Eu odeio quando você me alimenta como forma de me apaziguar de seus pecados, odeio sentir a comida na garganta, deslizando seca, rasgando minha laringe.
Sua comida que era quente se tornou fria e amarga, eu te olho mas não te reconheço me dói ver o que você se tornou.
Você me faz dolorida, mas eu já não sinto. Estou anestesiada, olhando para a imensidão que me aguarda, planejando formas de fugir do seu calor, que para mim é frio.
Eu irei embora, você irá sentir minha falta mas será tarde. Como pássaros saem de seu ninho, não serei mais seu filhote..
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Poemas da Alma.
PoetryAqui contém alguns poemas que abordam inquietações constantes de quem o publica, além de expor algumas pequenas partes do seu âmago. Um corpo nu exposto em suma.