- Mas porque é que te deixaram lá sozinha com a Max? - Perguntou Marie. - Eu estava no meio de uma sessão de tratamento de pele!
- Porque o autocarro não tinha lugares para todos! - Respondeu Olívia.
- Sim! - Concordou Max.
- Então porque é que foram vocês as duas e não outras pessoas quaisquer?
- Porque só faltava lugar para o Simon e a Max! Então, para eu ser amiga do Simon, fiquei cá! - Explicou Olívia.
Max concordou outra vez.
- Não fizeste mais nada do que a tua obrigação! - Respondeu Marie.
E lá iam elas, a mentir a Marie enquanto está as ajudava. Enquanto isso, no autocarro, os campistas cantavam músicas alegres e divertirem-se todos juntos. Todos menos umas certas pessoas, sentadas no fundo do autocarro: Martha, menina tímida e gótica; Rachel e Alice, ambas raparigas de poucas palavras, talvez por serem irmãs, cada uma com um chupa na boca; Albert, um moço que dava medo a toda a gente, sempre com um sorriso na cara, com um capuz com corninhos posto, de modo a não se ver a sua cara; Stacy, míuda manipuladora que nem queria lá estar.
- Quem não cantar esta música leva com o meu suvaco na vossa cara! - Gritou Marianne.
- Ajuda-me! - Sussurrou Simon ao ouvido de Lucas.
- O que foi? - Perguntou Lucas.
- Eu não conheço esta música!
- Está toda a gente a cantar! Ela nem vai perceber que tu és o único que cantava. - Disse Lucas.
Simon ouvia a música e mexia os lábios, para fingir que estava a cantar e, no final da música, Marianne disse:
- Parabéns a todos! Menos a uma pessoa!
Simon começou a ficar nervoso! Será que ela descobriu? Como? Intrigado, ele perguntou:
- Quem foi?
Marianne aproximou-se de Simon e olhou-lhe nos olhos. Simon começou a transpirar mais do que nunca. Nunca alguém lhe tinha encarado por tanto tempo como Marianne o fez.
- Marianne, deixa-o em paz. - Disse Mike.
Marianne aproximou-se do ouvido de Simon, como se o fosse morder, e sussurrou:
- Quem é que achas que foi?
- N-Não sei! - Gaguejou Simon, deixando um pingo de suor cair em cima das sua blusa.
Marianne levantou-se e disse:
- Os estranhos do fundão!
Todos olharam para tráz sem dizer nada, enquanto Marianne cantarolava baixinho. De um momento para o outro, uma menina levantou-se e disse:
- Nem te atrevas a fazer isso!
- Oh! E o que é que vais fazer?
- Eu, nada! Mas aquele moço ali pode-me decapitar! - Disse Stacy, apontando para Albert.
- Claro! Isso é o que vamos ver! - Disse Marianne, que saltou para cima de Stacy, mordendo-lhe o pescoço.
- Oh! Tu estás a pedi-las! - Disse Stacy, que lhe deu um soco na cara, enquanto sangrava do pescoço.
De repente, o autocarro travou. Stacy caiu em cima de Marianne, sujando-a com o sangue do seu pescoço. Da frente do autocarro surgiu um:
- Está tudo bem aí atrás?
- Sim - Responderam todos em coro.
A viagem ia decorrendo e, lentamente, ia faltando cada vez menos tempo.
- Olha mãe! Não é este o autocarro? - Perguntou Olívia.
- Parece-me que sim! Agora só precisamos de o seguir! - Respondeu Marie.
Max e Olívia gritaram de alegria.
No autocarro, Victor começou a avisar que o acampamento estava perto, assim como no GPS de Marie. Ao redor, era possível ver árvores, umas mais altas do que outras e, pouco tempo depois, já se viam as quatro cabanas, feitas de madeira. Todos estavam entusiasmados pelas quatro semanas que iam passar no acampamento. Depois, o autocarro parou.
- Chegámos meninos, por favor peço que deixem o autocarro como o acharam.
Todos saíram do autocarro. E, aos doze estudantes que estavam no autocarro, juntaram-se Olívia e Max. Victor começou a ver se havia ficado alguma coisa no autocarro.
- O que é isto? Sangue? - Depois pôs-se a pensar. - Deve ser só sumo!
- Oiça lá! Foi você que expulsou a minha filha deste autocarro? - Perguntou Marie a Victor, enquanto este ainda limpava o autocarro.
- Senhora, eu acho que isto é tudo um mal entendido! - Desculpou-se Victor.
- Mais entendidos são quando pessoas como você nascem.
- Desculpe? Olhe, para eu não a ofender, peço que saia do meu autocarro.
De repente, começou a ficar um nevoeiro forte.
- Que fumo é este? - Perguntou Marie.
- Não é fumo, é nevoeiro! É muito comum para estas zonas. Talvez se a senhora estudasse mais... - Explicou Victor.
- Estou farta de si! Eu vou-me embora.
Marie saiu do autocarro e entrou no seu carro. Começou a conduzir enquanto pegava o seu telemóvel.
-"Acham isto correcto? Um homem do acampamento Dokewaka expulsou a minha filha do autocarro! Depois, eu fui falar com ele e ele ainda me começou a ofender." - Comentou ela nas suas redes sociais.
De repente, o carro passou por cima de uma coisa grande. Marie, traumatizada e com medo de ter atropelado alguém, saiu do carro.
- Olá? Está aí alguém? - Gritou ela. Enquanto procurava a coisa que poderia ter feito aquilo. De um momento para o outro, alguma coisa lhe empurrou, de modo a ela cair de costas. Essa "coisa" começou a comer-lhe os orgãos enquanto Marie gritava de sofrimento.
- O que é que foi isto? - Perguntou Victor, enquanto corria em direção ao grito.
Quando chegou lá, viu o corpo de Marie desfigurado.
- Quem terá feito isto? - Perguntou Victor.
Nunca houve tal coisa no acampamento... Seria uma criatura? Um monstro? Ou um ser com identidade desconhecida?
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Acampamento Dokewaka
HorrorNo meio de uma floresta, existe um acampamento de verão. Têm vários tipos de atividades como Desportos, Artes e Ciências. O acampamento nunca teve muitas pessoas. Não havia rede e as notícias dificilmente iam se espalhando... As atividades vão d...