° Capítulo 8 °

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Oi novamente seus gays.
Trouxe um capítulo, digamos que bônus, mas sem ser bônus... Entenderam? Nem eu.
Espero que gostem.

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Cartas;
                                      
Oque o luto pode causar em uma pessoa?
                                                                      
Me perguntava isso toda vez que me olhava no espelho. Não me reconhecia mais, o meu brilho, a alegria que sentia antes sumiram em um piscar de olhos, quando dei por mim já estava quebrando as coisas dentro de casa. Eu virei outra pessoa, não alguém que a sociedade consideraria "normal", aliás, quem consideraria um ser que fala com seu outro "eu", tende a agir por impulsividade, tem surtos de raiva e ansiedade constantemente, normal? Ridículo!
Eu sou ridícula.
Ridiculamente apaixonada por você.
Pode não entender, na maioria das vezes, as minhas ações ou atitudes, mas queria que soubesse que todas elas, de ponta em ponta, são porque eu te amo.
Quando amamos, fazemos coisas pelos quais nunca faríamos por outras pessoas. E eu Emily, eu te amo tanto.
Eu pularia de um carro em movimento por você.
Se precisasse de um transplante de órgão, eu seria a primeira da lista a doar.
Eu escutaria a música mas horrivel do mundo, mas se fosse a sua favorita, escutaria todos os dias.
Eu Adotaria um gato por você, mesmo sendo alérgica a pelos.
Eu atiraria por você.
Eu mataria por você.
Tudo por você, e somente para você.
Por que a única coisa que me motiva a acordar todos os dias...
É você.

Ass: Luiza Mancini Lewis

                                                                

Pov Luiza

Cheguei em casa a pouco tempo, aquela escola suga toda a minha energia fisica e espiritual. Caminho descalça sobre o piso aveludado. Sou professora, não ganho lá aquelas coisas, mas é um bom salário para sustentar a mim e mais duas pessoas.
Adentro a cozinha, estava do jeito que eu gosto, intacta. Deve ser por que eu não cozinho. Pego uma xícara e me sirvo um café.

- Cruzes - faço uma careta ao provar, estava amargo - Isso aqui está mais amargo que erva daninha.

- Ora, não se xingue - e lá vamos nós de novo. Reviro os olhos

- Cale a boca, ninguém te chamou aqui, aliás, ninguém sente a sua falta. - fui em direção a geladeira abrindo-a.

- Deve ser porque a única que me vê é você, inteligência - Essa mulher só pode estar tirando uma com a minha cara!

- Eu sou muito inteligente, sou professora - fecho a porta a encarando - Lembra?

- Tão inteligente que procura açúcar na geladeira - cruza os braços.

Não sei porque ela ainda aparece. Quem vê de fora, apenas me acharia uma doida conversando sozinha. Mas eu a vejo, ela é real.

- Claro que sou real. Estou na sua cabeça, eu faço parte de você Luiza.

- A deixe em paz, Lewis.

Pronto, mais uma para o combo ficar completo.

- Não seja certinha de mais Mancini, vá embora e nos deixe, aliás, vai chupar uma buceta, vá - a outra faltou virar um pimentão.

- Olhe a boca! Não ligue pra ela meu anjo - veio em minha direção - Como foi hoje? - perguntou em um tom carinhoso.

- Foi ótimo. - digo sorridente.

Obsessed With You [ Em Pausa ]Onde histórias criam vida. Descubra agora