Capítulo 7

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3 dias depois...

Ganhei alta ontem de manhã, já fui obrigada a arrumar a casa toda, apesar das recomendações médicas para ficar de repouso, não é como se meu pai se importasse com isso de qualquer forma. Acho que não falei muito deles, bem, meu pai se chama André Falconi, ele é vendedor e conheceu minha mãe enquanto trabalhava, os dois se apaixonaram com o tempo e se casaram, com isso tiveram meu irmão, Adam Smith Falconi, 4 anos mais velho que eu, funcional traineer de uma acadêmica conhecida na região, ele tinha quatro anos quando nossa mãe morreu, ela morreu no meu parto, era uma gravidez de risco, mas ela quis continuar e até pediu para meu pai cuidar de mim caso algo acontecesse, e no fim aconteceu, eu nasci, apenas duas horas depois minha mãe faleceu, os médicos tentaram de tudo para estabilizar ela desde o fim do parto, mas não conseguiram...

Mas é com esses pensamentos que percebo que enfim acabei de limpar, a dor no meu corpo me obriga a sentar um pouco, é como se todos os meus músculos estivessem pegando fogo, dói muito... respiro o suficiente para ter coragem de levantar e ir me arrumar para a aula, esse será meu primeiro dia de aula desde que teve aquele... incidente, como as pessoas gostam de chamar.
Visto meu uniforme e verifico minha bolsa, todos os meus materiais estão em ordem, vai dar tudo certo... espero... Saio de casa e ando pela rua em direção à escola, algumas pessoas me cumprimentam, outras me olham com se apenas esperassem que eu começasse a gritar feito louca, algumas mais assustadas ainda davam alguns passos para trás. Entro na escola e ando pelos corredores de cabeça baixa, é aqui onde os maiores julgamentos ocorrem, ouço cochichos e risadinhas, quase corro para a sala de aula, não consigo ficar aqui sem minha ansiedade atacar. Evito todos que tentam se aproximar, é frustrante, parecia que todos riam de mim, quando em fim chego a sala, ando rápido para minha carteira e sento de cabeça baixa.

Meus pensamentos parecem gritar em minha mente, como uma caixa de som estourada, com o volumo no máximo. Pego meus fones de ouvido para tentar conter meus pensamentos, parecia que algo dentro de mim mudou, sinto isso desde a noite naquele hospital, mas não sei dizer exatamente o que é...

Levo um susto quando alguém bate com a mão na minha mesa, olho e vejo Luan me olhando com raiva, Sara e helena estão junto, uma de cada lado, compartilhando o mesmo tipo de olhar do líder do grupo. - O que vocês querem agora?! - Digo com uma raiva não comum minha. Minha mão parece coçar para eu dar um soco neles, mas minha parte racional sabe que seria suicídio... Sara revira os olhos com os braços cruzados de frente o peito. - A surtada 'tá com raiva? Que peninha~ - ela diz com um deboche de dar nojo, sua fala faz Luan rir.

- Vai arrumar algo para fazer, sua idiota! - eu cuspo as palavras com ódio, no fundo, parece que minha parte racional está sendo silenciada, acho que não seria tão ruim dar um soco neles... Quando helena ia dizer algo, a professora de química entra na sala mandando todos se sentarem. Eu olho para fora da janela, que fica do meu lado, ali tem um pequeno bosque e um parquinho velho que às vezes o fundamental 1 usa para se divertir, mas meu olhar é atraído pelas lindas flores que estão no bosque, não deixo de dar um pequeno sorriso ao vê-las.

A voz da professora me chama atenção, na verdade, está muito mais perto do que de costume, me viro para olhá-la e dou um pequeno grito ao quase cair da cadeira com o susto. Ela está do meu lado... Sem olhos, são apenas duas lacunas vazias que derramam sangue escuro, quase preto, sua pele do rosto meio apodrecida parece derreter na minha frente, sua mão esquelética vai até meu ombro enquanto recuo sem sucesso, quando aquela mão me encosto, uma alavanca é puxada na minha mente, minha professora está normal, é apenas a senhora Sandra ali, com olhos. Seu rosto preocupado me faz pensar sobre porque aquelas visões apareceram, meu rosto devia ser algo perto de pânico pelo jeito que a turma me olhava. A professora me levou para a enfermaria, com instruções de beber água para me acalmar e tomar um remédio. Acho que essa foi uma das experiências mais bizarras deste mês...

palavras: 755.

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⏰ Última atualização: Sep 30, 2023 ⏰

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