XIII | the end of act two

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Warnings :

esse vai ser o capítulo final do ato dois!
•pânico aconteceu ás vezes quando não tem perigo eminente
•crise de pânico
•briga detalhada
•abuso físico
•abuso verbal

Narrador

Quackity sentiu raiva, uma raiva de seu próprio namorado, não só pelo fato que ele tinha manipulado tudo para que isso o beneficiasse, como também escondeu isso dele. Sempre com desculpas como: "aquele médico era louco, ele veio para cima de mim e eu não quero nem lembrar", "pra que lembrar dessas coisas? Ele é passado"

—Quackity—disse Schlatt baixinho, fazendo o menor se virar imediatamente, assustado e com os olhos arregalados

Alex parecia chocado e assustado. Também parecia enfurecido. Suas bochechas cintilavam em cor febril, mas havia placas brancas abaixo das pálpebras que pareciam um segundo par de olhos

E o cigarro ainda estava pendurado em sua boca, agora em um ângulo ligeiramente para cima. O cigarro! Apenas de olhar para ele já fazia a fúria cega tomar conta de Schlatt de novo. Levemente, no fundo da mente, ele se lembrou de Quackity dizendo uma coisa para ele uma noite do nada, falando com a voz fria e indiferente: "um dia você vai me matar Schlatt, você sabe disso? Um dia vai longe de mais e esse vai ser o fim. Você vai surtar"

Ele respondeu: "faça as coisas do meu jeito, Quack, e esse dia nunca vai chegar"

Agora, antes da fúria bloquear tudo, ele se perguntou se esse dia não tinha finalmente chegado

O cigarro. A ligação e a expressão estranha no rosto dele não importavam. Schlatt resolveria a questão do cigarro. Depois ele o comeria. E depois conversariam sobre o resto

—Schlatt, Schlatt precisamos..—mas foi interrompido pelo outro

—você esta fumando—disse ele. Sua voz parecia vir de longe, como por um rádio de boa qualidade— parece que esqueceu Quackity, onde estava escondendo?

—olha eu vou apagar—Quackity disse, ele foi para o banheiro e jogou o pequeno objeto no vaso sanitário

Havia uma tira larga de couro preto pendurada em um gancho por dentro da porta do armário. Não havia fivela nela, Schlatt havia retirado tempos atrás. A ponta onde deveria ser a fivela ficava dobrada, formando um buraco onde o maior encaixava a sua mão

Assim, ele girou a ponta solta do cinto uma vez e apertou o aro. Em seguida fechou a mão sobre o cinto. A sensação era boa. Fazia com que ele se sentisse adulto, no controle de tudo

Quackity voltou do banheiro, mal reparando na tira larga de couro na mão do parceiro

—Schlatt era um amigo, só um amigo. E eu preciso f..

—cala a boca, é isso que precisa fazer. Só cala a boca!

Mas o medo que ele queria ver, o medo dele, não estava no rosto do menor. Havia raiva, fúria e uma seriedade. Era como se Quackity não visse o cinto, não visse Schlatt, o maior sentiu uma pontada de desconforto. Será que ele estava ali? Era uma pergunta estúpida, mas será que estava?

Essa pergunta era tão terrível e tão básica que por um momento ele se sentiu em perigo de se soltar completamente da raiz de si mesmo e sair flutuando. Mas estava ali, era Schlatt, e se aquela "piranha" não se aprumasse nos próximos trinta segundos ou menos ia parecer que foi empurrada de um vagão em velocidade por um fiscal de trem

—tenho que te dar uma surra— disse o maior— me desculpa por isso Quackity

—abaixa essa coisa—disse Alex—temos que conversar sobre o acidente do hospital..

CAR ACCIDENT - TNT DUOOnde histórias criam vida. Descubra agora