Tudo pode piorar

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POV Freen

Aquele dia tentei retornar as ligações para Becky, mandei inúmeras mensagens, mas nada dela atender ou me responder. Já estava aflita com toda a situação e não podia falar com quem realmente me importava estava me matando, depois que alguns sites de fofoca publicaram minha vida realmente virou um inferno. Não sabia como agir, estava perdida com aquele tipo de situação, já tinha passado por muita fofoca com meu nome, muito hater em cima de mim, mas dessa forma foi algo difícil de digerir e saber agir, afinal não tinha mais uma IDF para mim dá assistência, por isso mesmo sendo de madrugada ainda liguei para meu agente e pedi ajuda quase suplicando, estava sozinha em outro país, Becky sem falar comigo, eu só chorava, mas atitudes precisavam ser tomadas... finalmente consegui parar de chorar e falar com meu agente, que me pediu calma e que iria analisar toda a situação para tomar medidas assertivas inicialmente, pois tudo havia acontecido em outro país e ele precisava saber como funcionavam as leis de combate às mídias sociais, uso de imagem sem autorização, como avaliar o dano moral e material, enfim entre tantos e muitos crimes cibernéticos que acontecem quando praticam esse tipo de ato. Um pouco de paciência era o que precisava ter naquele momento.

Logo o dia amanheceu e iríamos retornar a Bangkok e nosso voo seria no início da tarde, então teria a manhã para tentar dormir um pouco, se é que conseguiria, e arrumar minhas malas. Enquanto arrumava meus pertencer, Anny a produtora responsável entrou em contato comigo, ela demonstrou preocupação comigo, queria saber como eu estava, mas também queria compartilhar a aflição dela diante da repercussão antes mesmo da peça publicitária ser finalizada e lançada. Ela foi categórica com a irresponsabilidade e falta de profissionalismo da tal modelo, uma vez que os CEOS da companhia a qual estavam gravando a propaganda não gostaram nada do vínculo possível das nossas imagens divulgadas e as fofocas envolvidas com meu nome e dela, a ponto de estarem analisando se iriam ou não continuar com tudo que foi realizado até então... tudo sempre pode piorar.

Fiquei ainda mais tensa com tudo que Anny conversou comigo. E assim que terminamos liguei de imediato para meu agente solicitando rapidez no que poderia fazer... ele me atendeu e disse que tinha procurado o jurídico que nos prestava serviço e que já estava tomando as medidas necessárias para amenizar toda a situação. De fato, alguns sites retiraram as fotos e a tal modelo tinha dado uma entrevista logo cedo dizendo que foi apenas uma brincadeira de colegas de trabalho e que não era nada do que parecia, ela sabia da merda que tinha feito e ao menos estava tentando amenizar as consequências. Ela era bastante conhecida do meio então sabia que uma entrevista levando para outro lado ajudaria a virar outro tipo de assunto. Meu coração ainda estava angustiado, ia pegar o voo de volta e nada de falar com Becky,

POV Becky

Todos aqueles dias em que a Freen esteve ausente foram difíceis, apesar de ter muitos compromisso e minha agenda tirar quase todo tempo livre, não tê-la por perto me deixava num vazio, numa falta constante de algo, enchia meu peito de saudades e eu não via a hora dos dias passarem logo. Tentamos ao máximo conversar nos poucos minutos em que nossas agendas conciliavam, início e fim do dia, mas nem sempre conseguíamos e a saudade só aumentava... Passei todos os dias na casa de meus pais, estava aproveitando para matar as saudades de todos de forma mais cotidiana, além de ficar mais pertinho de Bonbon que adorava brincar e interagir sempre que podia. Apesar de todas as saudades de Freen, aqueles dias junto a minha família estava sendo bom, estar com eles carregava um pouco da minha energia, era muito amor envolvido, a cada modo, a cada tempo.

Na noite anterior a volta de Freen, sai para jantar com minha melhor amiga, a Yrin. Ela me cobrava a dias um jantar ao menos, e achei que poderia aproveitar este dia que minha agenda estava com folga e a noite saímos para comer Sushi. Colocamos nosso papo em dia, ela me contava tudo e eu também na medida do possível contava coisas da minha vida para ela. Yrin, sabia de mim e Freen então não tinha muito a esconder... Foi uma noite alegre e com muitas risadas, Yrin era divertida e alguns momentos dividíamos os mesmos neurônios nas brincadeiras e piadas. Ainda tentei fazer uma chamada de vídeo do restaurante, mas Freen não atendeu e pensei que estava ocupado e não poderia falar, acontece e tudo bem. Porém, quando estava esperando a conta para sairmos, vejo a Yrin olhando algo no celular e me olhando com um jeito esquisito e logo percebi, perguntei o que tinha visto e ela ficou gaguejando e eu pedi que me mostrasse a que tinha feito para estar com aquela cara... então me mostrou seu celular. E o que vi me fez sentir como se tivesse levado uma fachada no peito, a dor física que senti ao ver aquela foto foi algo que nunca tinha sentido na minha vida, eu não sabia se chorava, se gritava, fiquei sem reação inicialmente... só queria sair dali e poder chorar livremente, pois era somente isso que me restava no momento. Ao chegar em casa tentei falar com Freen várias vezes, liguei, mandei mensagens, queria ouvir dela sobre aquela foto, mas ela nada de retornar, parece que a foto mostrou só parte da festinha particular que elas estavam curtindo, e minha cabeça estava pensando no pré e pós beijo e aquilo me arrebentou por dentro, o ciúmes entorpeceu meus pensamentos...

Novos Rumos - FreenBeckyOnde histórias criam vida. Descubra agora