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Corri até uma mesa cheia de salgadinhos e outras comidas pra falar com Patrick, que estava conversando com alguém que eu não conhecia.

— Ei, Patrick! — O chamei com um sorriso.

Ele parou se conversar e me olhou de forma séria.

— Oi. — Disse seco, logo voltando a falar com a outra pessoa.

Esperei eles terminarem de conversar, afinal, não iria interromper o assunto. É falta de educação.

Quando a outra pessoa resolveu ir dançar, Patrick tentou sair da mesa também, mas eu segurei sua mão levemente, apenas para chamar sua atenção.

— Posso conversar com você? — Puxei minha mão de volta e cruzei os braços.

— Não vejo motivo pra ter uma conversa com você. — Disse com indiferença.

E, posso confessar, aquilo me magoou demais.

— Por que tá bravo comigo? — Fui direta.

Ele revirou os olhos e se apoiou na mesa, impaciente pra sair dali logo.

— Não estou. Nós nem conversamos.

— Trocávamos poucas palavras, agora você nem me cumprimenta mais. — Insisti no assunto.

O garoto desviou o olhar e bufou.

— Você não é assim, Milena. Namorada do Alex, sério? Aquele babaca? — Despejou as palavras pra cima da mim — Eu pensava que você era uma garota legal, se duvidar, a mais legal do lado Torre. Mas eu acho que estava enganado...

— Você simplesmente deduziu que não sou uma boa pessoa só porque eu namoro o Alex? — Questionei incrédula.

— Sim? Isso significa que você é igual a ele.

— Não, não significa. — Dei um passo pra mais perto dele.

— Bom, é isso que eu penso. — Ergueu as mãos em redenção e se desencostou da mesa — Mas por que tanto saber a minha opinião? Não somos amigos. Faz o que você quiser, eu hein.

E, assim, o mesmo saiu de perto de mim e andou até Julieta, que estava falando com seus avós.

Levantei minha mão e enxuguei com força as lágrimas que desciam em meu rosto. Abri minha bolsa e peguei meu espelho, vendo se havia borrado a maquiagem e agradeci aos céus quando vi que permanecia intacta.

Corri até a lanchonete do CEC, ao lado do ginasio, andei até uma mesa vazia e me sentei, apenas me afundando nas minhas mágoas.

Nem percebi quando as lágrimas voltaram a rolar no meu rosto, molhando minhas bochechas com o sentimento de rejeição do meu primeiro amor.

Apoiei meus braços na mesa e me debrucei neles, desejando ficar ali até que desse a hora de ir embora.

A festa havia perdido toda a graça.

— Gomes! Te achei finalmente. — Reconheci a voz de Alex se aproximando, mesmo que eu não estivesse o vendo. — Você viu? Viu? A Lívia tá com ciúmes da gente! O que é estranho, já que ela namora...

Pude ouvir ele arrastando uma cadeira em frente ao lugar que estava sentada, do outro lado da mesa, então deduzi que ele havia sentado comigo.

Eu mereço...

— Hum... — Emiti um som com a boca, claramente desinteressada no que ele estava falando.

— E, depois o Téo chegou e começou com aquele drama de sempre. Chato demais. — Ele continuou tagarelando.

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⏰ Última atualização: Jul 22, 2023 ⏰

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𝗛𝗘𝗟𝗣 𝗠𝗘?' alex ferrariOnde histórias criam vida. Descubra agora