vibe é tão boa que dar até vontade de ficar em uma varanda no meio da chuva. E assim fomos ouvindo, até chegar o momento de eu descer, pois eu descia primeiro que ele. Entrego o fone e me levanto.
-Tchau Gustavo, até mais!- balanço a mão em referência de me despedir.
-Até mais Vick. Ele me dar um abraço e eu fico toda envergonhada.
Daí é um ano para nós vermos de novo, porque é raro o reencontro de nós dois.
Chego em casa e passo a noite toda pensando nisso, principalmente no fone, ainda não acredito que ele dividiu o fone comigo. E logo quando eu já tinha desistido de gostar dele, a praga aparece de novo na minha vida.
Então na minha mente eu já sabia e tinha a certeza de que eu queria que fosse ele pra mim.
Alguns dias após tudo isso, a irmã dele ia dar uma grande festa, pois ela estava se casando e obviamente teria que comemorar o momento. Ia ser em uma praia e eu cheguei um dia antes do casamento, todos nós amigos, dormimos em quartos que tinham na pousada, mas chegou a hora do jantar então a mãe deles chamaram nós. Todos descemos e o Gustavo já tinha pego o seu prato e já estava sentado comendo, derrepente eu passo pela frente dele pra pegar água e estava justamente na mesa em que ele ficava sentado (será o destino?) Até que..
-Hey Vick, Oii!! Se direcionou a mim
-Oii!
- Faz tempo que você chegou? Pergunta ele.
-Não, cheguei agora pouco com a Melissa.
- Ah sim! Ele termina.
Então fico olhando para ele por um instante, e percebo algo diferente.
-Caraca, não acredito que tu colocou aparelho Gustavo.
-Cara, sim, coloquei! Ficou estranho né? Ele pergunta.
-Não, tá legal! Eu afirmo sorrindo
-Aí, você tem onde sentar? Ele pergunta.
-Não, tô comendo ali em pé com as meninas.
-Ah ta, vem sentar aqui comigo!
-Tá bom. Termino, e juro que não estava gritando por dentro.
-Então Vick, como tá seus pais? Ele pergunta.
- Estão bem, obrigada!
-Cara, nem acredito que a Eduarda vai casar, um dia desses eu conheci ela e nem namorava. Digo para ele
-Sim, nem eu acredito que ela vai sair lá de casa, mas que bom que ela tá feliz. Ele termina.
-Sim. Acaba a conversa.
Subimos para nossos quartos e fomos dormir, acordamos cedo para preparar tudo pro casamento dela. Chega a hora em que algumas pessoas vão chegando e vou me arrumar, estava com um vestido rosa claro, bem delicado e uma maquiagem clara também. Então chega o momento da cerimônia e advinha quem estava dirigindo o som?! Sim, o Gustavo. Estava tão belo naquele canto, e o que mais me deixa confusa é que ao mesmo tempo que ele demonstra alguma coisa, ele não demonstra nada. Mas ok, ele sempre olhava para mim e disfarçava, até que isso ficou muito nítido e dava de perceber que era descontroladamente essas olhadas. Então nossos amigos estavam tirando foto com os noivos, eu e ele estávamos no canto tendo uma conversa bem aleatória.
-Você tá linda. Ele se dirige a mim.
- Obrigada! Dou um sorriso.
-Então Gustavo, não pensa em pintar teu cabelo de loiro de novo não? Pergunto para ele. (o cabelo dele estava loiro, mas era bem pouco)
-Não mesmo! Ele responde.
- Ah sim! Dou um sorriso.
-E você? Porque não pinta de novo?
-Tô pensando nisso, dar muito trabalho também. Afirmo para ele
- Mas fica muito bonito em você, combina contigo Vick! Ele diz pra mim.
Dou um sorriso - obrigada!
Vamos tomar café, pois é de manhã cedo, vou para uma mesa com outras três amigas e que são mais velhas que eu, vejo ele passar, ele olha para mim e dar um sorriso.
- Posso sentar aqui com vocês? Ele pergunta.
-Não! Não pode! Respondo para ele, fingindo falar verdade.
-Ah, tá bom, vejo outra mesa. Ele diz e vai saindo.
-Eeii Gustavo, é brincadeira, pode se sentar! Fico rindo dele.
Até que por um momento ele sai e vai pegar mais uma xícara de café pra ele, e eu comento com a Paula q tava na minha direita.
-Queria mais um pão de queijo!
-Vai lá pegar pra ti. Ela rir
-Eu não, sou tímida!
Então o Gustavo volta e quase senta na cadeira, até que..
- Ei Gustavo, pega um pão de queijo pra Vick, ela tá com vergonha de ir pegar. Paula diz pro Gustavo.
-Ta bom, você quer Vick? Ele me pergunta.
-Não não, não precisa!
- Ah, você quer o meu? Ele pergunta.
-Não, obrigada! Agradeço e ele se senta de novo.
-Mas você tem certeza que não quer o meu? Eu pego outro. Ele pergunta novamente.
-Não quero, relaxa. Vai comer em paz. Eu termino.
- Então tá bom.
Acabamos o café e subimos até a varanda que tinha um balanço lindo pra tirar foto, os noivos estavam juntos da gente, até que por um instante a Eduarda e o Vitor estavam no balanço tirando foto e eles logicamente já shipavam eu e o Gustavo, então o Vitor falou no ouvido dela alguma coisa, ela balançou a cabeça e imediatamente me chamaram pra sentar no balanço e eles iam ficar em pé, pra nós tirar foto, e nisso o Gustavo não tirava o olho de mim, já estava com muita vergonha de ele ficar me encarando a minutos. Até que quando tiraram algumas fotos, chamaram o Gustavo pra se sentar ao meu lado, ele escancarou um sorriso e se sentou junto de mim, não posso negar que naquele momento meu coração deu mil e uma aceleradas, até que eu saí do balanço e ele continuou tirando foto com a irmã dele e o cunhado como eu já tinha tirado foto com meus cunhados né hehe, não precisava tirar mais. Depois trocamos de roupas e fomos banhar na água da praia, enquanto eu conversava com a Melissa, ele me olhava, aí eu tinha a certeza de que ele sentia algo por mim. Logo após isso, fomos embora, enquanto eu estava sentada no ônibus chega uma mensagem inesperada, justamente dele, que dizia:
Gustavo: Aaah, a gente não tirou nenhuma foto, só nos dois.
Eu: Simm, verdade, mas também nem deu, eu tava com as meninas o tempo inteiro.
Gustavo: Verdade, mas então na próxima a gente tira.
Eu: Certo.
Chego em casa e vou correndo contar tudo pra Bianca, minha prima. Ela nem acredita quando contei, mas ficou muito feliz, porém não perco as esperanças, mas agora eu quero continuar com isso a respeito dele e de mais ninguém.
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Desde aquele tempo ainda sinto o mesmo Você
RomanceSerá isto, um romance entre amigos que escondem seus sentimentos? Gustavo um garoto tímido e reservado, Victória uma viajante em pensamentos contínuos e apaixonada por romantismo, prestes a descobrir sua paixão em uma só pessoa. Friends to Lovers? "...