POV Becky
Depois de tantas tentativas frustradas em falar com Freen, a raiva me cegou e desliguei meu celular. Já que ela não estava interessada, ou se quer lembrando que eu existia, que estava se divertindo e muito pelo jeito, quem não queria mais falar com ela era eu. Naquele momento, pela cegueira dos ciúmes, pela raiva e pela falta de atenção em me atender ou responder minhas mensagens eu estava dando um fim em tudo que já tinha vivido e que pensava em viver com Freen. E aquele pensamento doía tanto, chegava a ser uma dor realmente física, meus pensamentos acelerados, meu coração parecia que ia sair do peito, uma sensação de infelicidade tão profunda que jamais havia sentido... nunca chorei tanto em minha vida.
Minha mãe veio dar uma boa noite logo depois que chegou do jantar com Yrin e logo que me viu tão devastada e chorando tanto que soluçava ficou preocupada e imediatamente quis saber o que tinha satisfeito, mas eu não quis contar apesar de tudo não iria revelar o real motivo, disse apenas que tinha brigado com Freen por um motivo nosso e que estava muito decepcionada, por isso estava naquele jeito... e tudo acabaria se acertando entre nós. Mal sabia ela do real motivo, porém naquele momento consegui agir melhor dessa forma. Minha mãe docemente pediu que eu descansasse e no outro dia tudo se resolvesse, deu um beijo na minha testa, deu boa noite e foi se recostar.
Eu afundei no meu travesseiro e chorei mais ainda, acho que aquela noite desejou com todo meu estoque de lágrimas, não sabia como seria minha vida sem ela, como seria meu trabalho sem ela, como seria respirar sem ela, não sabia viver sem ela ... Ali naquela noite em meus pensamentos mais tristes e profundos tomei a decisão... Não iria mais vê-la. E assim adormecendo sem ligar meu celular e sem querer saber nada que viesse de Freen.
Acordei com os olhos inchados de tanto ter chorado, não sei quantas horas consegui dormir, mas meu corpo parecia tão cansado e exausto que não tive coragem de levantar. Fiquei um tempo sem fim olhando para o teto de meu quarto, imóvel, sem reação, só tendo aquelas imagens novamente em minha mente e as lágrimas novamente a rolar em meu rosto... já era quase dia e minha mãe bati na porta de meu quarto enxuguei rapidamente minhas lágrimas, disfarçar ao máximo, ela disse que já tinha vindo outra vez mas não quis me lembrar, pois sentia que não tinha dormido bem por tudo que havia conversado com ela, mas já estava tarde e quase na hora do almoço, logo serviria o almoço para toda a família, meu pai e em casa e almoçaríamos todos juntos.
Dei bom dia a minha doce mãe e disse que estava com estômago ruim e só queria comer algo leve em meu quarto mesmo, que gostaria de descansar o quanto poderia, pois teria uma semana cheia de necessidades e estar bem, ela achava comigo e disse que traria algo leve para mim, dei muitos beijinhos nela por ser tão compreensiva e me ajudar em tudo que necessitava, apesar de tudo sentir todo amor nestes pequenos atos cotidianos.
Levantei fiz minha higiene pessoal, coloquei uma roupa confortável afinal não tinha nenhuma pretensão de sair naquele dia... comi no meu quarto, mesmo sem vontade e na vigilância de minha mãe, pois por mim mesma não comeria nada, tudo parecia amargo e sem sabor, tudo ao meu redor parecia cinza e sem tensão razão de ser. Tentei assistir um filme, mas não entendia nada, pois estava tão imersa em tantos pensamentos que não me concentrei em nada do filme. Tentei ler, mas sem concentração também. Yrin apareceu na minha casa, pois sabia que não estava bem e meu celular estava na caixa de mensagem, ficou preocupada e apareceu para saber como eu estava. Desabafei com ela, falei que depois de ter visto as imagens no restaurante, tentei falar com Freen e não havia conseguido e por fim também era eu que não queria mais saber de nada que tenha agradado, pois as imagens dizem tudo. Ela disse que eu tinha que conversar e ouvir Freen, pois nem sempre o que parece é, que por tudo que havíamos vivido até ali nosso relacionamento merecia isso de mim... porém era irredutível por mais que me doesse eu não queria mais vê-la, se quer conversar com ela. Tudo estava muito doido em mim e não me permitia pensar diferente. Minha amiga apenas disse que o meu ciúme estava fazendo ser totalmente cego e que Freen merecia sim a chance de falar tudo o que ocorreu, mas nem quis mais discutir com ela sobre isso e tratei de mudar de conversa, o que acabou deixando um clima estranho entre nós e logo ela disse que tinha que ir, pois tinha um compromisso que alguém da família no final da tarde. Se despediu de mim e disse que qualquer coisa a procurasse, eu agradeci e ela foi embora. Ela disse que eu tinha que conversar e ouvir Freen, pois nem sempre o que parece é, que por tudo que havíamos vivido até ali nosso relacionamento merecia isso de mim... porém era irredutível por mais que me doesse eu não queria mais vê-la, se quer conversar com ela. E assim passou o dia e fui dormir tão triste e profundamente infeliz como jamais tinha sentido em minha vida.
Teria uma semana cheia de compromissos e agradeci que a maioria seria sozinha sem a presença de Freen, e somente no fim da semana teríamos um evento juntas e até lá sufocaria essa dor em meu peito, só não sabia ainda como iria reagir diante dela. Precisava ligar meu celular, pois havia a necessidade de me comunicar com as outras pessoas, e não queria conversar com Freen, resolver bloquear seu número assim não seria incomodada. Não li nenhuma de suas mensagens, por mais que um lado meu quis muito, mas meu orgulho foi maior e deletei tudo no fim do dia, deixei tudo ali me deixou mais nervosa. E segui minha vida, a dor permanecia ali mas o mundo não parava pra saber de minha dor, as pessoas não sabiam o quanto estava destroçada por dentro, e o compromisso e responsabilidade precisavam ser cumpridos, por isso apesar de tudo dei o melhor de mim em todos os meus trabalhos e fui atencioso e gentil com todos que estavam ao meu redor, só bastava eu ali de machucada mesmo... mas chegou o fim da semana e eu não teria como evitar encontrar com Freen, sempre colocamos nosso trabalho acima de qualquer problema pessoal e não seria diferente naquele momento. Vê-la depois de tudo me fez sentir toda agonia naquele dia que via as imagens, meu peito ardia de dor, meus olhos marejaram, mas não podia chorar ali na frente dela nem de tantas pessoas que nada sabia e eu não tinha como justificar minha emoção do nada...queria sair dali correndo, mas não podia. Queria pedir a Freen mas ali não era hora nem lugar, e eu mesma tinha me prometido que não queria saber de nada, mas vê-la me fazia fraquejar, me fazia repensar, me fazia quer tê-la para mim novamente...
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Novos Rumos - FreenBecky
FanfictionDepois de tantos compromissos com a IDF, seus contratos chegam ao fim. Becky consegue concluir seus estudos e suas vidas tomam novos rumos...